Luchino
Visconti
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(1906 -
1976)
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Renomado
diretor de cinema italiano nascido em Milão, em italiano Milano, em latim Mediolanum
e em milanês Milan, uma comuna italiana, capital da região da Lombardia, província
de Milão, Visconti foi um dos fundadores do neo-realismo e criador de algumas obras-primas
da história do cinema.
Descendente
de aristocratas, era filho do duque Giuseppe Visconti, e desde criança mostrou-se
familiar com as artes e a cultura. Teve uma sólida educação clássica, estudou
violoncelo por dez anos e foi encenador teatral de peças dramáticas e óperas.
Entrou no mundo do cinema em torno dos seus anos 30 anos, como assistente de um dos grandes mestres da
época: o cineasta francês Jean Renoir, que o ajudou a desenvolver sua
sensibilidade para questões sociais e políticas.
Trabalhou
como seu assistente em alguns filmes, como Toni e Partie de Campagne, antes de
voltar para a Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, para começar sua
carreira como cineasta. Criador de uma obra em que aliava a estética requintada
ao rigor na criação artística e a preocupação com os problemas sociais, ganhou
reputação como diretor logo no primeiro filme, Ossessione (1942), considerada
uma obra-prima de realismo, uma adaptação não autorizada do romance The Postman
Always Rings Twice, do escritor norte-americano James Cain.
Por
causa do não pagamento dos direitos autorais da obra original, o filme foi proibido
nos Estados Unidos, sendo liberado só trinta anos depois. Acusado de ser
inimigo do fascismo e por causa de seus constantes envolvimentos com a
Resistência da época, foi condenado à morte, mas conseguiu fugir pouco
antes de ser executado. No final da guerra (1945), dirigiu algumas cenas do
documentário Giorni di Gloria, sobre o fuzilamento justamente daqueles que o
haviam condenado à morte.
Com La
terra trema (1948), um documentário e início de uma pretensiosa trilogia sobre
a vida de pescadores da Sicília filmado em locação sem atores profissionais,
ganhou o grande prêmio do festival de Veneza. Na década seguinte, alternou sua
carreira com produções em cinema e montagens de peças teatrais e óperas.
Neste
período introduziu na Itália a obra de vários gênios da dramaturgia estrangeira
como Jean Cocteau e Tennessee Williams e, na produção de óperas, principalmente
estreladas pela soprano Maria Callas, obteve sucesso internacional com a
combinação de realismo e teatralidade em La traviata (1955), La sonnambula
(1955) e Don Carlos (1958). No cinema destacaram-se Senso (1954) e Rocco e i
suoi fratelli (1960).
Sua obra
cinematográfica caracterizou-se por filmagens em ambientes naturais, combinando
atores profissionais com residentes locais, com experimentações com longas
tomadas de aproximação e recuo e seqüências de câmara oculta que ampliavam a
autenticidade dos registros.
Em sua
brilhante carreira deixou outras obras de imenso valor na história do cinema mundial,
como Il gattopardo (1963), La caduta degli dei (1969) e Morte a Venezia (1971). Quando morreu em Roma,
aos 69 anos, estava terminando de editar L'innocente, baseado na obra de
Gabriele D'Annunzio, que foi dirigido em cadeira de rodas e teve de ser
finalizado por Ruggero Mastroianni, por causa do seu falecimento.
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Extraído de www.dec.ufcg.edu.br/biografias
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