terça-feira, 27 de maio de 2014

Dramaturgos Romanos




Lívio Andrônico (Livius Andronicus) (280 a.C à 200 a.C), da cidade 
de Taranto, uma das maiores e mais ricas das antigas colônias 
gregas no sul da Itália. Lívio Andrônico foi trazido a Roma, como 
escravo, para a rica casa dos Lívios. Graças a seu dom da Linguagem, 
o jovem grego logo foi promovido de professor particular a 
conselheiro educacional e cultural. Em 240 a.C., escreveu 
suas primeiras adaptações de peças gregas. Uma tragédia e uma
 comédia foram representadas, nas quais o próprio Lívio Andrônico 
participou como ator, cantor e encenador, na melhor tradição ateniense.

Névio (Gneu Névio) (261 a. C. - 201 a. C), da Campônia, foi o primeiro 
dramaturgo latino e o criador do drama romano. A fabula Praetexta, 
tinha como personagens centrais os "preteres", os mais altos servidores 
da República, e os heróis centrais da história. Cinco anos mais tarde 
apresenta-se pela primeira vez nos Ludi Romani com obras próprias.

Névio alcança sucesso e reconhecimento com a peça "Romulus" que 
retrata a lendária fundação de Roma. No entanto, ao escrever suas 
omédias polêmicas, atacando políticos e nobres de sua época foi preso
e exilado. Morrendo por volta de 201 a.C, em Utica.

Ênio (Quinto Enio de Rudia) (239 a.C à 169 a.C) da Calábria - terceiro 
pioneiro do teatro romano surgiu em 204a.C, então com trinta e 
cinco anos. Obteve fama com sua obra mais importante, Anais, e 
também por suas adaptações de tragédias e comédias gregas para 
o publico romano. Escreveu, segundo o modelo de Eurípedes, 
peças como Aquiles e Alexandre, além de outra sobre o tema das 
Eumênidas.

Ênio escrevia de forma popular, e evitando assuntos controvérsios 
fazia muito sucesso entre o povo e os nóbres. Seus textos eram 
carregados de assuntos leves e didáticos que se encaixavam facilmente 
com a visão de mundo racional dos romanos.

Plauto (Titus Maccius Plautus) (c. 254-184 a.C.), primeiro grande escritor
 romano de peças comicas, nascido em Sarsina, não era um homem 
de muito estudo, mas conta-se que no decorrer de uma juventude 
cheia de aventuras, perambulou pelo país com uma trupe atelana.

As personagens cômicas, identidades trocadas, intriga e 
sentimentalismo burguês alimentam as suas comédias. As canções 
com acompanhamento musical conferem a elas um toque de opereta.

Ao todo, vinte peças completas de Plauto subsistem. Elas refletem não 
apenas o repertório de enredos e personagens da Comédia Nova, 
mas, a mentalidade de seu autor e do público para o qual escrevia. Elas 
também se tornaram a fonte inesgotável da comédie francese.

Terêncio (Publius Terentius Afer) (c. 190-159 a.C.), de Cártago, é 
o segundo grande poeta cômico de Roma. Bárbaro de nascimento, foi 
trazido a Roma como escravo, da mesma forma que Lívio Andrônico.
 Seu senhor reconheceu os talentos do jovem e o emancipou. 
No círculo de Cipião Africano Menor, ele encontrou amistoso 
reconhecimento e apoio.

Suas seis comédias traem já nos títulos aquilo que Terêncio buscava - 
o estudo de caráter. Todas as seis peças de Terêncio pertencem 
ao período entre 166 a.C. Entre suas peças ressalta-se O Formião,
Ecira e Eunucus.

Enquanto Plauto prestava atenção à conversa do povo e se apoiava 
fortemente no contraste entre ricos e pobres para suas situações 
cômicas, Terêncio procurava imitar o discurso cultivado da nobreza 
romana.

As técnicas de Terêncio na escrita cômica, tornaram-se exemplares e foram, 
mais tarde, adotadas por muitos dramaturgos, como: Shakespeare, 
Tirso, Vega, entre outros da comedia européia.


(Plauto)
Blog de Tteatro, Cia. Paulicéia Ddesvairada. 

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