sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

 Breve ficção sobre algo abominável:

                            O Assédio

Lionel Fischer


Vamos imaginar, inicialmente, uma situação perfeitamente aceitável.  Digamos que eu seja um homem hétero e solteiro, e você uma funcionária igualmente hétero e solteira que trabalha na minha empresa como minha secretária. Um belo dia, eu me surpreendo apaixonado por você e confesso abertamente essa paixão. Na melhor das hipóteses, você também nutre por mim um sentimento análogo, e daí poderia surgir uma bela história de amor. No entanto, pode ser que você jamais tenha sequer cogitado em ter algum relacionamento amoroso comigo e deixa isso bem claro, naturalmente que de forma educada.

Pois bem: se eu for um homem destituído de graves patologias, encararei sua negativa como algo passível de acontecer e continuarei a manter com você um relacionamento saudável e respeitoso, em nada alterando nossa ótima relação pessoal e profissional. No entanto, posso não ser exatamente o que aparento e então o provável é que eu lide mal com sua rejeição. E comece a por em prática uma série de estratagemas visando reverter sua decisão.

A começar pela simulação de que lidei bem com sua recusa, fazendo absoluta questão de me mostrar ainda mais educado do que sempre fui, ainda mais gentil, acreditando que você não perceberá o que se oculta por trás desta perversa mudança de atitude. Mas o fato é que você percebe e começa a se sentir incomodada. Mas segue no emprego, porque precisa dele.

Com o passar do tempo, ao constatar a inutilidade de meu plano inicial, enveredo - sempre tentando ser sutil- para o campo de uma possível promoção, com óbvio aumento de salário. Como nada disso havia até então sido cogitado, é provável que você perceba que eu estou tentando fazer com que você reveja a anterior negativa - afinal, uma promoção é sempre bem vinda, assim como um maior ganho salarial. E seu incômodo aumenta, assim como sua ansiedade. Mas você segue no emprego, porque precisa dele. 

Até que um dia eu te convido para jantar. Não a sós, comigo, pois isso iria assustá-la, mas também com vários funcionários que considero especiais. Afinal, a empresa está aniversariando. No entanto, é possível que você intua o que se esconde por trás deste aparentemente singelo convite, pois você já está na empresa há vários anos e jamais houve qualquer tipo de comemoração coletiva. Mas você precisa do dinheiro que eu lhe pago, e ainda que indecisa e temerosa, você não encontra nenhum argumento crível para recusar tal convite. E vai ao jantar. 

E este transcorre alegremente. Até que chega o momento em que as pessoas começam a ir embora e você esboça o mesmo propósito. Mas eu te digo, sem que ninguém ouça, que teria o maior prazer em levá-la em casa. E, sem que ninguém perceba, afago discretamente sua mão. Nesse momento e já em pânico - ainda que consiga ocultá-lo -, imagino você repasse, numa fração de segundo, todo o esforço que fez para atingir o posto que ocupa na empresa, quantos sacrifícios se fizeram necessários, quantas renúncias se impuseram para que se mantivesse focada em estudar o mais possível para se tornar uma profissional de excelência. E, ao imaginar tais pensamentos, devo admitir que com eles me delicio. 

Alguns minutos se passam e cada vez mais se torna evidente o turbilhão de emoções que assola sua delicada e íntegra alma, como assolaria a delicada e íntegra alma de qualquer jovem mulher que lutou tanto para chegar aonde chegou e subitamente constata que tudo pode desmoronar se não ceder às pérfidas intenções de seu patrão. E, sem nenhum receio de exibir minha verdadeira natureza, mais uma vez me vejo obrigado a confessar o prazer que me dá vê-la nesse estado.

O garçom traz a conta, na mesa só restam eu e você. Eu entrego a ele meu cartão de crédito. Resta saber se você entregará a mim o que decidi que vai entregar. Imagino que sim. A não ser que você opte pela inevitável demissão. Se assim for, não me sentirei particularmente incomodado. Uma próxima secretária haverá de surgir e provavelmente será esperta o suficiente para perceber que, no mundo em que vivemos, certas abjeções se impõem como inevitáveis. 

 



quinta-feira, 24 de setembro de 2020

 


 

 

Companhia Ensaio Aberto

 

apresenta

 

Oficina para Seleção de Atores do  Projeto Nova Criação  da Companhia Ensaio Aberto

 

Inscrições abertas!

 

A Companhia Ensaio Aberto oferece Oficina de Atores preparando o seu novo espetáculo. A oficina é gratuita e acontecerá em plataforma digital. As inscrições estão abertas até o dia 25 de setembro e serão oferecidas 20 vagas, onde até 5 participantes serão convidados a integrar o elenco da Nova Criação do grupo.

Serão 3 dias de trabalho com o diretor Luiz Fernando Lobo, com o preparador corporal Paulo Mazzoni e o núcleo artístico da companhia, com atividades de treinamento corporal e exercícios teóricos e práticos.

Para mais informações e inscrição acesse o link :

 http://bit.ly/nova_criacao_oficina_atores e  WhatsApp (21) 98909-2402.

 

Sobre a Companhia Ensaio Aberto

A Companhia Ensaio Aberto nasceu no ano de 1992 com a proposta de retomar o teatro épico no Brasil e fazer dos palcos uma arena de discussão da realidade, resgatando sua vocação crítica e politizada. Desde que foi fundada pelo diretor Luiz Fernando Lobo e pela atriz Tuca Moraes, a Companhia explora a ideia do ensaio como experimento e busca romper a ilusão do teatro, questionando e reinventando a relação palco-plateia.

 

A montagem “O Cemitério dos Vivos” (1993) foi a que inaugurou a Companhia, que já traz em sua história mais de vinte espetáculos, incluindo edições de peças consagradas, como “Missa dos Quilombos”, que ficou mais de uma década em cartaz e tornou-se um símbolo do trabalho do grupo. Já em 2019, os últimos trabalhos do coletivo foram Estação Terminal, texto baseado na obra de Lima Barreto, e Luz nas Trevas, de Bertolt Brecht. No ano passado, o coletivo comemorou os 26 anos de trajetória com uma programação dedicada a Karl Marx, em homenagem ao bicentenário do nascimento do filósofo alemão.

 

Flávia Tenório

LEAD Comunicação – Rio de Janeiro | Brazil
(55 21) 2222-9450 | 99348-9189 (Claro)

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skype: lead.comunicacao1
www.leadcomunicacao.com

 

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Nelson Motta

Lionel Fischer


Antes de mais nada, gostaria de esclarecer que a vida jamais me proporcionou a alegria de ter qualquer contato com o grande artista - não detalharei aqui seus múltiplos dotes porque acredito que todos eles já sejam por demais conhecidos. Ocorre que, esta noite, sonhei com ele. Ou por outra: sonhei com uma das mais belas canções da MPB, "Como uma onda", composta por ele e Lulu Santos. E tudo se deu no seguinte contexto.

Como creio que aconteça com todos nós, dia sim, dia não - e não raro todos os dias -, nos fazemos a mesma pergunta: "Como será o mundo uma vez passada esta terrível pandemia?". Estava na janela da sala de meu apartamento e contemplava a densa mata que o cerca, de onde pássaros ocultos começavam a celebrar o dia que se avizinhava. No céu ainda escuro, a lua e o sol pareciam disputar a posse do firmamento. E eu me perguntava: "O que será que vai nos acontecer, quando tudo isto passar?", não me atrevendo a formular, sequer em pensamento, "se é que vai passar".

Pois bem. Nesse exato momento me lembrei de "Como uma onda" e inesperadamente fui tomado por uma imprevista sensação de paz. E isto se deve aos versos da canção, não necessariamente apaziguadores, mas certamente sábios. Vamos a eles.

Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará.

Não seria esta uma precisa definição do que atualmente chamamos de "novo normal"?. Mas por que tudo passa, tudo sempre passará?
Os autores nos esclarecem:

A vida vem em ondas como um mar, num indo e vindo infinito.

Ou seja: como seria pueril condenar o oceano pela inconstância de suas marés, impõem-se a consciência de que poderemos ser acariciados por suaves ondulações, assim como açoitados por virulentas tempestades. 

Em seguida, os autores nos lembram ser inútil nos apegarmos a algo a ele conferindo um caráter estático e imutável:

Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo.

E, finalmente, um sábio e terapêutico conselho:

Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo. Agora, há tanta vida lá fora e aqui dentro. Sempre. Como uma onda no mar.

Concluindo: se dependesse exclusivamente da minha vontade, e uma vez ultrapassado o abjeto obscurantismo do qual padecemos graças à estupidez do psicopata que ora nos governa, haveria de ser criado o Ministério da Felicidade, cujo principal objetivo seria o de incutir em todas as mentes que o outro não é inimigo apenas porque pensa diferente. Caso isso fosse conseguido, estaria dado o primeiro passo para que o ódio fosse suplantado pela fraternidade, daí resultando a compreensão coletiva de que é impossível ser feliz sozinho.

Quanto ao Ministro...bem, seu nome é óbvio: Nelson Motta, um homem cuja vida e trajetória artística refletem sua crença absoluta na felicidade e na alegria.




sábado, 4 de julho de 2020

Pandêmica Coletivo Temporário de Criação

"12 Pessoas Com Raiva" /
Um júri é convocado a se apresentar online, por conta da pandemia do coronavírus, e deve chegar a um veredito unânime sobre um assassinato envolvendo pai e filho. 12 atrizes e atores ao vivo numa experiência criada durante a quarentena.
Reestreia dia 07 de Julho
Temporada às Terças (7, 14, 21 e 28 de Julho) às 20h
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"Roda ou Live de 3 Amigos" /
Adaptação do poema "Fábula e Roda de Três Amigos", do romancista Frederico Garcia Lorca, a experiência é uma analogia a morte do próprio autor e explora a relação da pandemia do COVID-19 com o atual facismo nacional. Uma parceria Infoteatro e Pandêmica.
Únicas Apresentações: Dias 8 e 9 de Julho às 22h
Transmissão pelo instagram @pandemicacoletivo.
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"Discurso Sobre Nada" /
A experiência revela uma atriz que, confinada em sua casa, explora as múltiplas realidades possíveis daquele espaço e busca dar continuidade ao seu ofício, se desafiando dentro de novas configurações e estados de presença.
Reestreia dia 12 de Julho
Curta Temporada aos Domingos (Dias 12 e 19 de Julho) às 18h.
"Safe & Confort" /
Seis personagens tentam salvar seus relacionamentos, a sanidade, ou mesmo a própria vida, arriscando fugir para o único lugar que parece seguro e confortável: o futuro. Enquanto isso, a última live do canal “Papo de Pandemia” promete bombar. A parceria entre os coletivos Carranca e Pandêmica tem supervisão dramatúrgica de Henrique Fontes, do Grupo Carmin (RN), direção musical de Felipe Storino e é uma experiência totalmente criada na pandemia. O projeto foi contemplado pelo edital de emergência do Estado do Rio de Janeiro "Cultura Presente nas Redes".
Estreia dia 20 de Julho
Segundas (20 e 27 de Julho) às 20h
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EM AGOSTO:
"Museu dos Meninos - Arqueologias do Futuro" /
A experiência consiste em uma série de visitas guiadas online ao acervo do museu virtual homônimo (mediadas pelo idealizador Mauricio Lima com a presença de um convidado especial) e apresentações da performance Museu dos Meninos através da plataforma ZOOM em parceria com o Pandêmica Coletivo de Criação.
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Estamos com bastante procura de público e as exibições costumam lotar bastante rápido. Se te interessar estar conosco, fala comigo no whatsapp e a gente combina de já reservarmos seu lugar. 


Juracy de Oliveira
Ator, Diretor e Produtor
+55 21 9 8134-3333

quarta-feira, 1 de julho de 2020


14º Prêmio APTR de Teatro - 2019

AUTOR
LEONARDO NETTO (3 MANEIRAS DE TOCAR NO ASSUNTO)

DIREÇÃO
MIWA YANAGIZAWA (NASTÁCIA)
RODRIGO PORTELA (AS CRIANÇAS)

CENOGRAFIA
RONALDO FRAGA (NASTÁCIA)

FIGURINO
GABRIEL VILLELA (ESTADO DE SÍTIO)

ILUMINAÇÃO
ANNA TURRA, CAMILA SCHMIDT E ROGÉRIO VELLOSO (MERLIN E ARTUR: UM SONHO DE LIBERDADE)
RENATO MACHADO (3 MANEIRAS DE TOCAR NO ASSUNTO)

MÚSICA
CESAR LIRA E ANDRÉ MUATO (OBORÓ - MASCULINIDADES NEGRAS)


ESPETÁCULO
A COR PÚRPURA, O MUSICAL
ESTADO DE SÍTIO

DIREÇÃO DE MOVIMENTO/ CENOGRAFIA
SUELI GUERRA (A COR PÚRPURA, O MUSICAL)
VALÉRIA MONÃ (OBORÓ - MASCULINIDADES NEGRAS)

ATOR COADJUVANTE
ALAN ROCHA (A COR PÚRPURA, O MUSICAL)

ATRIZ COADJUVANTE
PATRÍCIA SELONK (ANGELS IN AMERICA)

ATOR PROTAGONISTA
GILBERTO GAWRONSKI (A IRA DE NARCISO)

ATRIZ PROTAGONISTA
ANALU PRESTES (AS CRIANÇAS)
LETÍCIA SOARES (A COR PÚRPURA, O MUSICAL)

ESPECIAL
MOVIMENTO TEATRO NEGRO DO RIO DE JANEIRO – APRETA


PRODUÇÃO
A COR PÚRPURA, O MUSICAL

JOVEM TALENTO – TROFÉU MANOELA PINTO GUIMARÃES
RAFAEL TELLES (O DESPERTAR DA PRIMAVERA)

domingo, 17 de maio de 2020




Coletivo de teatro inova em apresentação
ao vivo pelo Instagram
Clube da Cena Lives, idealizado por Cristina Fagundes, traz cenas diárias de ficção que podem ser dirigidas pelo público durante a live
Nesse novo tempo em que o mundo virtual se torna cada vez mais importante no meio de uma pandemia, o Clube da Cena - coletivo de autores, atores, diretores e músicos que completa 12 anos esse ano, criado por Cristina Fagundes - revoluciona a forma de se fazer teatro. É o Clube da Cena Lives, com cenas diárias de ficção no perfil do Instagram do grupo, que podem ser dirigidas pelo público durante a live. São textos criados especialmente para a plataforma, levando em conta seu caráter de interatividade e o fato de ser o vivo. A temporada acontece de 18 de maio a 26 de junho, de segunda a sexta às 22h, totalizando 40 apresentações e sempre com um tema por semana. O da estreia, naturalmente, será isolamento social. Estão, entre os integrantes da primeira semana de esquetes, a premiada autora Regiana Antonini e o diretor João Rodrigo Ostrower.
“Devido ao momento de isolamento, desta vez vamos criar na segurança de nossas casas, fazendo cenas curtinhas de ficção nas lives, com dois atores por dia. Assim, continuamos criando e refletindo sobre o momento atual que estamos passando e poderemos mostrar um pouco o que tem sido o dia a dia de todos nós durante essa fase de isolamento. E a cereja do bolo vai ser a interação com o público, que vai poder dirigir as cenas durante as lives. Queremos essa troca, estamos todos muito solitários. Queremos promover reflexão e também divertir o público, interagir com ele”, diz a idealizadora e diretora geral do projeto, Cristina Fagundes.
Como funciona:
Cada live terá a duração aproximada de 30 minutos, será escrita por um autor e realizada por uma dupla de atores e um diretor, todos integrantes do Clube. Durante a live, que será transmitida tanto pelo story do @clubedacena como pelo story do outro ator da vez,, a cena de dois minutos será apresentada quatro vezes. A primeira será como foi ensaiada (o que chamamos de cena original). Na segunda vez, seguirá algum comando de EMOÇÃO ou INTENÇÃO dado pelo público na hora. Na terceira vez, seguirá algum comando de AÇÃO FÍSICA, ESPACIAL (DESLOCAMENTO - ENQUADRAMENTO), OU TEMPORAL (RITMO – MAIS RÁPIDO, MENOS). Na quarta vez, vai contar com  DIREÇÃO ABERTA DO PÚBLICO, ou seja, vale tudo (menos alterar texto) e a direção desta vez acontece com a cena em andamento. Nesta última versão, os comentários continuarão a aparecer, pois a direção irá sendo dada pelo público ao longo da cena.
Ao final das apresentações, o público vai escolher a variante da cena original que preferiu.  A cada domingo, o conjunto das cenas originais e das variantes, que foram escolhidas pelo público presente nas lives, vai ser postado no canal do Clube de Cena no Youtube e o link do vídeo será postado no Facebook do coletivo.
O autor terá uma semana para escrever a cena de dois minutos e os atores terão outra semana para estudar o texto e ensaiar. A classificação indicativa das lives é de 16 anos. Ao final de cada apresentação, estará disponível o número de uma conta para quem quiser fazer uma contribuição.  
Veja a programação da primeira semana, sempre às 22h (@clubedacena):
Segunda 18 de maio
Texto: Fantasias de Casal, de Cristina Fagundes
Com: Alexandres Barros e Cristina Fagundes
Direção: João Rodrigo Ostrower
Terça 19 de maio
Texto: A Mostra, de Regiana Antonini
Com : Ana Paula Novellino e Stella Brajterman
Direção: Raul Franco
Quarta 20 de maio
Texto: Muro, de Ivan Fernandes
Com: Ricardo Gonçalves e Flávia Espírito Santo
Direção: Pedro Struchiner
Quinta 21 de maio
Texto: Verônicas de Verdade, de Vinnicius Morais
Com: Priscila Assum e Cristina Pompeu
Direção: Carmen Frenzel
Sexta 22 de maio
Texto: Delay, de Fabrício Branco
Com: Mariana Consoli e Dig Dutra
Direção: Charles Daves

Sobre o Clube
O Clube da Cena é um coletivo de cerca de 50 artistas entre atores, autores, músicos e diretores que se reúne a cada um ano ou dois para criar e estrear uma nova peça por semana ao longo de dois meses, através do sorteio de equipes de trabalho. Toda noite é uma estreia, com apresentação única. Uma verdadeira gincana teatral.
O Clube começou em 2008 e por ele já passaram os maiores nomes da nova dramaturgia carioca, como Jô Bilac, Fabio Porchat, Leandro Muniz, Renata Mizrahi e Rodrigo Nogueira, além de grandes comediantes, como Luis Lobianco (Porta dos Fundos) e Mariana Santos e profissionais tarimbados como a diretora Susanna Kruger, o palhaço Márcio Libar, entre outros. Desde sua formação, já foram criados e encenados cerca de 300 novos esquetes de teatro que estão armazenados em nosso banco de textos, além de cenas que podem ser vistas no Youtube, constituindo um importante acervo de nova dramaturgia.
A cada temporada um novo estímulo serve como inspiração para a criação das cenas. Já foram criados textos inspirados em temas (como amor e inveja), em manchetes de jornal, em músicas dos grandes nomes da MPB, em postagens das redes sociais e em ditados populares.
Sobre a idealizadora e diretora geral do coletivo
Cristina Fagundes
Atriz, autora e diretora em mais de 20 peçasIndicada por sua peça A Vida ao Lado, ao Prêmio Shell 2019 como Melhor Diretora e também ao Prêmio Cesgranrio 2019 como Melhor Autora. Roteirista contratada para os programas do Multishow: Baby e Rose (2019 e 2018),Treme Treme (2019 e 2017) e Xilindró (2018).  É Diretora Geral, atriz e autora no projeto de nova dramaturgia Clube da Cena, indicado pelo Globo, para o qual já teve encenados cerca de 52 esquetes, desde 2008. Foi autora na peça Assim como Nós, com direção de Cláudio Torres Gonzaga, em janeiro e fevereiro de 2016 no Teatro Leblon. Foi autora na peça Igual a Você (2012) - direção de Ernesto Piccolo, com Camila Morgado, no Teatro Leblon. Indicada no Festival Internacional de Humor (2008) como melhor autora. Em 2012, foi Jurada do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia, a convite do Ministério da Cultura e Menção Honrosa de Dramaturgia do Festival de Niterói. Escreveu sete peças, entre elas as elogiadas Felicidade, em cartaz no SESC TIJUCA, Casa da Gávea e Maria Clara Machado (2012/13) e a peça No Táxi (2013), que acontecia num táxi real em movimento pelas ruas do Rio. Indicada na categoria Melhor Texto no Festival de Cenas Curtas Online da Fetaerj 2020.
Serviço
CLUBE DA CENA LIVES – CENAS DE FICÇÃO AO VIVO NO INSTAGRAM
 Temporada: 18 de maio a 26 de junho 
Local: story do @clubedacena
Telefone para Informações: (21) 99666-9954
Dias: Segunda a sexta às 22h
Ingressos: contribuição consciente - ver dados bancários na bio do @clubedacena
Classificação: 16 anos. 
Duração: As lives duram cerca de 30 minutos

CLUBE DA CENA LIVES – FICHA TÉCNICA COMPLETA
IDEALIZAÇÃO, DIREÇÃO GERAL e de PRODUÇÃO
Cristina Fagundes
AUTORES
Cristina Fagundes,  Ivan Fernandes, Fabrício Branco, Vinnicius Morais e Regiana Antonini
ATRIZES
Flavia Espirito Santo, Ana Paula Novellino, Priscila Assum, Mariana Consoli, Bia Guedes, Mabel Cezar, Cristina Fagundes, Mariana Costa Pinto,  Dig Dutra, Cristiana Pompeo, Stella Brajterman, Veronica Rocha, Monique Vaillé e Paula Alexander.
ATORES
Kakau Berredo, Marcelo Cavalcanti, Carlos Neiva, Marcelo Lima, Alexandre Barros, Claudio Amado, Zé Auro Travassos, Igor Paiva, Rico Gonçalves, Gustavo Barros, Marcelo Dias, Roberto Rodrigues, Renato Albuquerque, Rohan Baruck
DIRETORES
Carmen Frenzel, João Rodrigo Ostrower, Raul Franco, Pedro Struchiner, Fernando Melvin, Alexandre Bordallo, Charles Daves, Daniel Leuback, Verônica Reis, Leticia Prisco, Carolina Godinho, Ana Paula Lopes
ASSISTÊNCIA DE PLANEJAMENTO
Flavia Espirito Santo
PROGRAMAÇÃO VISUAL
Ivison Spezani
CONSULTORIA DE REDES SOCIAIS
Tatiana Borges – Agência e-Plan
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Dobbs Scarpa
EDIÇÃO DE VÍDEOS
Raul Franco
REALIZAÇÃO
Fagundes Produções

terça-feira, 31 de março de 2020



​Amados e amadas,

A cada dia que passa e nós seguimos bem,

é uma vitória nossa e uma derrota da doença.
Ou seja: um dia a mais para nós equivale
a um dia a menos para ela.

E também acho oportuno relembrar um fato histórico.


Em dado momento, durante a Segunda Guerra Mundial, a Inglaterra estava sendo impiedosamente bombardeada pelas famigeradas V2 alemãs. E dada a virulência e constância dos ataques, tudo sugeria que a Inglaterra haveria de se render. Pois bem: o então Primeiro Ministro inglês, Winston Churchill, falou o seguinte à nação, através do rádio:


"Nós lutaremos nas praias, nas cidades, nas vilas e em todo o nosso país. E jamais, jamais nos renderemos!!!"


E a Inglaterra, flagelada, faminta e semi-destruída, não se rendeu.


E por que não se rendeu? Porque jamais deixou de acreditar que todo aquele horror haveria de passar, desde que todos permanecessem unidos e solidários, e todos possuídos da mesma certeza de que um dia o sol haveria de brilhar novamente, claro e límpido como ocorre nas manhãs de primavera.


Agora, no entanto, como todos vocês sabem, não se trata de uma guerra convencional, mas de um outro tipo de guerra contra um único inimigo comum, o famigerado corona vírus. Todas as nações, independentemente de suas ideologias, estão empenhadas não apenas em lutar com suas próprias forças e recursos, mas também em se ajudarem umas às outras. E esta é a grande lição que essa pandemia está nos dando: que temos que ser solidários, temos que pensar no outro, temos que finalmente compreender que está em causa a nossa sobrevivência e a sobrevivência do planeta que habitamos. Portanto, todos nós temos a nossa parcela de responsabilidade, a nossa cota de contribuição, por mais ínfima que pareça. 


Enfim...desejo que todos vocês estejam se cuidando e aproveitando esse momento de crise para um mergulho em si mesmos, para uma reflexão sobre o que vocês têm sido e sobre tudo que podem vir a ser. Se nos recusamos a refletir sobre nosso passado, estaremos condenados a repeti-lo. Se eu me recuso a pensar sobre o que eu fui, eu o serei sempre. Assim, acho bastante provável que, ao final desta pandemia, todos nós estaremos mais amadurecidos e plenamente convictos de que nossa felicidade tem que estar atrelada à do outro. Vamos lembrar a oração do Teatro?


Eu ponho minha mão na sua.

Eu junto meu coração ao seu.
Para que eu possa conseguir com você
O que eu jamais conseguiria sozinho.

MERDA!!!!


Que Deus abençoe,

proteja, e nos faça a todos
muito felizes!!!

um beijo no coração e na alma de todos vocês!!!


Lionel