quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PERSONALIDADES - E


ÉSQUILO (525-456 a.C)


Autor dramático grego. Nasceu em Eleusis, perto de Atenas, e combateu os persas na batalha de Maratona. Escreveu 90 tragédias, das quais se conhecem 79 e se conservam sete, com destaque para As suplicantes, Os persas, Os sete contra Tebas, Prometeu Acorrentado e Agamenon. Foi um dos grandes autores trágicos da época clássica ateniense. Consolidou as formas dramáticas tradicionais e introduziu várias inovações importantes. A tragédia anterior, representada por um côro, bailarinos e um só ator, deveria ser fundamentalmente lírica. Ao introduzir um segundo ator, Esquilo conferiu à parte histriônica a mesma importância que à parte lírica ou coral. E converteu o oratório em drama. Em suas últimas obras adotou o terceiro ator introduzido por Sófocles. Outras de suas inovações foram a redução do côro e o uso sistemático da trilogia. Nas competições que ocorriam em festas em honra de Dionísio, cada poeta tinha que apresentar três tragédias e uma peça satírica. Esquilo unia com freqüência três tragédias numa trilogia, na qual cada obra formava uma unidade dentro de uma unidade maior. Desta forma, deu ao seu teatro a grandeza que exigia sua ampla concepção e seu poderoso sentido da estrutura dramática.


EURÍPEDES (484-406 a.C.)


Autor dramático grego. Nascido, ao que parece, na ilha ateniense de Salamis. Ao contrário de Ésquilo e Sófocles, seus precursores no terreno da tragédia, não participou muito da vida pública e política de Atenas. Escreveu 92 peças, das quais se conservam 17 tragédias, uma peça satírica (O Cíclope) e numerosos fragmentos. Suas obras se dividem em duas categorias: tragédias - Medéia, Hipólito, As bacantes, As troianas e Hécuba - e dramas, que podem ser definidos como tragicomédias, melodramas, comédias e dramas românticos: Electra, Orestes, Ifigênia em Táuride, As fenícias. Eurípedes foi o primeiro mestre neste tipo de drama não-trágico, do qual derivou a Nueva Comedia do século IV (Menandro). Comparada com os textos de Ésquilo e Sófocles, a tragédia de Eurípedes se interessa mais pelos indivíduos do que pela comunidade, mais pelas paixões - ódio, vingança, amor - do que por questões religiosas ou morais. Eurípedes foi um artista individualista, cético e crítico, precursor do pensamento e arte cosmopolita do Helenismo e de Roma (Sêneca). Utilizou as fórmulas trágicas estabelecidas por Sófocles (três atores, côro reduzido), introduzindo um resumo da história no momento em que se iniciava a ação. O côro era reduzido a ornamento lírico, com pouca conexão com a intriga.


ESPERT, Nuria (1936)


Atriz e diretora espanhola, começou sua carreira em Barcelona no Orfeó Gracienc e no Teatro Romea. Com sua própria companhia protagonizou Gigi e as tragédias de Eugene O’Neill Anna Christie, Desejo sob os olmos e O luto assenta bem em Electra. Participou ativamente no renascimento do teatro em língua catalã e estreou A alma boa de Set-Suan, de Brecht, uma de suas melhores interpretações nos anos 60, juntamente com Entre quatro paredes, de Sartre. Em colaboração com o encenador argentino Victor Garcia criou uma série de espetáculos inovadores, como As criadas (Jean Genet), Yerma (Garcia Lorca) e Divinas palavras (Valle Inclán), com os quais obteve êxito internacional. De 1979 a 1981 dirige - em parceria com José Luis Gómez - o Teatro Dramático Nacional, onde apresenta Dona Rosita, a solteira (Lorca), dirigida por Jorge Lavelli. Sob a direção deste último interpreta o papel de Próspero em A tempestade (Shakespeare), um de seus trabalhos mais marcantes. Com a montagem de A casa de Bernarda Alba, no Lyric Theatre de Londres, Nuria Espert passa à direção. Ultimamente tem dirigido óperas: Madame Butterfly (Puccini), Rigoletto (Verdi) e Carmen (Bizet).


EISENSTEIN, Serguei (1898-1948)


Diretor e cineasta russo. Começou sua carreira como cenógrafo e diretor. Discípulo de Meyerhold, dirigiu o Teatro Proletkult, onde levou ao extremo o teatro de agitação e propaganda - mescla de elementos circenses, de teatro, de feira, música, declamação e agitação política. Entre suas montagens, destacam-se O sábio e O mexicano. Começou a filmar em 1924, produzindo verdadeiras obras-primas, dentre elas O encouraçado Potemkin, Alexander Nevski e Ivan, o terrível.

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