sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Vila Cruzeiro recebe o evento 
Cultivos Culturais

Encontro entre as artes cênicas, poesia, música, dança e grafite, o evento será realizado no Centro de Educação Multicultural – CEM, Grotão, Complexo da Penha.
O Grupo Teatro de Operações, com o apoio do Teatro da Laje, promove entre os dias 15 e 17 de agosto, na Vila Cruzeiro o evento Cultivos Culturais. 
A mostra contará com apresentações de teatro, oficinas com práticas artísticas e bate-papos em mesas de debate. Serão promovidas oficinas de teatro de rua (30 vagas cada), Teatro da Laje (30 vagas cada), grafite (30 vagas cada) e dança de rua (40 vagas). As inscrições podem ser feitas pelo site:http://cultivosculturais.com.br/ 
A ideia de Monstra de Artes na Vila Cruzeiro opera num trocadilho que busca fazer visível o caráter de monstruosidade da própria cidade contemporânea. Pensar a força da periferia e da monstruosidade é atentar para a revelação do que se tenta permanecer oculto. Monstra também é uma brincadeira com o conceito de mostra de artes, já que aposta no encontro com criações e movimentos que não são regrados somente pela lógica de mercado.

A História do Teatro de Operações com a Vila Cruzeiro
Há três anos e meio, o coletivo Teatro de Operações realiza oficinas de teatro na Favela da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. As oficinas são parte da pesquisa Pedagogias Periféricas, que o Teatro de Operações desenvolve em distintas frentes. 
Nas oficinas da Vila Cruzeiro o trabalho é realizado com crianças e jovens e conta com as parcerias do Teatro da Laje - que há 11 anos atua na região e tornou-se uma referência de cultura nas favelas cariocas - e do Instituto de Educação e Pesquisa Social João Calvino, que cede o espaço para as oficinas.
A proposta das oficinas realizadas na Vila Cruzeiro é criar narrativas poéticas com base em ferramentas cênicas e em experiências pedagógicas dissidentes, partindo da escuta às questões locais para construção de ações e micropolíticas de afetos.
 A programação é de graça! Confira:
 Dia 15 – Sexta- feira
 9h – Oficina Jogos Teatrais: Teatro de Rua, com Teatro de Operações;
 15h – Peça “Os Confrades”, com o Grupo Teatral Os Confrades (RJ) - Espetáculo com cenas criadas a partir do improviso de situações observadas. Possui um olhar bem humorado de questões delicadas presentes na sociedade e no país;
 18h – Debate: Bate-Papo Pedagogias Dissidentes, com:
Allan de Rosa (SP) Escritor, angoleiro e radialista. Historiador e arte-educador. Integrante do movimento de literatura das quebradas de SP desde seu início, fundador do selo Edições Toró e idealizador da série ‘Pedagoginga – Educação Popular, Prisma preto e periférico.
Marcos Serra (RJ) Ator, performer e diretor teatral. Acumulou, ao longo dos anos experiência em teatro, cinema e televisão. Participa do Coletivo Teatro de Operações desde seu início
Veríssimo Junior (RJ) Idealizador e fundador do Grupo Teatro da Laje, tem experiência na área de Teatro e Educação, atuando principalmente nos temas Teatro, Teatro-Educação, Arte, Arte-Educação e Educação.
 20h30 – Peça: “Finge que não está acontecendo nada”, com o Grupo Teatro da Laje
 Dia 16 – Sábado
 11h – Prática Artística “Bora Brincar”, com Coletivo PernAlta (RJ)  Local: Arredores do CEM - O Coletivo PernAlta pesquisa, difunde, e experimenta processos criativos a partir da técnica das Pernas de Pau;
       – Oficina de Teatro com o grupo Teatro da Laje (RJ) Compartilhamento das ferramentas teatrais e experiências vividas no Projeto de Residência Artística na Arena Carioca Dicró;
       – Oficina de Grafite com Mario Bands(RJ) Artista Interventor Rabisco, graffiti, bomber, pintura, crianças, comunidade, Chatuba, Zona Norte, Zona Sul, favela, arte urbana, painel, exposição, site, internet, spray, rolinho, caneta, photoshop. Tudo isso é matéria-prima de trabalho para Mario Bands – um artista interventor, que cria várias realidades sobre o cotidiano;
 15h – Peça “Cenas da Triologia da Necessidade”, com o grupo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes (SP) Grupo de arte e vida periférica. Teatro político, conjunção/construção de valores poéticos.
 17h – Bate-Papo “Cultura&Território” com:
Adriana Fascina (RJ) - Doutora em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2002), com pós-doutorado pela mesma instituição (2008-2009). É professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social/Museu Nacional/UFRJ e atualmente pesquisa a produção cultural em favelas cariocas.
Raphi Soifer (RJ) – Americano radicalizado no Brasil desde 2007, Raphi é performer e pesquisador, cujo trabalho tem como foco a vida social e política das ruas, as estéticas de poder, a memória incorporada e a interatividade urbana.
 19h – Prática Artística “Sarau Roda Funk”, com:
Allan de Rosa (RJ);
Mano Teko e Pingo do Rap - Apafunk (RJ) -Associação que busca defender os direitos dos funkeiros e lutar pela Cultura Funk, contra o preconceito e a criminalização.
Douglas Alves e Raquel Almeida – Coletivo Elo da Corrente (SP) - Coletivo literário formado em 2007 no bairro de Pirituba -SP, que realiza: saraus, eventos culturais e publicações de livros. Seu eixo de atuação é a produção, fomento e difusão da cultura de periferia, nordestina e negra.
Dia 17 – Domingo
 11h – Oficina de Dança de Rua com JP Black dos Funkeados (RJ) Ex-dançarino do Programa TV Xuxa, tricampeão do Rio HIP HOP KEMP, campeão de Locking em Paris Dance for Life, campeão de Poppinh e Locking no Chile, e professor do Projeto  Atitude Social na Vila Cruzeiro.
 15h - Bate Papo “Corpo &Território”, com:
Angela Donini (RJ) Professora adjunta no departamento de filosofia da UNIRIO, integrante do conselho do ELAS – fundo de investimento social. Atua em pesquisas e produções audiovisuais sobre gênero, feminismos, arte e política.
Odarayá Mello (RJ) Artista plástico, produtor artístico, transhomem, sensual;
PaguFunk (RJ) Resgatando os ideais das nossas ancestrais e construindo novos pensamentos e ações com as jovens libertárias. Através das batidas do funk, cantam o cotidiano da periferia.
 18h30 – Peça: “Qual a nossa cara?”, com a Cia Marginal (RJ) a partir de uma pesquisa de campo realizada dentro da comunidade, Nova Holanda (Maré, Rio de Janeiro), a memória de moradores, entre eles os próprios atores da Cia Marginal, é regatada.
 20h30 – Prática Artística com o Grupo Canjerê (RJ) - Grupo musical formado por artistas, educadores e pesquisadores, que tem como principal objetivo a promoção e o resgate dos valores herdados da nossa matriz Africana.
 Serviço:
 Cultivos Culturais: Mostra 10 anos de Teatro da Laje
Data: 15 a 17 de agosto
Local: CEM - Centro de Educação Multicultural
Endereço: Rua Angra dos Reis, 305 Penha/Grotão - Serra da Misericórdia
Entrada franca
 Oficinas gratuitas:
Teatro de rua, com o grupo Teatro de Operações (30 vagas);
Teatro da Laje, com o grupo homônimo (30 vagas);
Grafite, com Mario Bands (30 vagas);
Dança de rua, com JP Black dos Funkeados (40 vagas).
Inscrições pelo site:http://cultivosculturais.com.br/
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