sexta-feira, 26 de abril de 2019



ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA A 9ª EDIÇÃO DO
FESTU – FESTIVAL DE TEATRO UNIVERSITÁRIO

Os estudantes universitários de todo o país já podem se inscrever na 9ª edição do FESTU – Festival de Teatro Universitário. Até o dia 24 de maio, o evento recebe os projetos para participarem da Mostra de Espetáculos (peças longas) e da Mostra Nacional Competitiva (esquetes). As inscrições são gratuitas e podem feitas somente pelo sitewww.festu.com.br.  O resultado com os grupos selecionados será divulgado no site e nas redes sociais do FESTU, a partir do dia 5 de junho.

Este ano, o FESTU acontecerá entre 05 e 22 de setembro em diferentes espaços culturais da cidade do Rio de Janeiro.Criado em 2010 pelo produtor Miguel Colker e pelo diretor e ator Felipe Cabral, o FESTU é uma verdadeira maratona teatral com montagens criadas por jovens da cena universitária nacional. Até as oito edições anteriores, o festival recebeu cerca de 2.600 inscrições de grupos de todo Brasil. Desde então, o evento apresentou 200 esquetes e 32 espetáculos, tendo patrocinado 11 peças e premiado 73 categorias.

De esquetes a espetáculos, passando por gêneros como drama, musical, teatro-dança, palhaçaria e experimental, o FESTU promove uma intensa troca entre as escolas e universidades de artes cênicas de todo o país e revela novos talentos. A cada edição, um novo júri é formado para julgar os projetos em competição. Já passaram 74 profissionais de artes cênicas pelo júri do FESTU. Entre eles, estão nomes como Marília Pêra, Cássia Kis MagroJoão Falcão, José Wilker, Otávio Augusto, Debora Lamm, Renata Mizrahi, Pedro Kosovski, Tonico Pereira, Gregório Duvivier, Deborah Colker, Lilia Cabral, Milton Gonçalves, Catarina Abdalla, Karina Ramil, Johnny Massaro, Leopoldo Pacheco e Caio Paduan.

Paula Catunda (paula.catunda@gmail.com) – (21) 98795-6583
Catharina Rocha (catharocha@gmail.com)  (21) 99205-8856

quarta-feira, 24 de abril de 2019

2019 / 26 DE ABRIL / 18 H
GRANDES ESPERANÇAS
O filme Grandes Esperanças (Great Expectations, 1998, 111 min.) é baseado no livro de Charles Dickens sobre o órfão Finn Bell e seu amor pela bela Estella, jovem criada pela tia cruel que busca vingança contra o noivo que a abandonou à beira do altar, e o misterioso benfeitor que muda o destino do rapaz. O roteiro e a direção são do premiado mexicanoAlfonso Cuarón, que atualizou a trama, porém preservando a essência da narrativa do grande escritor inglês, considerado o maior popular romancista da era vitoriana.

Sempre na última sexta-feira do mês, dia 26 de abril, às 18 h, na Sala Vera Janacópulos da UNIRIO, analisaremos e discutiremos a película, em seus múltiplos aspectos e prismas diversos. Como sempre, aguardamos todos vocês para mais um debate e contamos com a divulgação aos amigos e aos interessados no viés cultural e psicanalítico.

Um grande abraço de
Ana Lúcia de Castro e Neilton Silva.

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SERVIÇO:
26 DE ABRIL DE 2019 / SEXTA-FEIRA
EXIBIÇÃO DO FILME DE 18 H ÀS 20 H  /  ANÁLISE E DEBATE DE 20 H ÀS 22 H
SALA VERA JANACÓPULOS – UNIRIO /  AV. PASTEUR, 296 - URCA
ENTRADA FRANCA / INFORMAÇÕES: forumpsicinema@gmail.com

ANÁLISE CULTURAL: PROF. DRA. ANA LÚCIA DE CASTRO
ANÁLISE PSICANALÍTICA: DR. NEILTON SILVA
Fórum de Psicanálise e Cinema foi criado em 1997, como um projeto científico da Associação Psicanalítica Rio 3, pelo então presidente, Dr. Waldemar Zusman, e pelo diretor do instituto, Dr. Neilton Dias da Silva. Desde 2004 passou a contar com a participação da museóloga e professora da UNIRIO, Dra Ana Lúcia de Castro, responsável pela análise cultural dos filmes. Celebramos os 13 anos do Fórum e a parceria da SPRJ com a UNIRIO para sediar o projeto mensalmente, sempre muito concorrido.
 
Quem se interessar em adquirir o livro Fórum de Psicanálise e Cinema: 20 filmes analisados, de Ana Lúcia de Castro e Neilton Dias da Silva, ele se encontra à venda nos dias do FÓRUM ou através da editora Letra Capital: www.letracapital.com.br.
Teatro/CRÍTICA

"O ator e o lobo"

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Belíssima comemoração no Poeira



Lionel Fischer





"Num cenário frugal, de bancos e cadeiras, vestido com calça de garrafeiro, camisa e colete, Pedro Paulo Rangel contracena com projeções de fotos e materializa dezenas de personagens, advindos da mescla de suas recordações pessoais com escritos do grande escritor português António Lobo Antunes (1942). Desfilam a comunhão silenciosa de irmãos que fazem xixi lado a lado no jardim; o encontro amargo, dolorido, com um velho amigo no hospital; a histérica amante do Senhor Biscaia; o homem que espera uma mulher na chuva; os mortos que evidentemente não vão embora; a mãe, seu amante de 20 anos e o filho estupefato; a surdez do avô Antunes, a surdez provocada por milhares de tiros de festim".

Extraído (e levemente editado) do release que me foi enviado, o trecho acima sintetiza o contexto em que se dá "O ator e o lobo". Após cumprir temporada em São Paulo, o espetáculo está em cartaz no Teatro Poeira, e celebra os 70 anos de idade de Pedro Paulo Rangel e os 50 dedicados à arte de interpretar. O ator também responde pela dramaturgia, estando a direção a cargo de Fernando Philbert. 

De uns dois ou três anos para cá, o teatro carioca vem sendo assolado por uma inimaginável quantidade de monólogos. A explicação para tal abundância é quase sempre atribuída à falta de editais e patrocínios, o que levaria inevitavelmente ao enxugamento das produções. Sem que isso deixe de ser verdade, acredito que também fica implícita uma certa dose de narcisismo, pois ninguém conseguirá me convencer de que não existem bons textos para dois ou três atores.  

Outra curiosidade no tocante ao tema é a seguinte. Em meus 50 e tantos anos de ligação com o teatro, sendo os últimos 30 basicamente como crítico teatral, já assisti a monólogos deslumbrantes. Ocorre que tais monólogos foram protagonizados por intérpretes magníficos, quase todos com larga experiência e belíssima trajetória profissional. Hoje, no entanto, praticamente todo mundo se julga apto a fazer um monólogo, com resultados não raro constrangedores, ainda que as intenções possam ser as melhores. Enfim...

Mas não é absolutamente o que se dá aqui. Em primeiro lugar, porque Pedro Paulo Rangel é um dos melhores atores deste país, e isso ficou claro desde o início de sua carreira. E depois porque os textos selecionados, habilmente costurados a ponto de às vezes não se saber ao certo se são de autoria do ator ou do autor português,  oferecem ao espectador uma vasta gama de situações, como explicitado no parágrafo inicial, transitando com igual maestria pela dor, nostalgia, lirismo e humor, dentre outros sentimentos.   

Com relação ao espetáculo, Fernando Philbert impõe à cena uma dinâmica em total sintonia com o contexto. Dispensando inócuas mirabolâncias formais, o encenador criou um desenho simples - mas nem por isso isento de expressividade - capaz de permitir ao ator nos brindar com uma atuação à altura de seu imenso talento e inacreditável versatilidade. Pepê (como é conhecido) pertence ao seletíssimo grupo de intérpretes que pode representar o que quiser, e assisti-lo é um privilégio ao qual nenhum espectador pode se furtar. Sem dúvida, estamos diante de um artista que, desde sempre, conta com as bênçãos dos sempre caprichosos deuses do teatro.

No tocante à equipe técnica, Helena Araújo assina um figurino encantador, que contribui decisivamente para irmanar o ator com o autor português. Fernando Mello da Costa responde por uma cenografia simples e acolhedora, que faz com que nos sintamos ainda mais próximos do intérprete. A mesma eficiência se faz presente na delicada e lírica iluminação de Aurélio de Simoni, o mesmo aplicando-se à trilha sonora de Maíra Freitas e às projeções de Aníbal Diniz.

O ATOR E O LOBO - Dramaturgia e interpretação de Pedro Paulo Rangel. Autoria de António Lobo Antunes. Direção de Fernando Philbert. Teatro Poeira. Sexta e sábado, 21h. Domingo, 19h.











segunda-feira, 8 de abril de 2019

Teatro/CRÍTICA

"Os desajustados"

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Belíssima montagem sem nenhum desajuste




Lionel Fischer



Antes de iniciar a análise do presente espetáculo, gostaria de suplicar aos responsáveis pelo Oi Futuro que tenham compaixão dos que frequentam o charmoso e belo espaço. Na última quinta-feira, lá fazia um frio de tal magnitude que por um momento pensei que padecia de malária, tantos eram os tremores e arrepios que maltratavam minha delicada ossatura. Apelo feito, vamos à presente empreitada teatral.

"1960. No bangalô 21 do Beverly Hills Hotel estão hospedados Marilyn Monroe e o dramaturgo Arthur Miller. Depois de um badalado período de paixão, o casal está passando por uma crise conjugal, aparentemente disparada pela urgência de Marilyn em rodar Os desajustados, filme ambicioso, roteirizado pelo marido, para realizar o sonho da estrela de se tornar uma atriz dramática. No bangalô ao lado estão o famoso cantor francês Yves Montand, que no momento faz o par românico de Marilyn numa comédia, e sua esposa Simone Signoret, que acaba de ganhar um Oscar de melhor atriz. Marilyn e Arthur estão recebendo Simone e Yves para um jantar, no qual estará presente um fotógrafo, convidado por Marilyn para registrar o encontro - tal convite surpreende e desagrada a todos. Mas o que importa registrar é que o teoricamente festivo encontro entre amigos acaba tomando rumos inesperados".

Extraído (e levemente editado) do release que me foi enviado, o trecho acima sintetiza o contexto em que se dá "Os desajustados", texto de Luciana Pessanha. Em cartaz no Oi Futuro, a montagem leva a assinatura de Daniel Dantas, estando o elenco formado por Tainá Müller (Marilyn Monroe), Isio Guelman (Arthur Miller), Felipe Rocha (Yves Montand) e Cristina Amadeo (Simone Signoret).

Não são poucos aqueles que, supondo deter o monopólio da verdade, afirmam que tal encontro jamais existiu. Outros, um pouco mais modestos, não negam essa possibilidade, mas sustentam que tudo ocorreu em clima cordial e ameno - curiosa opinião, sem dúvida, posto que lá não estiveram. Seja como for, e mesmo que tal encontro não tenha ocorrido e sido documentado por um fotógrafo, torna-se imperioso ressaltar que isso não tem a menor importância, pois a autora, valendo-se de seu legítimo direito de imaginar o que quiser, assim o decidiu. 

Para os que pensam o contrário, o que diriam de um autor que promovesse um encontro entre Aristóteles e Neymar Jr. à meia-noite (hora que, segundo Machado de Assis, apavora) em um terreno baldio, próximo a Jurujuba? É evidente que a vida real impediria tal encontro, certamente para alívio do filósofo, mas o criador tem toda a liberdade de inventar o que quiser. Ou não?

Com relação ao texto de Luciana Pessanha, cuja estrutura possui  alguma semelhança com "Quem tem medo de Virgínia Wollf?", cabe ressaltar seus muitos méritos. A começar por seu evidente  conhecimento das personalidades retratadas, que corresponde ao que é sabido. No entanto, mais importante do que isso, é a qualidade de sua escrita, a potência e teatralidade dos diálogos, e a profundidade que confere aos dilacerantes embates. Sob todos os pontos de vista, estamos diante de um dos melhores textos da atual temporada.

E antes que me esqueça, faço absoluta questão de dizer que julgo maravilhosa a ideia da autora de incluir na dramaturgia um fotógrafo, ainda que ele não pronuncie uma única palavra. E por que maravilhosa? Em primeiro lugar, porque Marilyn era uma imagem, venerada e invejada em todo o mundo. E depois porque, tiradas ao vivo e projetadas no espaço, as fotos contribuem decisivamente para reforçar todos os climas emocionais em jogo, pois quase sempre elas retratam momentos de grande aspereza, como que congelando-os no tempo, enquanto a cena prossegue. Ou seja: independente do que acontecerá em seguida, algumas marcas ficaram - visíveis para os espectadores, alojadas nas entranhas dos personagens.

Mas é óbvio que o que acaba de ser dito também tem muito a ver com a direção de Daniel Dantas, pois certamente ele teve ativa participação na escolha das fotos e na maneira como são projetadas. Isto posto, gostaria de manifestar minha total admiração pelo trabalho do encenador, não apenas no que se refere à dinâmica cênica - marcações expressivas, domínio dos tempos rítmicos, sensível exploração das passagens em que o silêncio predomina - como também por sua atuação junto ao elenco. 

Sendo Daniel Dantas um dos melhores atores deste país, em nada me surpreende que tenha conseguido extrair performances deslumbrantes de todo o elenco. Arrisco-me, inclusive, e sem a menor hesitação, em afirmar que Tainá Müller, Isio Ghelman, Felipe Rocha e Cristina Amadeu exibem aqui as melhores atuações de suas carreiras. E a todos agradeço a felicidade que me proporcionaram, que certamente será a mesma de todos que prestigiarem esta montagem imperdível.

Na equipe técnica, destaco com o mesmo entusiasmo as preciosas colaborações de Corja (sistema de vídeo), Marcelo Lipiani e Fernanda Vizeu (cenografia), Marcelo Olinto (figurino), Renato Machado (iluminação), Alexandre Pereira (direção musical), Dani Lima (direção de movimento) e Dayse Teixeira (visagismo).

OS DESAJUSTADOS - Texto de Luciana Pessanha. Direção de Daniel Dantas. Com Tainá Müller, Isio Ghelman, Felipe Rocha e Cristina Amadeo. Oi Futuro. Quinta a domingo, 20h.






quarta-feira, 3 de abril de 2019



CONVOCATÓRIA

Caosos Cênicos

Queridos todos, queridos parceiros e companheiros de Teatro.
Muitos já sabem outros talvez ainda não, em maio faremos uma grande ocupação na Cidade das Artes, onde teremos a oportunidade de comemorar os meus 40 anos de teatro! Chamamos de Encontro com Eduardo Wotzik – 40 anos investigando a Cena, onde serão realizados muitos tipos de encontros teatrais, entre espetáculos, leituras, oficinas e uma exposição que contará um pouco do caminho que tenho percorrido.

Ou seja, maio será um mês de encontros na Cidade das Artes!
E você é nosso convidado. Veja os dias abaixo e diga pra nós quando poderá estar. Vai ser uma honra. E me fazer muito feliz.

É que todas as quintas feiras teremos um desses encontros com as “gentes do teatro”, com você, que tem ao longo desses anos me ajudado a caminhar. Serão noites dedicadas a relembrarmos e invocarmos histórias tão maravilhosas que aconteceram, uma grande ocasião para contarmos ao público parte da história do teatro brasileiro. Falar de presente e futuro, fomentar o pensamento, os novos lugares do teatro. Quintas divertidas, em conversas animadas entre nós!

Vem. Celebrar junto, contando histórias que vivemos, e que ouvimos falar, causos, que estou chamando de Caosos CênicosUma grande roda de conversa.Entre nós, artistas, entre o público amante do teatro.
Um grande beijo, Eduardo Wotzik

Fernanda Avellar, nossa produtora,  está em copia para nos ajudar a organizar tudo.
Dias: 09,16 e 23 de maio – Quintas-feiras Horário: 18h
Local: Cidade das Artes.
Wotzik Produções Artísticas

terça-feira, 2 de abril de 2019

TEATRO TÔNICO

Nesta sexta-feira (5 de abril, às 20h) começa o projeto Teatro Tônico, um ciclo de palestras sobre a história do teatro ocidental, promovido pelo Tablado entre abril e agosto.
A abertura será com a professora e escritora Isabela Fernandes, que falará sobre tragédia e comédia na Grécia Antiga no tema “As origens do Teatro”. Os ingressos custam R$ 40 e a palestra tem duração de 120 minutos. Os próximos palestrantes são o escritor e compositor André Gardel (12/4) e Geraldo Carneiro (26/4), com os temas “Teatro Romano” e “Teatro do Renascimento I”, respectivamente.


Beijos e obrigada,

Catharina Rocha :: Máquina de Escrever Comunicação
+55 (21) 9-9205 8856 | 2587 2402