Emoção
Mente,
coração e alma do ator estão envolvidos em sua profissão. Às vezes, a mente
assume o comando. Às vezes a alma está mais envolvida. Isto trás à baila a
questão da emoção.
O ator tem numerosos recursos dentro de si mesmo para obter a emoção de que a peça ou personagem necessita. Toda emoção exigida dele pode ser encontrada através da sua imaginação dentro das circunstâncias. O ator deve entender que não pode existir verdadeiramente, exceto dentro das circunstâncias da peça. Se na peça o ator necessita de uma ação à qual não responde, pode voltar à sua própria vida, não em busca da emoção, mas de uma ação similar.
Em sua própria experiência pessoal você teve uma ação semelhante à qual correspondeu uma reação emocional. Volte à ação e às circunstâncias específicas em que esteve e lembre-se do que fez. Se você recordar o lugar, os sentimentos voltarão. Se o ator tem que rezar para Zeus e considera isso difícil, pode dizer “alguma vez na vida, eu orei”, voltando então à sua própria vida em busca da ação “orar”, que implica pedir socorro.
Se ele chegar a esta ação através da sua própria vida e suas circunstâncias pessoais, deve tirar dela somente o seu lado realizável: “pedir socorro”. Uma vez que ele saiba o que é realizável na ação de orar, deve voltar imediatamente para as circunstâncias da peça e erguer as mãos para Zeus. Se o ator constrói os antecedentes da peça e justifica a ação de estender as mãos - porque as crianças estão morrendo, não têm água, suas línguas estão inchadas – haverá o suficiente para dar a ele a ação de estender as mãos ou “orar”. O lado físico da ação “orar” é “estender as mãos”.
Usar uma ação de seu passado é a única maneira em que ele pode ser trazido para a peça. Permanecer com seu passado pessoal, que o fez chorar ou que lhe causou tão grande emoção, é falso, porque você não está naquelas circunstâncias agora. Você está na peça e são as circunstâncias da peça que têm de ser realizadas verdadeiramente, tomando emprestado da ação que você teve no passado apenas o que era físico, não a emoção.
O ator tem numerosos recursos dentro de si mesmo para obter a emoção de que a peça ou personagem necessita. Toda emoção exigida dele pode ser encontrada através da sua imaginação dentro das circunstâncias. O ator deve entender que não pode existir verdadeiramente, exceto dentro das circunstâncias da peça. Se na peça o ator necessita de uma ação à qual não responde, pode voltar à sua própria vida, não em busca da emoção, mas de uma ação similar.
Em sua própria experiência pessoal você teve uma ação semelhante à qual correspondeu uma reação emocional. Volte à ação e às circunstâncias específicas em que esteve e lembre-se do que fez. Se você recordar o lugar, os sentimentos voltarão. Se o ator tem que rezar para Zeus e considera isso difícil, pode dizer “alguma vez na vida, eu orei”, voltando então à sua própria vida em busca da ação “orar”, que implica pedir socorro.
Se ele chegar a esta ação através da sua própria vida e suas circunstâncias pessoais, deve tirar dela somente o seu lado realizável: “pedir socorro”. Uma vez que ele saiba o que é realizável na ação de orar, deve voltar imediatamente para as circunstâncias da peça e erguer as mãos para Zeus. Se o ator constrói os antecedentes da peça e justifica a ação de estender as mãos - porque as crianças estão morrendo, não têm água, suas línguas estão inchadas – haverá o suficiente para dar a ele a ação de estender as mãos ou “orar”. O lado físico da ação “orar” é “estender as mãos”.
Usar uma ação de seu passado é a única maneira em que ele pode ser trazido para a peça. Permanecer com seu passado pessoal, que o fez chorar ou que lhe causou tão grande emoção, é falso, porque você não está naquelas circunstâncias agora. Você está na peça e são as circunstâncias da peça que têm de ser realizadas verdadeiramente, tomando emprestado da ação que você teve no passado apenas o que era físico, não a emoção.
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Este artigo reproduz o capítulo 5 do livro Técnica da representação teatral, de Stella Adler. Tradução de Marcelo Mello. Editora Civilização Brasileira. (1992)
Este artigo reproduz o capítulo 5 do livro Técnica da representação teatral, de Stella Adler. Tradução de Marcelo Mello. Editora Civilização Brasileira. (1992)
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