domingo, 20 de dezembro de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Uma Ilíada"

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Inesquecível encontro no CCBB



Lionel Fischer



Poema épico cuja autoria é atribuída a Homero (poeta grego do século VIII a.C.), a "Ilíada" descreve a Guerra de Troia (entre gregos e troianos) em vinte cantos. Na obra, Homero conta o penúltimo ano desta guerra, que durou dez anos. Após sequestrarem a princesa grega Helena, os troianos são atacados pelos gregos. Depois de anos de batalha, os gregos conseguem vencer, após presentearem os troianos com um gigantesco cavalo de madeira, o Cavalo de Troia, dentro do qual estavam escondidos centenas de soldados. De madrugada, os soldados gregos saíram da barriga do cavalo e dizimaram a cidade inimiga. Porém, vale lembrar que o episódio do Cavalo de Troia não aparece nos cantos da "Ilíada", mas apenas na "Odisseia", outro poema de Homero, quando o herói Ulisses apresenta lembranças desta guerra.

Baseados nesta que constitui uma das obras mais relevantes da antiguidade, os norte-americanos Lisa Peterson e Denis O'Hare escreveram "An Iliad" ("Uma Ilíada"), em cartaz no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil. Bruce Gomlevsky assina a direção do espetáculo e interpreta o único personagem, que talvez possa ser definido como um contador de histórias. A tradução ficou a cargo do poeta Geraldo Carneiro.

Escrito há cerca de três mil anos e contendo mais de quinze mil versos, a "Ilíada" é considerado não apenas o mais antigo e extenso documento literário grego que chegou até nossos dias, mas também a obra fundadora da literatura ocidental e uma das mais importantes da literatura mundial. Isto posto, caberia a pergunta: seria possível adaptar a monumental obra para o teatro, condensando-a a ponto de gerar um espetáculo de pouco mais de uma hora? A resposta é um entusiasmadíssimo sim! E isto se deve, como explicita Bruce Gomlevsky no release que me foi enviado, à capacidade dos autores de produzir "uma escrita acessível e comunicativa para as plateias contemporâneas, sem perder a profundidade e beleza do texto original".

Abordando uma série de temas, dentre eles a ganância, a violência, a ferocidade humana, e novamente me reportando a Gomlevsky, "a necessidade infindável do homem de guerrear, conquistar e subjugar seu semelhante", a presente obra propicia ao espectador uma rara oportunidade de refletir sobre algumas de suas questões essenciais e, quem sabe, a partir dessas reflexões empreender algum movimento no sentido de interromper essa ancestral tendência que não privilegia a vida, mas a morte.

Impondo à cena uma dinâmica que, sem deixar de exibir componentes ritualísticos, consegue estabelecer fortíssima comunicação com a plateia, Bruce Gomlevsky valoriza ao máximo o excelente material dramatúrgico, cabendo destacar a forma como explora a excelente cenografia de sua autoria (um grande círculo composto por velas) e também como interage com a dramática trilha sonora original de Mauro Berman, executada de forma primorosa pela contrabaixista Alana Alberg. 

Homem de teatro na acepção máxima do termo (atua, dirige, produz), Bruce Gomlevsky é um ator de exceção. E isto se deve não apenas aos seus vastíssimos recursos vocais e corporais, à sua refinada sensibilidade e à inteligência de suas escolhas como intérprete, que jamais descambam para o previsível.  Acredito que existe algo mais em Bruce Gomlevsky do que apenas um talento avassalador para representar: sua profunda compreensão do fenômeno teatral,  que pressupõe um visceral encontro entre quem faz e quem assiste. E sua atual performance, magistral sob todos os pontos de vista, só faz ratificar minha crença de que o ator é um elemento fundamental no processo de descoberta e transformação do homem. Assim, agradeço a Bruce Gomlevsky o inesquecível encontro que tivemos, e peço aos sempre caprichosos deuses do teatro que permitam que este espetáculo, cuja temporada se encerra na próxima segunda-feira, volte a ser exibido o mais rapidamente possível e que fique muito tempo em cartaz.

No complemento da ficha técnica, o poeta Geraldo Carneiro assina, como de hábito, maravilhosa tradução, bem ao seu estilo, mesclando erudição e humor. A destacar também as preciosas colaborações de Daniella Visco (direção de movimento), Carol Lobato (figurino), Derô Martin (efeito especial), Mauricio Grecco (arte e identidade visual) e Thiago Ristow (projeto gráfico).

UMA ILÍADA - Texto de Lisa Peterson e Denis O'Hare. Tradução de Geraldo Carneiro. Direção e interpretação de Bruce Gomlevsky. Teatro I do CCBB. Quarta a segunda, 19h












segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Prêmio Cesgranrio de Teatro 2015
Indicados do Segundo Semestre


Melhor Direção:

Marco André Nunes ("Caranguejo overdrive")

Marina Vianna e Diogo Liberano ( "A Santa Joana dos 

Matadouros")

Charles Möeller ("Kiss me, Kate")


Melhor Ator:

Bruce Gomlevski ("Uma Ilíada")

Mateus Macena ("Caranguejo overdrive")

Renato Carrera ("O Homossexual")


Melhor Atriz:

Ana Paula Secco ("O Pena Carioca")

Letícia Isnard ("Marco Zero")


Melhor Espetáculo:

"Kiss me, Kate"

"Caranguejo overdrive"

"A Santa Joana dos Matadouros"


Melhor Cenografia:

Paulo de Moraes e Carla Berri ("Inútil a Chuva")

Bia Junqueira ("A Santa Joana dos Matadouros" e "Santa")


Melhor Iluminação:

Maneco Quinderé ("Inútil a Chuva")

Paulo César Medeiros ("A Santa Joana dos Matadouros")

Renato Machado ("O Homossexual")


Melhor Figurino:

Carol Lobato ("Kiss me, Kate")

Antonio Guedes ("O Homossexual" e "O Pena Carioca")


Melhor Texto Nacional Inédito:

"Caranguejo overdrive" (Pedro Kosovski)

"Sexo neutro" (João Cícero)

"O Narrador" (Diogo Liberano)


Categoria Especial:

Bia Radunski - pela importância da curadoria no Espaço Sesc.

Claudio Botelho - pela versão brasileira de "Kiss me, Kate".

Claudio Lins - pela adaptação da obra de Nelson Rodrigues para a linguagem do musical.


Melhor Direção Musical:

Nando Duarte (SamBra- o musical")

Marcelo Castro ("Kiss me, Kate")

Marcelo Alonso Neves ("Amargo Fruto")


Melhor Ator em Musical:

José Meyer ("Kiss me, Kate")

Thelmo Fernandes ("O beijo no asfalto")


Melhor Atriz em Musical:

Alessandcra Verney ("Kiss me, Kate")

Laila Garin ("O beijo no asfalto")

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Kiss me, Kate - O beijo da megera"

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Obra-prima de Cole Porter em versão imperdível



Lionel Fischer



Ator protagonista e dono de uma companhia teatral, Fred Graham está remontando "A megera domada", de Shakespeare. Mas enfrenta muitos problemas, sendo um deles a conturbada relação com sua ex-esposa Lili Vanessi, no momento noiva de um general. Outra questão, e é ela que dispara a trama, diz respeito a uma dívida de jogo contraída pelo galã Bill em nome do patrão - dois gangsteres aparecem no teatro para cobrar a dívida e não se convencem de que não foi Graham quem perdeu o dinheiro no cassino. Este, então, propõe um acordo aos marginais: se esperarem até o final de semana, a dívida será paga com a bilheteria de "A megera domada". Mas, para isso, a peça precisa permanecer em cartaz e Lili Vanessi se mostra disposta a ir embora... 

Eis, em resumo, o enredo de "Kiss me, Kate - O beijo da megera" (Teatro Bradesco), de autoria de Cole Porter (música e letras) e Sam e Bella Spewack (texto). Charles Möeller assina a direção do espetáculo, com Claudio Botelho respondendo pela versão brasileira e supervisão musical. 

No elenco, José Mayer (Fred Graham/Petruchio), Alessandra Verney (Lilli Vanessi/Kate), Fabi Bang (Lois/Bianca), Guilherme Logullo (Bill/Lucentio), Chico Caruso (gangster 1), Will Anderson (gangster 2), Léo Wainer (General Harrisson Howell), Jitman Vibranovsli (Batista), Ruben Gabira (Paul), Ivanna Domenyco (Hattie), Igor Pontes (Grêmio), Leo Wagner (Hortêncio), Marcel Octavio (Ralph), Beto Vandesteen (Pops), com os demais interpretando integrantes da companhia teatral - Augusto Arcanjo, Giselle Prattes, João Paulo de Almeida, Lana Rhodes, Mariana Gallindo, Patricia Athayde, Thiago Garça e Tomas Quaresma. 

Um dos grandes achados do presente musical diz respeito à ideia de se criar uma trama em que realidade e ficção se misturam. No original de Shakespeare, "A megera domada", Petruchio enfrenta (e vence) o desafio de domar a intempestiva Catarina. Aqui a protagonista Lilli Vanessi exibe temperamento muito parecido, o que a leva a travar com Graham embates semelhantes aos dos personagens shakespeareanos. 

Mas é claro que só isso não justificaria o enorme êxito de "Kiss me, Kate", o mais celebrado musical de Cole Porter, vencedor do Prêmio Tony de 1949. Além do ótimo libreto de Sam e Bella Spewack, as canções de Porter são simplesmente deslumbrantes, algumas verdadeiras obras-primas, como "I hate men" ("Homens, não") e "Where is the life that late i led?" ("Cadê a vida que eu vivi?"). E a lista de méritos prossegue, e é extensa.

Com 25 anos de parceria, Charles Möeller e Claudio Botelho chegam ao seu 36º espetáculo. E aqui cabe uma breve reflexão. Já escutei, inúmeras vezes, invejosos de plantão alegarem que a dupla faz muito sucesso porque sempre recebe vultosos patrocínios. Em primeiro lugar, cumpre ressaltar que vultosos patrocínios não garantem nenhum sucesso; e se é verdade que Botelho e Möeller têm recebido vultosos patrocínios, mais do que merecidos, não custa nada recordar que seus primeiros espetáculos - "As malvadas" (1997), "O abre alas" (1998) e "Cole Porter - Ele nunca disse que me amava" (2.000) - foram realizados com modestos recursos. Ou seja: começaram com muito pouco e foram progressivamente conquistando a confiança e o apoio de investidores privados e de órgãos governamentais. Será que isso configuraria algum sacrilégio? Para os que acham que sim, sugiro que comecem a fazer análise, de preferência com um profissional da escola lacaniana e no mínimo cinco vezes por semana. Digressão feita, voltemos ao espetáculo. 

Como de hábito, a direção de Möeller é impecável, precisa no tocante aos tempos rítmicos, plena de marcações diversificadas, imprevistas e criativas, e de intensa e permanente comunicação com o público. Quanto a Botelho, não há ninguém neste país com sua capacidade de traduzir versos e, mais do que isso, encaixá-los no universo de nossa língua de forma a sugerir que não poderiam ser traduzidos de outra forma - os que dominam o idioma do fabuloso bardo e mantêm salutar convivência com o português haverão de concordar comigo.

Com relação ao elenco, José Mayer exibe aqui sua melhor performance em musicais. Ator completo, Mayer canta maravilhosamente e consegue materializar todos os conteúdos propostos pelos autores, afora evidenciar, como sempre, seu imenso carisma. Alessandra Verney também está estupenda, tanto nas passagens cantadas como naqueles em que o texto predomina. Chico Caruso e Will Anderson compõem uma dupla de gangsteres irresistível, cabendo ainda destacar as performances vocais de Ivanna Domenyco e Fabi Bang, e os excelentes dotes de bailarino de Ruben Gabira. Com relação aos demais, gostaria de enfatizar a preciosa colaboração de todos, sem a qual o espetáculo jamais teria chegado ao patamar de excelência que exibe.

Na equipe técnica, destaco com o mesmo entusiasmo as preciosas contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta imperdível empreitada teatral - Marcelo Castro (Direção musical e regência), Rogério Falcão (cenografia), Carol Lobato (figurinos), Alonso Barros (coreografia), Marcelo Claret (design de som), Paulo Cesar Medeiros (iluminação), Claudia Costa e Claudio Botelho (tradução dos diálogos) e Beto Caramanhos (visagismo), cabendo também ressaltar a maravilhosa performance dos músicos Kelly Davis (violino 1), Luiz Henrique Lima (violino 2), Saulo Vignoli (cello), Zaida Valentim (teclado 1), Gustavo Salgado (teclado 2), Raphael Nocchi (piccolo, clarineta, flauta e sax alto), Gilson Balbino (clarineta e sax alto), Whatson Cardozo (clarone, clarineta e sax barítono), Matheus Moraes (trompete e flügel), Vítor Costa (trombone), Omar Cavalheiro (contrabaixo) e Marcio Romano (bateria e percussão).

KIS ME, KATE - O BEIJO DA MEGERA - Músicas e letras de Cole Porter. Texto de Sam e Bella Spewack. Direção de Charles Möeller. Versão brasileira e supervisão musical de Claudio Botelho. Com José Meyer, Alessandra Verney e grande elenco. Teatro Bradesco. Sexta, 21h30. Sábado, 21h. Domingo, 20h.
    



quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Teatro/CRÍTICA

"O beijo no asfalto - O Musical"

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Surpreendente e oportuna montagem



Lionel Fischer



Um dos melhores e mais encenados textos de Nelson Rodrigues, "O beijo no asfalto" parte de um fato um tanto inusitado. Casado - e bem casado - com Selminha, Arandir está com o sogro Aprígio na Praça da Bandeira quando um lotação (na época, 1960, os ônibus eram assim chamados) atropela um homem. Arandir corre para socorrê-lo e o homem, já agonizante, lhe pede um beijo, ao que parece na boca. Arandir atende esse desejo. Só que o fato é testemunhado por Amado Ribeiro, repórter sem nenhum caráter que escreve para um jornal sensacionalista. A partir daí, e graças à perversa manipulação do ocorrido pelo repórter, a vida de Arandir e de toda a sua família entre em total colapso.

Eis, em resumo, o enredo da presente obra, aqui convertida em musical. Contando com direção de João Fonseca, "O beijo no asfalto - O Musical" está em cartaz no Teatro das Artes, após cumprir temporada no Teatro Sesc Ginástico. Idealizador do projeto e responsável pelas canções originais, às quais se mesclam outras muito conhecidas, Claudio Lins integra o elenco ao lado de Laila Garin, Gracindo Jr., Yasmin Gomlevsky, Thelmo Fernandes, Claudio Tovar, Jorge Maya, Janaína Azevedo, Gabriel Stauffer, Pablo Áscoli, Juliane Bodini, Ricardo Souzedo e Juliana Marins.

Muitos e relevantes são os temas aqui tratados por Nelson Rodrigues. Vamos a dois deles, começando pela ética jornalística. Do que vive Amado Ribeiro? De notícias. Mas como escreve em um jornal sensacionalista, notícias comuns não satisfazem o voraz apetite dos seus leitores, não vendem jornal, como ele próprio afirma. Então, ele não hesita em converter um ato de aparente misericórdia em algo capaz de destruir a vida de Arandir - e aqui cumpre ressaltar que, tanto naquela época como hoje, dois homens se beijando em público (mesmo que um esteja agonizando) constitui gravíssima ofensa à moral e aos bons costumes. 

Outra questão interessante diz respeito à hipocrisia. Por mais abjetos que sejam nossos impulsos, por mais espúrios que sejam nossos desejos, nada disso parece ter a menor importância se conseguimos simular que detemos o monopólio de todas as virtudes. Se conseguimos sugerir que somos como a límpida superfície de um lago, pouco importa que em sua profundeza se acumulem vastas camadas de lodo. O essencial é que este lodo jamais venha à tona. E caso venha, que se dê em âmbito privado, sem nenhuma possibilidade de se tornar público. Podemos estar com lama até o pescoço, mas se conseguimos manter limpas as unhas nas pontas dos dedos...são os dedos que todos enxergam. A alma, jamais - ou quase nunca.  

Obra impecável do ponto de vista dramatúrgico, exibindo personagens maravilhosamente construídos, diálogos brilhantes e uma ação que prende a atenção do espectador desde o início, "O beijo no asfalto " não perdeu nenhuma de suas muitas qualidades ao ser transformada em musical. São excelentes as composições de Claudio Lins e muito apropriadas as inserções de outras tantas canções muito conhecidas.

Com relação ao espetáculo, em sua maior parte a direção de João Fonseca exibe alguns dos muitos predicados do ótimo encenador - marcas diversificadas e criativas, precisão dos tempos rítmicos e grande comunicação com a plateia. Minha única ressalva diz respeito não ao humor com que são trabalhadas muitas passagens - afinal, estamos diante de uma tragicomédia -, mas a uma deslocada visão humorística de algumas cenas inegavelmente dramáticas. Vamos apenas a dois exemplos.    

Selminha é levada à força pelo policial Aruba para uma casa obscura. Ali é interrogada com virulência por Amado Ribeiro e pelo delegado Cunha, que dela pretendem obter a confirmação de algo que lhes interessa. Pois bem: lá pelas tantas, o excelente ator Jorge Maya, que interpreta Aruba, reaparece do nada vestido como uma espécie de entidade em delírio carnavalesco. A plateia ri, naturalmente. Mas tal riso esvazia por completo a dramaticidade desta passagem, que culmina com a humilhação imposta por Amado e Cunha a Selminha, obrigada a ficar nua e ameaçada, como mais tarde fica-se sabendo, de ter os seios queimados com cigarro. 

Outro momento de discutível humor - aí não sei se proposital ou por ter sido mal concebido - ocorre durante uma tensa discussão entre Arandir e Selminha, já perto do final. Tentando demonstrar a pureza de sua atitude, Arandir evoca a cena do beijo; nesse momento entra Pablo Áscoli, que já interpretara o Morto, e se atira aos pés de Arandir. Mas a maneira como o ator entra e em seguida se joga ao solo (evidentemente que aprovadas pela direção) provocam intenso riso na plateia, esvaziando por completo a dramaticidade da cena. 

Com relação ao elenco, Claudio Lins trabalha muito bem as principais características de Arandir, que são sua pureza e integridade. Laila Garin vive de forma intensa a apaixonada e frágil Selminha. Na pele de Aprígio, Gracindo Jr. exibe desempenho sóbrio e extremamente digno. Yasmin Gomlevsky torna verossímel a intensa paixão de Dália pelo cunhado Arandir. Amado Ribeiro tem a abjeção de seu caráter extremamente valorizada por Thelmo Fernandes. Na pele do delegado Cunha, Claudio Tovar exibe bons momentos, mas acredito que o personagem, de uma maneira geral, devesse expressar mais virulência do que humor. 

Jorge Maya, por razões que desconheço, impõe comicidade a praticamente todas as suas intervenções - algumas se justificam, mas não todas. Janaína Azevedo está irrepreensível na pele da alcoviteira vizinha D. Matilde. Gabriel Stauffer (Werneck), Pablo Áscoli (o Morto e outras participações bem realizadas), Juliane Bodini (Viúva), Ricardo Souzedo (Pimentel e Comissário Barros) e Juliana Marins (D. Judith e Vizinha) colaboram de forma eficiente para o bom êxito do espetáculo.

No que diz respeito ao canto, todos se saem muito bem neste quesito, mas torna-se impossível não conferir especial destaque a Laila Garin (impecável tanto nas canções mais apaixonadas quanto naquelas em que a dramaticidade predomina), Janaína Azevedo (brilhante ao interpretar a canção da vizinha fofoqueira) e, creio que para surpresa geral da nação, Gracindo Jr (o ator exibe não apenas bela voz, mas interpretações em total sintonia com as canções escolhidas para o personagem).

Na equipe técnica, considero irrepreensíveis as colaborações de todos os profissionais envolvidos nesta surpreendente e oportuna empreitada teatral - Claudio Lins (trilha original), Délia Fischer (direção musical), Claudio Tovar (figurinos), Nello Marrese (cenografia), Luiz Paulo Nenén (iluminação), Sueli Guerra (direção de movimento), Carlos Esteves (engenheiro de som), Heberth Souza (programações eletrônicas e orquestrações), Augusto Ordine (arranjos vocais), Janaína Azevedo (preparação vocal) e Marcia Elias (visagismo). 

Com relação aos excelentes músicos, cito a todos, pois não sei particularizar os que tocaram na sessão de ontem - Evelyne Garcia/Heberth Souza (piano e regência), Matias Correa/Pedro Aune (baixo), Claudio Lima (bateria e percussão), Wanderson Cunha/Bebeto Germano (trombone) e Alex Freitas/Raphael Nocchi (sax, clarinete e flauta).

O BEIJO NO ASFALTO - O MUSICAL - Texto de Nelson Rodrigues. Direção de João Fonseca. Com Claudio Lins, Layla Garin e grande elenco. Teatro das Artes. Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h.



“SELEÇÃO BRASIL EM CENA” PROMOVE CICLO DE LEITURAS DRAMATIZADAS COM 12 PEÇAS INÉDITAS


Ciclo de leituras dramatizadas aconteceem três unidades do CCBB (Rio, Brasília e Belo Horizonte),entre 21 de novembro e 06 de dezembro, com entrada franca

Os três grandes vencedores serão anunciados no dia 06 de dezembro
e terão suasobras encenadas a partir de março de 2016

No Rio, as leituras serão dirigidas por César Augusto, Guilherme Leme Garcia e Victor Garcia Peralta


Entre os dias 21 de novembro e 06 de dezembro, a 7ª edição do concurso nacional de dramaturgia Seleção Brasil em Cenaapresenta o ciclo de leituras dramatizadasdas12 peças finalistas, sendo todas inéditas. Com patrocíniodoBanco do Brasil, as leituras serão realizadas nasunidades do CCBB participantes – Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília – com entrada franca.O site do projeto (www.selecaobrasilemcena.com.br) recebeu 265 textos de 13 estados e do Distrito Federal. O gênero infantojuvenil foi incluído nesta edição.

No Rio, as leituras serão dirigidas por César Augusto, Guilherme Leme Garcia e Victor Garcia Peralta. Na capital mineira, foram convidados Cida Falabella, Eid Ribeiro e Marcelo Bones. Em Brasília, o ciclo será conduzido por Fernando Guimarães, da dupla Irmãos Guimarães; Jonathan Andrade e Adair de Oliveira.Cada diretor convidado ficará responsável por conduzir quatro leituras, que serão feitas com alunos de teatro da cidade.
Durante o ciclo de leituras dramatizadas, os diretores convidados e o público vão eleger os três grandes vencedores. O resultado será divulgado no dia 06 de dezembro no site do concurso. Os autores terão como prêmio suas montagens patrocinadas pelo Banco do Brasil nos teatros das unidades do CCBB do Rio, Belo Horizonte e Brasília, a partir de março do ano que vem.   Nesta edição, as inscrições foram feitas somente pelo site do projeto. O sistema de cadastramento on-line vai gerar um banco de textos – as peças finalistas ficarão disponíveis para leitura.
As 12 peças selecionadassão de três estados (um aBahia, três de São Paulo e oito do Rio): A tropa, de Gustavo Pinheiro; Algum lugar onde nunca estive, de Bernardo Florim; Com as mãos vazias, de EdihLongo;Elas, de João Rodrigo Ostrower; Maioridade, de Flávio Goldman;Mandíbula, de Roberval Tamanho;Na real, de Rogério Corrêa; Obra do acaso, de Flavio Freitas; Princípios transgredíveis para amores precários, de ThalesParadela; Projeto Stockton, de CarolRainatto;Sobre cordeiros, navalhas e dentes-de-leão, André Luis Silva; e Um caminho para Sara, de Thales Paradela.



Os jurados da 7ª edição– Os inscritosforam avaliados por uma comissão julgadoraformada por profissionais do setor de artes cênicas do Rio, Belo Horizonte e Brasília. O júri só conheceu os nomes dos autores após a escolha dos 12 finalistas.O júri é formado por: Beatriz Radunsky (jornalista, curadora,gestora cultural e idealizadora de projetos culturais), Felipe Vidal (diretor teatral, ator, dramaturgo e tradutor), João Coelho (produtor e gestor cultural), Luciana Eastwood Romagnolli (jornalista, crítica e pesquisadora de teatro), Sérgio Coelho Pinheiro (ator, autor e diretor teatral, promotor cultural e produtor), Sergio Fonta (escritor, ator e diretor), ShalaFelippi (jornalista, atriz, diretora, roteirista e diretora de imagens), Sergio Maggio (crítico, curador e pesquisador teatral) e Soraya Belusi (jornalista, pesquisadora e crítica teatral).
Oficinas e banco de textos Como parte do projeto de estimular o fomento à nova dramaturgia, a formação de plateia e a visibilidade de novos criadores, o Seleção Brasil em Cena promove “Oficinas de dramaturgia” ministradas por importantes dramaturgos brasileiros. Nesta edição, as oficinas acontecerão em São Paulo (SP), Campinas (SP), Palmas (TO) e no Rio de Janeiro (RJ).

A história do projeto Desde sua criação em 2006, o Seleção Brasil em Cenajá recebeu mais de 1.400 textos de autores de todo o Brasil. As leituras dramatizadas foram dirigidas por expressivos nomes do teatro brasileiro contemporâneo: Moacir Chaves, Ivan Sugahara, Gilberto Gawronski, Stella Miranda, Paulo de Moraes, André Paes Leme, Inez Viana, entre outros. Ao longo de seis edições, quase 300 atores indicados por escolas de teatro participaram das leituras e encenações.

Os vencedores das edições anterioresA tragédia de Ismene, dePedro de Senna (1ª edição), ganhoumontagem dirigida por Moacir Chaves. É samba na veia, é Candeia, de Eduardo Riecche (2ª edição),foi indicado ao Shell 2009 na categoria“melhor texto” eagraciado com o prêmio de “melhor direção musical”. Em 2011,Tempo de solidão, de Márcia Zanellatto(3ª edição) foi eleito um dos dez melhores do ano pelo jornal “O Globo”. Em 2012, Não me diga adeus, de Juliano Marciano (4ª edição) foi indicado ao Shell de“melhor direção musical”.

Na 5ª edição, o Seleção Brasil em Cenapassou a incluir apresentações no CCBB de Brasília. Arresolvido(etapa Rio), de Ronaldo Ventura, cumpriu uma segunda temporada no Teatro Glaucio Gill; e Sexton (etapa Brasília), de Helena Machado e Juliana Shimitz, participou do Festival Internacional Cena Contemporânea, em Brasília.Camélia, de Ronaldo Ventura e Casarão ao vento, de Francisco Alves, foram os vencedores da 6ª etapa.

Os finalistas que se destacaram na cenaAs leituras dramatizadas trazem visibilidade aos novos autores e podem se desdobrar em oportunidades de trabalho. Na 1ª edição, trêsdramaturgos tiveram os direitos de seus textos comprados por Stella Miranda, Carlos Maciel e Louise Cardoso. Velha é a mãe,de Fabio Porchat (finalista da 1ª edição), foi montado sob de direção de João Fonseca e Louise Cardoso no elenco.Quatro faces do amor, de Eduardo Bak (finalista 2ª Edição) ganhou temporada profissional; e Bandeira de retalhos, de autoria do músico e dramaturgo Sérgio Ricardo (finalista da 3ª edição), foi encenado pelo grupo Nós do Morro.


 Seleção Brasil em Cena (números das seis edições anteriores)
Ano de criação: 2006
Número de edições: 6
Espetáculos premiados com montagem(Rio e Brasília): 8
Público (leituras, oficinas e espetáculos no Rio e Brasília: 21 mil
Textos inscritos: 1.411
Textos finalistas: 72
Leituras Dramatizadas (Rio e Brasília): 96
Diretores: 22
Estudantes de teatro: 297
Oficinas de dramaturgia: 21
Dramaturgos ministrantes: 5
Cidades onde foram ministradas as oficinas: 20
Participantes das oficinas: 420
Regiões onde foram ministradas as oficinas: Norte, Nordeste, Centro-Oeste,
Sudeste e Sul

SERVIÇO –PROGRAMAÇÃO CCBB RIO
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 - Centro)
Informações: (21) 3808-2020.
Entrada franca. Distribuição de senhas uma hora antes.

Dia 21/11 (sábado)
Teatro III – Capacidade: 85 lugares.
14h – Na real, de Rogério Corrêa. Classificação etária: 18 anos.        
15h30 – Obra do acaso, de Flavio Freitas. Classificação etária:16 anos.

Dia 22/11 (domingo)
Teatro III – Capacidade: 85 lugares.
14h – A tropa, de Gustavo PinheiroClassificação etária: 14 anos.
15h30 – Sobre cordeiros, navalhas e dentes-de-leão, André Luis Silva. Classificação etária: 12 anos.
Dia 28/11 (sábado)
Teatro III – Capacidade: 85 lugares.
14h – Princípios transgredíveis para amores precários, de Thales Paradela. Classificação etária:12 anos.
15h30 –Maioridade, de Flávio Goldman. Classificação etária:12 anos.

Dia 29/11 (domingo)
Teatro III – Capacidade: 85 lugares.
14h – Com as mãos vazias, de Edih Longo. Classificação etária: 12 anos.
15h30 – Mandíbula, de Roberval Tamanho. Classificação etária: 16 anos.
Dia 05/12 (sábado)
Teatro I – Capacidade: 175lugares.
14h – Algum lugar onde nunca estive, de Bernardo Florim. Classificação etária: 14 anos.
15h30 – Projeto Stockton, de Carol Rainatto. Classificação etária: 16 anos.
Dia 06/12 (domingo)
Teatro I – Capacidade: 175 lugares.
14h – Um caminho para Sara, de Thales Paradela. Classificação etária: Livre.
15h30 – Elas, de João Rodrigo Ostrower. Classificação etária: 12 anos.






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Festival Juventude da Maré

O Parque das Ruínas, em Santa Teresa (RJ), recebe no dia 29 de novembro, domingo, o Festival Juventude da Maré com espetáculos dos grupos teatrais de jovens moradores da comunidade da Zona Norte do Rio de Janeiro, integrantes do Teatro do Oprimido na Maré. ENTRADA FRANCA
 
Depois de dois anos de atuação no Complexo de Favelas da Maré, já tendo realizado dezenas de apresentações em circulação dentro e fora da Maré, além de três edições do #OcupaJovem, o Projeto Teatro do Oprimido na Maré chega, no dia 29 de novembro, ao Parque das Ruínas, em Santa Teresa, com o Festival Juventude da Maré apresentando das 8h às 18h as produções artísticas e os espetáculos dos três grupos teatrais formados por jovens moradores da Maré. Pela manhã, acontece a abertura da Exposição Visões da Maré sobre a trajetória de dois anos do projeto e um espaço infanto-juventil. Na parte da tarde, os grupos apresentam seus espetáculos cujo argumento, texto e músicas foram concebidos pelos próprios jovens, em processo colaborativo com direção e realização do Centro de Teatro do Oprimido. O Festival prestigia ainda outros artistas da Maré, que foram convidados a apresentarem pequenas cenas nos intervalos entre os espetáculos.
 
– Essas peças contam histórias de vida, histórias reais desses jovens, como por exemplo o preconceito que existe no mercado de trabalho em relação ao morador de favela, a segregacão espacial, o machismo, a questão de gênero, a exploracão laboral, o castramento de sonhos e tantas outras do dia-a-dia da juventude da Maré  – comenta o sociólogo Geo Britto, coordenador geral e idealizador do Teatro do Oprimido na Maré.
 
A discussão sobre a temática de cada peça segue mesmo depois do término da apresentação. É nesse momento que inicia o Teatro Fórum, que leva para além do palco as questões da sociedade que precisam ser mudadas. Assim, para fortalecer o diálogo entre o oprimido e o opressor o espectador entra em cena. Uma das principais características do Teatro do Oprimido é essa participação. O Curinga (como Augusto Boal denomina o especialista na metodologia do Teatro do Oprimido) pergunta aos espectadores como eles resolveriam o impasse da peça. Mas não basta o espectador dizer o que faria, ele tem que subir no palco e mostrar. Neste momento um espectador substitui o ator na cena interpretando a alternativa pensada. Em seguida o público discute se aquela alternativa colabora na solução do problema. Muitas alternativas podem existir e outros espectadores entram em cena. Nesse momento a improvisação é que vale.
 
A trajetória do Teatro do Oprimido na Maré
 
As atividades do Teatro do Oprimido na Maré acontecem semanalmente com a participação da juventude local onde esta por meio do teatro faz a leitura estética da realidade em que vive, buscando conhecer, debater, propor e intervir com novas formas de atuação comunitária na Maré a partir da metodologia do Teatro do Oprimido, internacionalmente reconhecido como transformador da realidade social das pessoas envolvidas.
 
Nos primeiros meses de atuação na Maré, em início de 2014, o Teatro do Oprimido na Maré realizou oficinas demonstrativas do método em toda comunidade. Dessas oficinas jovens, entre 15 e 20 anos, todos moradores da Maré, se candidataram para a formação de três grupos de Teatro do Oprimido (os chamados GTOs). Nos meses seguintes, esses jovens receberam treinamento na metodologia do Teatro do Oprimido, participaram de aulas de musicalização, cenografia, pintura, poesia e de cultura digital. No início de 2015 os grupos Maré 12, Marear e Marémoto, acompanhados de um diretor musical, um cenógrafo e um Curinga, começaram a conceber seus espetáculos cujos temas são ligados ao cotidiano da juventude. A escolha da temática, a concepção do texto e músicas das peças foram dos próprios jovens. Atualmente 36 jovens integram os três grupos.
 
Realizado pelo Centro de Teatro do Oprimido, o Teatro do Oprimido na Maré conta com o patrocínio da Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental, da SENAD - Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas/Ministério da Justiça por meio do Programa Viva Jovem e da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro por meio do Projeto do Ponto LapaMaré da Rede Carioca de Ponto de Cultura.
 
Para conhecer mais a respeito do Teatro do Oprimido na Maré acesse www.ctorio.org.br/ctomare.
 

FESTIVAL JUVENTUDE DA MARÉ
Data: Domingo, dia 29 de novembro, das 8h às 19h
Local: Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas – Rua Murtinho Nobre 169, Santa Teresa - Rio de Janeiro – tels. (21) 2215-0621 e 2224-3922
Classificação: LIVRE
ENTRADA FRANCA

 
08:00h – Abertura da “Exposição Visões da Maré” (Pátio de Entrada e Ruínas)
Sinopse: A exposição apresenta vídeos do processo de dois anos de atuação do Teatro do Oprimido na Maré e bandeiras confeccionadas pelos jovens do projeto através de traços e cores, estruturando linhas e experimentando matizes, usando como base telas de tecido. Em ‘Bandeiras da Realidade’ o Complexo da Maré, de origem nordestina e expressividade carioca, de grande extensão territorial e disputa política, com conflitos de diferentes níveis em contraste com uma festividade inerente, foi traduzido pelos jovens cada um criando uma bandeira que representasse a realidade da Maré. Em ‘Bandeira do Desejo’, a partir das bandeiras individuais uma nova reflexão foi gerada e uma nova bandeira criada, desta vez uma bandeira coletiva, contendo os sonhos dos jovens para a Maré do amanhã. De 29 de novembro até 6 de dezembro.

09:00h às 11:00h – Contação de Histórias “A galinha que criava um ratinho” (Lona)
Sinopse: Um galo e uma galinha que não tinham pintinhos começam a criar um ratinho. Um dia, a galinha precisa sair e pede ao galo e ao ratinho para tomarem cuidado com a raposa que ronda o lugar. A raposa faminta bate à porta, e o galo, distraído e preguiçoso, pede para o ratinho atender. Ainda bem que a mamãe galinha usa a cabeça em vez de arrancar as penas para resolver a confusão que se forma.
Com a contadora de histórias Mariana Rosa, a partir do texto de Maria Clara Machado.

13:45h – Performance “Não a Redução da Maioridade Penal” (Entrada do Parque das Ruínas)
Sinopse: A performance discute a redução pela maioridade penal.
Com o elenco do Centro de Teatro do Oprimido e convidados

14:00h – Espetáculo do GTO Marear “A resposta só é não?” (Teatro)
Sinopse: Diogo, morador da Maré consegue um emprego numa multinacional. Porém, ao descobrirem sua origem, é demitido. A peça aborda o preconceito que existe no mercado de trabalho em relação ao morador de favela e a segregacão especial.
Elenco/GTO Marear: Carina Santos, David Carvalho, Gabriel Horsth, Gabriel Affonso, Gustavo Glauber, Jessica Vasconcelos, Joyce Vasconcelos, Kamyla Galdeano, Kíscila Tasciane, Luciana Nunes, Guta Almeida, Matheus Affonso, Luiz Fernandes, Rodrigo Machado, Tailane Santos, Lene Santos e Dayane Souza | Texto e Músicas: Criação coletiva do GTO Marear | Direção: Janna Salamandra e Alessandro Conceição / Centro de Teatro do Oprimido | Direção Musical: Roni Valk | Direção de Imagem e Cenário: Cachalote Mattos | Figurino: Nivea Nascimento | Maquiagem: Wellington Leão | Adereços: Mauro Soh

15:00h – Cena “Verniz: Mataram meu filho” (Galeria)
Sinopse: Resultado de uma pesquisa com mulheres negras do Complexo da Maré, todas marginalizadas num contexto violento e nada democrático que é a favela, o monólogo é baseado em fatos reais e inspirado na trajetória de vida da mãe do ator. A cena apresenta um conto que descreve o genocídio do jovem negro e favelado e as relações familiares que passam por esse contexto.
Direção, texto e atuação: Gabriel Horsth

15:30h – Espetáculo do GTO Maremoto “Marcha Borboleta” (Lona)
Sinopse: Depois do ensaio, Léo e Duda se despedem com o combinado de convidarem seus pais para a grande estreia da peça. Mas Léo se depara com a irredutível ideia do pai de que somente o trabalho de mecânico garantirá seu futuro e na casa de Duda, todas as tarefas domésticas devem ser feitas e refeitas impedindo que ela possa sair. Mas e o sonho de Léo e Duda fazerem teatro? A peça aborda a exploracão laboral e o castramento de sonhos.
Elenco/GTO Maremoto: Kyara Elane, Bárbara Assis, Max Waldorf, Nanny Cunha, Patrick Torres, Jeferson Luciano, Anderson Oliveira, Lucas Brynner, Cynara Farias, Milena Vital e Vinicius Alves | Texto e Músicas: Criação coletiva do GTO Marémoto | Direção: Claudete Felix e Flavio Sanctum / Centro de Teatro do Oprimido | Direção Musical: Roni Valk e John Silva | Direção de Imagem: Cachalote Mattos | Assistente de Curinga: Marcela Farfan | Cenário: Zitto Bedat | Figurino: Kelly Régis | Maquiagem: Wellington Leão | Adereços: Mauro Soh |Assistentes de Produção: Aislan Loyola e Thaynara Oliveira | Camareiras: Luana Silva, Sandra Mendes e Vânia Florisbela

16:30h – Cena “Vai” (Ruínas)
Sinopse: A descoberta de que nossos pais, avós e bisavós tem codificado o nordeste em suas histórias nos levou a um questionamento: Por que nós, moradores da Maré e filhos de nordestinos, nos esquecemos daquela região de nosso país? Vai é o resultado de uma pesquisa cênica a fim de problematizar os caminhos que nos constroem, porém nos perdemos neles. Numa narrativa fantástica, uma família nordestina vai em busca de um lugar chamado Maré.
Direção de Arte e Musical: Rodrigo Sousa e Wallace Lino | Elenco/Grupo Trocas Marginais: Paulo Victor Lino, Marcos Diniz, Marllon Araújo, Gabriel Affonso, Gabriel Hortsh, Guirlherme Sousa, Barbara Assis, Matheus Mello, Kamylinha Galdeano, Juliana Targino, André Souza e Romário Zodic.

17:00h – Espetáculo do GTO Maré 12 “Em uma família” (Área superior do Parque das Ruínas)
Sinopse: Ana tem 15 anos e sonha jogar futebol e tocar berimbau. Porém seu pai diz que futebol é pra homem. Ela quer sair e se divertir, o pai responde que filha tem que ajudar a mãe na faxina, ser boa dona-de-casa para ser uma verdadeira mulher. A peça aborda o machismo que uma jovem sofre dentro da própria família.
Elenco/GTO Maré 12: Aparecida dos Anjos, Gabriela Guedes, Nara Gomes Freire, Nayla Gomes Freire, Maiara Mendonça, Jhenifer Melo, Maiara Fernandes e Kissila Tasciane | Texto e Músicas: Criação coletiva do GTO Maré 12 | Direção: Monique Rodrigues, Alessandro Conceição e Claudete Felix / Centro de Teatro do Oprimido | Direção Musical: Roni Valk | Direção de Imagem e Cenário: Cachalote Mattos | Figurino e Maquiagem: Wellington Leão | Adereços: Mauro Soh | Assistentes de Produção: Aislan Loyola e Thaynara Oliveira | Camareiras: Luana Silva, Sandra Mendes e Vânia Florisbela
18:00h – Coquetel de encerramento com música e maculelê (Área superior do Parque das Ruínas)
 
Ficha técnica
 
Coordenação Geral: Geo Britto
Coordenação Artística: Helen Sarapeck
Curingas: Alessandro Conceição, Claudete Félix, Flávio Sanctum e Monique Rodrigues
Assistente de Curinga: Janna Salamandra
Coordenador de Avaliação: Mario Miranda
Assistentes de Avaliação: Juliana Marques (Estatística) e Paula Beatriz Albuquerque (Documentação)
Facilitadores de Cultura Digital: Adriano Belisário e Surian dos Santos 
Design Gráfico: Alexandre de Castro
Website: Marcelo Paes de Carvalho
Assessoria de Imprensa: Ney Motta
Produção: Amaury Silva
Patrocínio: Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental; SENAD - Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas/Ministério da Justiça por meio do Programa Viva Jovem; Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro por meio do Projeto do Ponto LapaMaré da Rede Carioca de Ponto de Cultura
Realização: Centro de Teatro do Oprimido
 
Atendimento à Imprensa
 
Ney Motta | contemporânea comunicação
assessoria de imprensa
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