Flores de Chumbo
Lionel Fischer
(1984)
CAPÍTULO XXIV
Passou-se uma semana, durante a qual nos alimentamos exclusivamente de jacaxi, a fruta salvadora. Mas uma vez quase conseguimos variar o cardápio. Eu estava começando minha escalada quando de repente um bicho semelhante a uma capivara surgiu do nada e veio fuçar as saias de monsenhor. Assim que o vi gritei para que ele o agarrasse, enquanto descia apressado com meu facão nos dentes, como um corsário, pronto a degolar as parva criatura. Mas o prelado, comovido com a demonstração de carinho do animal, enxotou-o às pressas, o que nos levou a uma acalorada discussão. Aliás, durante toda essa semana, monsenhor e eu discutimos como duas solteironas. Dois fatores, creio eu, contribuíram para acirrar os ânimos: a ausência de irmã Geovana e o excesso de jacaxi. O primeiro, minava nossas esperanças; o segundo, nossa flora intestinal.
Na primeira segunda-feira que se seguiu àquela em que esperáramos ansiosos a chegada de provisões, deparamo-nos com mais um problema: a falta de água. Aí sim nossa situação se tornou drástica. Não nos restava outra opção a não ser a de arrombar quantas residências fosse preciso para conseguir o precioso líquido. Monsenhor ainda sugeriu que cavássemos um poço, mas o convenci de que sua idéia era totalmente absurda, visto que nos arriscávamos a dispender as últimas energias num projeto que tinha tudo para fracassar. Assim, quando eram mais ou menos sete da noite, marchamos para a cidade, levando a tiracolo dois recipientes de vidro e algumas ferramentas que encontramos na dispensa.
Quando nos aproximávamos da casa da velha Ecúria, levamos um susto: as luzes estavam acesas e a megera sentada em sua cadeira de balanço, em frente à porta de entrada. Poderíamos perfeitamente ter passado ao largo, mas não sei por que resolvemos espreitar a hedionda feiticeira, que parecia adormecida. Por uma questão de segurança, decidimos nos acocorar atrás de um banco situado a cerca de 50 passos da casa, de onde poderíamos observá-la razoavelmente protegidos. Essa precaução se fazia necessária, pois se ela acordasse e nos visse não sabíamos o que poderia acontecer. Permanecemos atentos e imóveis por uns dez minutos, mas a situação acabou nos cansando, pois a velha Ecúria, durante esse tempo, não realizou um único movimento. Acho que tanto monsenhor como eu tínhamos a esperança de vê-la a qualquer momento iniciar uma dança macabra ou algo no gênero. Estática como estava, Ecúria se assemelhava a todas as velhas do munto e portanto nada tinha a oferecer de excitante. Conseqüentemente, resolvemos ir embora.
Como eu havia carregado até ali os dois vasilhames, pedi a monsenhor que se incumbisse de um deles, proposta que o prelado, que até então só transportara as ferramentas, aceitou de imediato. Graças a isso, pudemos realizar uma descoberta espantosa. Não havíamos caminhado nem dez passos quando monsenhor, depois de tropeçar sabe Deus onde, perdeu o equilíbrio e projetou-se para a frente. Como segurava o vasilhame com ambas as mãos, instintivamente o colocou entre seu nariz e o solo. Resultado: o recipiente se partiu em mil pedaços, fazendo uma barulheira infernal. Imediatamente, como num gesto ensaiado, nos viramos para a velha Ecúria, na certeza de já encontrá-la de pé e pronta a nos lançar algum feitiço. Mas, para nossa total perplexidade, ela não moveu nenhum músculo de seu apavorante corpo.
Julgando tratar-se de um milagre, aproximei-me de monsenhor, cujas mãos sangravam abundantemente, e num sussurro lhe sugeri que nos evadíssemos dali o mais rápido possível. Mas o prelado ignorou minha proposta e se manteve imóvel, como um perdigueiro que houvesse farejado a caça. Desesperado, cheguei a gritar com ele, a sacudí-lo e quando já estava resolvido a lhe dar um tabefe, monsenhor me disse, com toda a calma:
- Não há necessidade disso. Ecúria está morta.
E sem me dar tempo de proferir sequer uma exclamação se encaminhou, impávido, para a estática criatura. Evidentemente que o segui, sem no entanto demonstrar igual desembaraço. Tudo levava a crer que monsenhor não se enganara, mas em todo o caso eu ainda acreditava que poderia ser uma armadilha. Portanto, me mantive a uma distância prudente, enquanto o audaz prelado examinava o corpo. Monsenhor tomou seu pulso, colou o ouvido no peito da velha, botou um dedo junto às suas narinas e em seguida em sua jugular, agindo como um verdadeiro especialista.
- Mas será possível, Gabriel!? - gritou de repente, ao constatar que eu ainda me mantinha afastado. - Que outras provas se fazem necessárias para que você venha até aqui?
- Eu já estou aqui, monsenhor... - respondi, tentando conservar-me calmo. - Apenas me dá uma certa aflição...
- Você é realmente uma figura, sabia? Se imagina capaz de assaltar o convento e enfrentar sozinho um bando de pocessas. Mas ao mesmo tempo não consegue se aproximar de uma velha morta...
Essas palavras me soaram como uma afronta. Disposto a lhe mostrar que tinha se enganado a meu respeito, aproximei-me resoluto do cadáver e agarrando-o pela nuca dei-lhe um potente saculejo. A velha Ecúria, então, projetou-se para a frente e caiu de cabeça na calçada. Foi um verdadeiro suplício recolocá-la na cadeira. Primeiro porque o cadáver parecia pesar uma tonelada e depois porque tive que escutar, durante toda a operação, os terríveis adjetivos que monsenhor se permitiu endereçar à minha pessoa, tão encolerizado ficara. Mas acabamos conseguindo acomodar o monstro em seu trono móvel. Monsenhor, visivelmente esgotado, deitou-se na calçada e arquejou durante uns cinco minutos.
Quanto a mim, permaneci de pé, como se fosse seu ordenança. Não queria, ou melhor, não me permitia relaxar porque no fundo estava um tanto envergonhado. Além disso, por incrível que possa parecer, ainda conservava um certo medo daquela abominável criatura. Portanto, fiquei por ali, caminhando de um lado para o outro, aguardando que a respiração de monsenhor se normalizasse. Estava curiosíssimo para saber como vivia a falecida bruxa, se dormia num caixão e coisas desse tipo. No entanto, monsenhor declarou que antes de qualquer coisa precisava pedir a Deus que se compadecesse daquela que se tinha ido.
- O senhor deve estar brincando, monsenhor!?
- Não estou não. Ecúria, apesar de tudo, era um ser humano. E eu, apesar de tudo, ainda me considero um sacerdote.
Sua resposta me desarmou por completo. Mesmo tendo sofrido o que sofreu por causa daquela mulher monsenhor estava disposto a não permitir que seus sentimentos pessoais sobrepujassem seus deveres de religioso. O pequenino prelado também era, sem sombra de dúvida, uma figura: só que admirável!
Terminadas as orações, entramos na casa. Mas o objetivo inicial de monsenhor era tentar descobrir uma pá ou algo equivalente para cavarmos uma sepultura para a velha Ecúria. Não teríamos, evidentemente, condições de transportá-la até o cemitério. O jeito era enterrá-la nos fundos da casa. Ao vasculharmos um pequeno quarto situado no primeiro andar encontramos não uma, mas sete pás, de diferentes cores e tamanhos, o que muito me surpreendeu: teria Ecúria, em sua primeira juventude, dado aulas de jardinagem? Ou aquilo seria fruto de algum roubo? De qualquer forma, essa descoberta nos facilitou muito a empreitada. Em menos de uma hora a hedionda já estava dentro de um buraco, sobre o qual colocamos duas pás formando uma cruz. Em seguinda, retornamos à casa.
Antes, porém, de iniciarmos nossas investigações, monsenhor me fez jurar que não tocaria em nada, pois em sua opinião isso representaria um desrespeito para com a morta. Traquilizei-o de imediato, pois não tinha efetivamente a menor intenção de carregar comigo um souvenir daquela casa. Queria apenas vê-la por dentro, bisbilhotar um pouco a intimidade da falecida, só isso. Mas monsenhor resolveu se estender sobre o assunto e me disse, com um ar de pastor de auditório:
- É o máximo que podemos nos permitir: Olhar! Sem tocar em nada, já que nem deveríamos estar aqui dentro.
- E por que estamos? - perguntei de chofre, tentando evitar que o prelado alongasse em demasia sua arenga culpada. Surpreso com a pergunta, ele ficou indeciso, sem saber o que responder. Sem perda de tempo, dei-lhe as costas e saí peregrinando pela casa - monsenhor deve ter resolvido rapidamente seu conflito, pois logo estava ao meu lado.
A residência da velha Ecúria parecia o cenário ideal para um filme de terror. Havia de tudo ali: amuletos, agulhas, ervas, caldeirões de vários tamanhos, estiletes, miniaturas de pessoas que ela deveria "adorar", ossos, corujas empalhadas, cabeças de morcego e mais uma infinidade de coisas espalhadas por todo o canto. Sua casa correspondia exatamente à idéia que todos fazemos do habitat de uma bruxa. Havia até mesmo uma grande quantidade de animais peçonhentos, encerrados em recipientes individuais de vidro, que podiam ser identificados pelo nome, pois a megera se dera ao trabalho de batizá-los.
À medida que fomos lendo algumas das etiquetas afixadas nos frascos tomamos conhecimetno da existência da caranguejeira Bagdó, da lacraia Melocant, da serpente Florida e de muitas outras repugnantes criaturas. Ecúria, com toda a certeza, deveria amar profundamente seus bichinhos, pois enquanto toda a casa primava pela imundície, sei minizôo, ao contrário, reluzia. Tinha-se mesmo a impressão de que os animais estavam soltos, tão transparentes eram os vidros que os aprisionavam. Ficamos perambulando pela casa da megera mais de duas horas e quando finalmente resolvemos ir embora não havíamos ainda saciado totalmente nossa curiosidade. Mas precisávamos encontrar água. Não fosse isso e eu não teria dúvidas em afirmar que a aurora nos surpreenderia enfurnados entre aquelas paredes.
Uma vez na rua, de posse de nosso único recipiente, começamos a caminhar lentamente, olhando com atenção as casas, avaliando as possíveis dificuldades de uma porta, enfim, agindo como gatunos experientes. Para mim, que não conhecera ninguém naquela cidade, a tarefa era ben menos penosa do que para monsenhor, que não apenas freqüentara muitas daquelas casas como também amara seus antigos donos. Só mesmo o espectro da morte poderia fazer com que esse gentil prelado se dispusesse novamente a praticar uma ação que em outras circunstâncias não hesitaria em classificar como execrável. Mas, infelizmenmte, não tínhamos outra opção.
Num dado momento, depois que monsenhor já havia se recusado a arrombar inúmeras portas sob as mais variadas alegações, percebi que se não tomasse a iniciativa ficaríamos eternamente fazendo cálculos e avaliando possibilidades. Mesmo que o primeiro arrombamento não desse em nada, de qualquer forma serviria para acabar com a timidez que nos paralisava. Simbolicamente, equivaleria à perda de uma virgindade. Assim, dirigi-me à primeira porta que encontrei e sem muito esforço arrombei a fechadura. Acendi em seguida uma vela que trouxera e penetrei na residência, com a coragem que caracteriza todo aquele que sabe que ninguém se intrometerá em seu caminho. Em dois minutos, a casa estava toda iluminada. Fui então até a janela da sala que dava para a rua e a abri, a fim de arejar o ambiente. Monsenhor permanecia estaqueado no mesmo lugar em que o deixara e parecia triste. Pensando em animá-lo, gritei-lhe uma frase que entrou imediatamente para o rol das mais cretinas de minha vasta coleção:
- Fica assim não, monsenhor: arrombar é viver!
- Vá à merda! - vociferou o querido prelado, dando mostras de uma potência vocal até então insuspeitada. Creio mesmo que se monsenhor tivesse gritado não comigo, mas com a porta recém arrombada, possivelmente não teria sido necessário lançar mão das ferramentas: a pobrezinha iria docilmente não apenas "à merda" como a qualquer outro lugar que o prelado lhe ordenasse. E monsenhor passaria à História como a primeira pessoa a arrombar uma porta no grito...Mas prossigamos.
Para nossa felicidade, a casa em questão possuía um filtro enorme, cuja tampa mal conseguia equilibrar-se em seu topo, tão cheio ele estava. Se tivéssemos trazido três vasilhames certamente conseguiríamos enchê-los até a borda. Mas o fato de ter-nos sobrado apenas um não me inquietou nem um pouco, pois assim que seu conteúdo se esgotasse, só teríamos o trabalho de voltar até a cidade e reenchê-lo. Segundo meus cálculos, durante uma semana poderíamos vir a falecer de tudo, menos de falta de água. Comuniquei esta grata novidade a monsenhor assim que o reencontrei na rua, mas ele não fez qualquer comentário. Pressentindo que ainda poderia estar aborrecido comigo, assumi um ar culpado e não mais lhe dirigi a palavra até chegarmos na granja, quando então os próprios acontecimentos se encarregaram de desanuviar o pesado clima que se estabelecera entre nós.
Assim que entramos na sala, levamos um choque. Nossa mesa, que durante a última semana convivera apenas com o jacvaxi, parecia haver aumentado de tamanho, tal a quantidade de provisões que sobre ela se espalhava! Entre outras coisas havia pão, queijo, batatas, espiga de milho, biscoitos e, como não poderia deixar de ser, um garrafão de vinho. Monsenhor e eu, totalmente descontrolados, chegamos a dar gritos e a lançar pelos ares algumas das iguarias que minha deusa enviara. E só quando estávamos a pique de atacar vorazmente o soberbo queijo, que tanto por seu volume quanto por sua coloração se destacava das demais guloseimas, é que monsenhor me chamou a atenção para a existência de uma folha de papel metida entre as espigas e que até então nos passara despercebida. Era uma carta de irmã Geovana e seu conteúdo dizia o seguinte:
"Lamento não ter podido cumprir a promessa de enviar provisões na data combinada. A situação aqui no convento não me permitiu fazê-lo. Espero de todo coração que tenham conseguido suportar, sem muito sofrimento, a abstinência forçada. Quanto à eleição, eu a ganhei por esmagadora maioria. Mas isso não me causou uma felicidade especial, pois sei que Anilec não descansará enquanto não conseguir a minha ruína. No que se refere à nossa situação, Gabriel, não sei como resolvê-la. Amo-o muito, mas será que esse amor supera minha vocação? Não gostaria de tomar nenhuma decisão precipitada, mas também não me considero no direito de pedir que tenha paciência e aguarde que eu resolva esse impasse. Estou tentando ser o mais honesta possível. Sei que minha indecisão poderá fazer com que você acabe se afastando de mim, mas prefiro correr esse risco. Gosto tanto de você, meu Nico!? (te botei esse apelido, espero que fique contente com ele). Assim que puder mando notícias. Cuidem-se, por favor, e de preferência comam com moderação. Não sei quando poderei enviar nova remessa. Beijos, Geovana".
Devo ter lido essa carta umas 50 vezes. Não conseguia desgrudar os olhos do papel, inteiramente alheio ao banquete que me rodeava. Mas como poderia ter concentração para mastigar qualquer coisa depois de tomar conhecimento da real importância que asusmira perante minha amada? Sim, pois até aquele momento, irmã Geovana jamais aventara a possibilidade de vir a abandonar o convento por minha causa. Era evidente que gostava de mim, do contrário não teria passado aquela noite comigo e me outorgado, inclusive, a sublime incumbência de arrebatar sua virgindade. Mas isso não me autorizava a supor que seus sentimentos fossem fortes o suficiente para fazê-la entrar em dúvida quanto à opção religiosa que fizera.
Minha incapacidade de largar a carta, por consegüinte, era mais do que justificável. Mas havia ainda um outro motivo para que a missiva permanecesse em minhas mãos: o apelido que minha amada me pusera! Sempre fora chamado pelo angelical nome, tão comum, ou pelo sobrenome, que me é indiferente. Nunca merecera um tratamento alternativo, nem mesmo no colégio, fato que sempre interpretei como uma demonstração de respeito à minha pessoa, quando na verdade era pura falta de afeto. Esse "Nico" veio, portanto, prencher uma carência de 25 anos!?
Quando, por fim, resolvi triturar uma espiga, percebi o quanto me seria difícil - provavelmente impossível - viver sem irmã Geovana. Que expectativa de futuro poderia ter se ela era tudo que me interessava? Como retornar à vida incipiente que levara até então após haver experimentado momentos de tão intensa felicidade? Não, eu não conseguiria. Irmã Geovana se apossara de mim como uma doença encurável. Seria inútil negá-lo.
Assim, ao ingerir o último grão dessa graciosa planta da família das gramíneas, minha decisão já estava tomada: se irmã Geovana se recusasse a ir embora comigo, me mataria sem pestanejar! Naturalmente que não a colocaria a par dessa decisão, como pensei fazer da outra vezx. Não: arranjaria as coisas de modo a que ela imaginasse que eu havia partido conformado e quem sabe até disposto a iniciar uma nova vida. Não havia o menor cabimento em imputar-lhe uma dor tão grande, justo a ela, que só me proporcionara alegrias. Já estava, inclusive, selecionando as alternativas suicidas quando monsenhor, que certamente não tirara os olhos de mim um só instante, fez a seguinte observação:
- Pelo que vejo, o jovem amigo, como todo apaixonado, não foge à regra. Está vivendo simultaneamente o seu amor e o seu medo. Estou enganado?
- Não, monsenhor...não está.
- Não lhe poarece incrível isso?
- O que?
- Essa eterna divisão, essa incapacidade de usufruir integralmente as emoções do momento, essa necessidade do absoluto...
- Eu não posso viver sem ela, monsenhor!?
- Mas ela já o abandonou, por acaso?
- Não, mas...
- Deu a entender que o faria?
- Disse que precisava refletir.
- E isso, por ventura, é mau? Ou sua insegurança é de tal ordem que você preferiria que ela tomasse uma decisão precipitada da qual, como ela mesma disse, talvez mais tarde viesse a se arrepender?
- Claro que não, monsenhor.
_ Então!? No seu lugar, eu estaria radiante. Primeiro, por me saber amado; e depois pela seriedade com que é encarado esse amor. Não relutaria, inclusive, em tomar um bom copo de vinho. Se houvesse vinho, naturalmente...- e sorriu, malicioso, com uma das mãos apoiada no bojudo garrafão.
Essa noite eu dormi no chão da sala, já que monsenhor, apesar de seus esfortços, não conseguiu me carregar até o meu quarto...
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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
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Oi Lionel!
ResponderExcluirGostaria de convidá-lo para assistir meu espetáculo - "Entre 3 e 7 Minutos" - no Porão do Laura Alvim. Para qual e-mail eu posso mandar um release?
Um abraço,
Evandro