Teatro/CRÍTICA
"Para
sempre, ABBA"
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Delicioso
e divertido tributo
Lionel Fischer
Graças à internet, os jovens de hoje podem ter acesso a tudo que quiserem - e aqui estou me referindo basicamente à música. Mas para aqueles que eram jovens na década de 70 e amavam a música pop, não havia apenas os Beatles e os Rolling Stones, mas também um grupo sueco que conquistou as plateias do mundo inteiro: o ABBA.
Formado
em 1972 pelos músicos e compositores Björn Ulvaeus e Benny Anderson, e as
vocalistas Agnetha Fältskog e Anni-Frid, o ABBA dominou as paradas de sucesso
entre a metade da década de 70 e o início dos anos 80, só perdendo em vendas
para os Beatles. O grupo ficou muito conhecido por seu visual moderno e
divertido, e naturalmente pela excelência de suas canções.
Em função
de tantos predicados, Carlos Alberto Serpa e Rodrigo Cirne resolveram prestar
uma espécie de tributo ao grupo e idealizaram o espetáculo ora em cartaz no
Teatro Clara Nunes. Não se trata propriamente de um musical, no sentido estrito
do termo, pois as canções não determinam as ações. Foi criada uma estrutura
simples, ambientada num hotel, contendo, digamos, momentos, com músicas que os
sublinham: "Apresentações e chegadas", "Romances",
"Flerte", "Paixão", "Decepção",
"Separação", "Recomeço" e "Celebração".
Com
direção assinada por Tadeu Aguiar, "Para sempre, ABBA" tem elenco
formado por Sabrina Korgut, Rodrigo Cirne, Raul Veiga, Analu Pimenta, Olavo
Cavalheiro e Giulia Nadruz, que dividem a cena com os bailarinos-cantores Sara
Marques, Pedro Arrais, Larissa Landin e Junior Zagotto. Jules Vandystadt
responde pela direção musical e arranjos vocais, com Liliane Secco assinando os
arranjos instrumentais e regência. No palco também está presente uma banda
formada pelos músicos Anderson Pequeno (violino), Carlos Henrique (bateria),
Fabio Almeida (violoncelo), Liliane Secco (piano), Tássio Ramos (baixo
elétrico) e Thiago Trajano (guitarra).
Como já
dito, não há propriamente uma história a ser contada, mas momentos musicais que
exploram determinados conteúdos. E em todos eles a plateia pode usufruir a
beleza e charme das canções, assim como a simples e eficiente direção de Tadeu
Aguiar, que obviamente tinha plena consciência do que realmente estava em causa
em um espetáculo desta natureza. A mesma postura foi adotada por Roberto
de Oliveira, cuja coreografia igualmente simples e divertida jamais se sobrepõe
à música.
Com
relação aos atores-cantores-bailarinos, todos exibem performances vocais e
corporais irrepreensíveis, cabendo registrar que o elenco principal tem
oportunidades de solo praticamente equivalentes, o que fortalece o espírito de
grupo da presente empreitada.
No
tocante à equipe técnica, Beth Serpa assina figurinos sofisticados e muito
divertidos, sendo eficiente a iluminação de Rogério Wiltgen e apropriada a
despojada cenografia de José Dias. Cabe ainda registrar o visagismo de Tiago
Parente e as preciosas contribuições de todos os profissionais ligados à parte
musical, sem dúvida fundamentais para o sucesso deste evento que certamente
haverá de ser prestigiado pelo público carioca.
PARA SEMPRE, ABBA - Roteiro e pesquisa musical de Rodrigo Cirne. Direção de Tadeu Aguiar. Com Sabrina Korgut, Rodrigo Cirne, Raul Veiga, Analu Pimenta, Olavo Cavalheiro, Giulia Nadruz, Sara Marques, Pedro Arrais, Larissa Landin e Junior Zagotto. Teatro Clara Nunes. Quinta a sábado, 19h. Domingo, 21h.
PARA SEMPRE, ABBA - Roteiro e pesquisa musical de Rodrigo Cirne. Direção de Tadeu Aguiar. Com Sabrina Korgut, Rodrigo Cirne, Raul Veiga, Analu Pimenta, Olavo Cavalheiro, Giulia Nadruz, Sara Marques, Pedro Arrais, Larissa Landin e Junior Zagotto. Teatro Clara Nunes. Quinta a sábado, 19h. Domingo, 21h.
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