sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Oscar Wilde

Frases, pensamentos...

  


















































































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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Teatro/CRÍTICA

"12 Homens e uma sentença"

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Inesquecível montagem no CCBB



Lionel Fischer



"O calor escaldante do verão de Nova York faz o suor pingar do rosto dos doze homens trancados numa pequena 'sala do júri' de um tribunal. Está em suas mãos decidir a sorte de um jovem acusado pelo assassinato do próprio pai. Todas as evidências apontam para ele como o responsável pelo crime e onze jurados estão convencidos de sua culpa. Porém, um último jurado crê na sua inocência e vai tentar convencê-los de que o jovem não deve ser condenado. O resultado precisa ser unânime: se doze jurados considerarem o réu culpado, ele será executado. Mas se um deles tiver uma dúvida razoável a respeito da culpabilidade, o garoto não poderá ser condenado."

Extraído do ótimo release que me foi enviado pelos assessores de imprensa João Pontes e Stella Stephany, o trecho acima (levemente editado) resume o enredo de "12 homens e uma sentença", de autoria de Reginald Rose. O texto é uma adaptação do filme dos anos 50, dirigido por Sidney Lumet. A montagem, assinada por Eduardo Tolentino de Araújo, cumpriu ótima temporada em São Paulo e chega ao Teatro II do CCBB com apenas dois atores do elenco original (Genezio de Barros e Norival Rizzo), com os demais escalados no Rio de Janeiro - Edmilson de Barros, Xando Graça, Camilo Bevilaqua, Alexandre Mello, Babu Santanna, Marcelo Escorel, Henrique Cesar, Henry Pagnoncelli, Mario José Paz e Gustavo Rodrigues - Francisco Paz faz breve participação como um guarda.

Em uma época em que a pena de morte está sendo cada vez mais questionada, o texto não poderia ser mais atual. E isto se dá não necessariamente porque o autor condene tal punição - embora fique implícita sua rejeição a ela -, mas por duvidar dos mecanismos que a viabilizam. No presente caso, como já explicitado, parece não haver dúvidas quanto à culpabilidade do adolescente. Mas tal certeza se estabelece a partir do depoimento de duas testemunhas e de alguns fatos, aparentemente irrefutáveis.

No entanto, graças à tenacidade de um dos jurados - que não exclui a possibilidade de culpa do jovem, mas ao mesmo tempo não está inteiramente convencido dela - os depoimentos das testemunhas começam a ser severamente esmiuçados, assim como a aparente inexorabilidade dos fatos. Finalmente, após exaustivas deliberações e pertinentes questões levantadas pelo referido jurado, a antiga certeza é substituída não pela convicção da inocência do jovem, mas pela dúvida quanto à sua culpabilidade. E estando a dúvida instalada, não faria o menor sentido votar pela condenação. 

Afora a brilhante inteligência evidenciada pelo autor em toda a sua argumentação, cabe também ressaltar a aguda percepção que faz de todas as personalidades presentes, deixando evidente que muitas das posições adotadas são fruto muito mais de eventuais preconceitos, recalques e intolerâncias do que de uma análise fria e isenta dos fatos - aliás, será que alguém consegue "julgar" alguma coisa abstendo-se completamente de sua história pessoal?.

Bem escrito, contendo ótimos personagens, levantando questões de máxima pertinência e exibindo uma ação de avassaladora progressão dramática, o texto recebeu esplêndida versão de Eduardo Tolentino de Araújo. Impondo à cena uma dinâmica seca e objetiva, sem jamais lançar mão de recursos melodramáticos para enfatizar as emoções em causa, e sempre valendo-se de marcações criativas e inventivas, o encenador consegue valorizar ao extremo todos os conteúdos em jogo. Afora isso, Tolentino exibe o mérito suplementar de haver extraído maravilhosas atuações de todo o elenco.

Sem nenhum temor de me tornar repetitivo, volto a firmar, com absoluta convicção, que este país pode carecer de tudo, menos de excelentes intérpretes. E aqui - incluindo-se o hermano Mario Jose Paz - todos demonstram que nada devem aos melhores atores do planeta. É impressionante a capacidade do conjunto de valorizar todas as intervenções, estando todas elas em absoluta consonância com as personalidades dos personagens. Assim, só me resta agradecer a todos pela magnífica noite que me proporcionaram e desejar vida longa para esta montagem absolutamente inesquecível.

Na equipe técnica, parabenizo com o mesmo entusiasmo as irretocáveis contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral - Lola Tolentino (cenografia), Ana Cristina Monteiro de Castro (figurinos), Nelson Ferreira (iluminação) e Ivo Barroso (tradução).

12 HOMENS E UMA SENTENÇA - Texto de Reginald Rose. Direção de Eduardo Tolentino. Com Edmilson de Barros, Xando Graça e grande elenco. Teatro II do CCBB. Quarta a domingo, 19h30.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Prêmio APTR
8ª Edição
INDICADOS

AUTOR
DIOGO LIBERANO / Maravilhoso
JÔ BILAC / Conselho de Classe
JÔ BILAC / Fluxorama
JÚLIA SPADACCINI / Um Dia Qualquer

DIREÇÃO
ADERBAL FREIRE FILHO / Incêndios
BEL GARCIA e SUSANA RIBEIRO / Conselho de Classe
DANIEL HERZ / A Importância de Ser Perfeito
ENRIQUE DIAZ / Cine_Monstro

CENOGRAFIA
ANALU PRESTES / Emily
AURORA DOS CAMPOS / Conselho de Classe
BIA JUNQUEIRA / As Mulheres de Grey Gardens – O Musical
FERNANDO MELLO DA COSTA / Incêndios

FIGURINO
ANTONIO GUEDES / O Médico e o Monstro
BETH FILIPECKI / À Beira do Abismo Me Cresceram Asas
RITA MURTINHO / Emily
TANARA SCHONARDIE / A Importância de Ser Perfeito

ILUMINAÇÃO
LUIZ PAULO NENÉM / Incêndios
MANECO QUINDERÉ / Elis – A Musical
MANECO QUINDERÉ / Jim
TOMÁS RIBAS / Moi Lui

ATOR PROGAGONISTA
ANTONIO FAGUNDES / Vermelho
CÉSAR AUGUSTO / Conselho de Classe
EMÍLIO DANTAS / Cazuza – Pro Dia Nascer Feliz – O Musical
MARCELO OLINTO / Conselho de Classe
MARCELO SERRADO / Rain Man

ATRIZ PROTAGONISTA
BÁRBARA PAZ / Vênus em Visom
CAMILLA AMADO / O Lugar Escuro
LAILA GARIN / Elis – A Musical
MARIETA SEVERO / Incêndios

ATOR COADJUVANTE
ANDRÉ LODDI / Como Vencer na Vida Sem Fazer Força
GEORGE SAUMA / A Importância de Ser Perfeito
ISAAC BERNAT / Incêndios
MARCIO VITO / Incêndios

ATRIZ COADJUVANTE
ADRIANA GARAMBONE / Como Vencer na Vida Sem Fazer Força
CLARISSE DERZIÉ LUZ / À Beira do Abismo Me Cresceram Asas
KELZI ECARD / Incêndios
SUELI FRANCO /  As Mulheres de Grey Gardens – O Musical

ESPETÁCULO
CINE_MONSTRO
CONSELHO DE CLASSE
INCÊNDIOS
QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF?

MÚSICA
EDU LOBO / Deixa Que Eu Te Ame
PAULO NOGUEIRA / Como Vencer na Vida Sem Fazer Força
RICCO VIANNA / Jim
TATO TABORDA / Incêndiios

CATEGORIA ESPECIAL
CAMILLA AMADO – Pelos 50 anos de carreira dedicados ao teatro.
CASA DA GÁVEA – Pelos 20 anos do Ciclo de Leituras Dramatizadas.
JOSÉ DIAS – Pela publicação do livro sobre os teatros do Rio, Editora Funarte.
LEANDRO SOARES – Pela tradução e adaptação do texto “A IMPORTÃNCIA DE SER PERFEITO”, de Oscar Wilde.

PRODUÇÃO
CONSELHO DE CLASSE
ELIS – A MUSICAL
INCÊNDIOS
NEM MESMO TODO OCEANO




terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Cineasta Ana Carolina é homenageada na
13ª Mostra do Filme Livre
Filmes de Ana Carolina serão exibidos e a homenageada participará de debate nos CCBBs do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília
 A cineasta paulistana Ana Carolina será a homenageada deste ano na 13ª edição da Mostra do Filme Livre - MFL, realizada no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro (12 de março a 4 de abril),Brasília (9 a 27 de abril ) e São Paulo (14 de maio a 8 de junho).
Com quase 40 anos de carreira e proveniente do cinema documentário, Ana Carolina é reconhecida por ser uma das cineastas mais potentes e originais do Brasil. Uma artista subversiva, movida a paixão pelo cinema independente, que segundo ela sempre esteve em primeiro plano. Não abro mão de trabalhar meus filmes de forma independente, com equipe e atores que sejam meus amigos.” Comentou a cineasta.
 Ana Carolina começou sua vida profissional em São Paulo, trabalhando como fisioterapeuta.  Teve passagem pela Faculdade de Ciências Sociais e em seguida veio o cinema partindo de um gosto natural - “O Cinema é como futebol. Todo mundo gosta e acha que sabe jogar” comentou. Ela estudou na Escola Superior de Cinema São Luiz, na capital paulista. Seus primeiros filmes, realizados no final dos anos 60, foram curtas-metragens que abordavam a realidade brasileira.
 Na década de 70, dirigiu seu primeiro longa-metragem: O documentário “Getúlio Vargas”. Mas foi com a trilogia composta por Mar de Rosas (1977), Das Tripas Coração (1982) e Sonho de Valsa (1987) que a cineasta ficou conhecida. Realizados num período de 10 anos, os filmes falam sobre a luta da mulher por sua liberdade individual. “Eu convivo com a condição feminina desde que eu nasci. Meus filmes abordam primordialmente assuntos relacionados ao exercício do Poder. É sempre mais fácil perceber que a complexidade da condição feminina inclui e se revela na submissão ao Poder.” Disse a cineasta, que completa “Aí então vai perceber que eu não estou falando de mulher, estou falando de Poder”.
 Sua última produção, “A Primeira Missa”, tem estreia no Brasil prevista para março de 2014. Um longa-metragem com coprodução luso-brasileira em parceria com o produtor José Fonseca e Costa.  O filme tem a participação especial de Fernanda Montenegro, Rita Lee e Arrigo Barnabé.  A produção veio dez anos depois de “Gregório de Mattos”. Sobre a nova produção ela diz - “A minha inspiração vem da tragicomédia ácida que é o nosso cotidiano”.
Durante a Mostra do Filme Livre, Ana Carolina participará de debate após a exibição do filme “Das Tripas Coração”. Sobre a MFL e a homenagem, ela comentou: Eu acho 100% importante e necessário que exista esse tipo de mostra onde o cinema independente se manifesta. Me sinto muito honrada, feliz e com a certeza que são essas iniciativas que dão sentido ao meu trabalho.”
 Confira os dias e horários de cada debate com a cineasta Ana Carolina:
 CCBB Rio de Janeiro
Debate após a sessão do filme “Das tripas coração”, sábado, 15-03 às 18h no cinema 1 do CCBB;
 CCBB Brasília
Debate após a sessão do filme “Das tripas coração”, domingo, 13/04 às 19h45 no cinema do CCBB;
 CCBB São Paulo
Debate após a sessão do filme “Das tripas coração”, domingo, 18/05 às 19h no cinema do CCBB;
 Mais informações:
 SERVIÇO
13ª Mostra do Filme Livre – MFL 2014
 Rio de Janeiro
12 de março a 04 de abril
Centro Cultural Banco do Brasil
Local: Cinemas I e II (99 e 50 lugares)
Entrada franca

Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro
R. Primeiro de Março, 66 - Centro
21 3808 2020
www.bb.com.br/cultura
www.twitter.com/ccbb_rj
Brasília
09 a 27 de abril
Centro Cultural Banco do Brasil
Cinema (70 lugares)
Entrada franca - mediante retirada de senha com uma hora de antecedência

Centro Cultural Banco do Brasil - Brasília
SCES, Trecho 2, Conj. 22
www.bb.com.br/cultura
www.twitter.com/ccbb_df
facebook.com/ccbb.brasilia


São Paulo
14 de maio a 8 de junho
Centro Cultural Banco do Brasil
Cinema (70 lugares)
Entrada franca - mediante retirada de senha com uma hora de antecedência

Centro Cultural Banco do Brasil – São Paulo
R. Álvares Penteado, 112, Centro
Próximo às estações Sé e São Bento do Metrô
11 3113 3651 / 11 3113 3652
www.bb.com.br/cultura
www.twitter.com/ccbb_sp
www.facebook.com/ccbbsp
 Guilherme Whitaker
Produção Audiovisual
(21) 986973200