segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

“Deus da Fortuna”, com texto e direção de Márcio Marciano, estreia dia 31 de janeiro


Grupo teatral de João Pessoa está na programação do projeto “Visões Coletivas – Nordeste Contemporâneo”, no Teatro Glauce Rocha



O espetáculo teatral “Deus da Fortuna”, texto e direção de Márcio Marciano, da companhia Coletivo de Teatro Alfenim, de João Pessoa/PB, faz apenas quatro apresentações, de 31 de janeiro a 3 de fevereiro de 2013 (quinta a domingo), sempre às 19 horas no Teatro Glauce Rocha, dentro do projeto de ocupação “Visões Coletivas - Nordeste Contemporâneo” (http://www.visoescoletivas.com/). Nos dias 30 e 31 de janeiro e, dias 1 e 2 de fevereiro, das 14h às 17h, também no Glauce Rocha, a oficina gratuita “Exercícios de direção para uma prática colaborativa”, será ministrada pelo Coletivo Teatro Alfenim.

O Deus da Fortuna é ganhador do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2010. Com texto de Márcio Marciano, criado em processo colaborativo com os atores do grupo, o espetáculo é uma parábola em chave cômica, que utiliza como ponto de partida um argumento de Bertolt Brecht, retirado de seus diários de trabalho.

O dramaturgo alemão relata sua intenção de escrever uma peça inspirada na imagem desse deus, muito popular na China. Com base nessa alegoria, o Coletivo de Teatro Alfenim cria o seu próprio Deus da Fortuna, totalmente identificado ao capital especulativo, e o faz surgir na propriedade de um capitalista à moda antiga, o Senhor Wang, para lhe revelar a “metafísica” do capitalismo financeirizado dos dias atuais.

Sintonizado com as novas formas imateriais de acumulação do capital, esse acumulador primitivo irá saldar suas dívidas e erguer um novo templo ao Deus da Fortuna, o templo da especulação financeira.

Em tempos de crise sistemática do capitalismo, cuja lógica é a de se alimentar de trabalho não pago e da promessa fictícia de que o capital especulativo promoverá a felicidade futura, comprometendo não apenas as gerações de hoje como também as gerações vindouras, o Coletivo de Teatro Alfenim experimenta a comédia com o propósito de desmascarar a maquinaria teatral utilizada para escamotear a lógica criminosa do capital especulativo e seus derivativos “metafisicantes”.
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