quinta-feira, 23 de abril de 2009

Não acredito...

QUE PÉS!

A atriz Inês Gomes, dona de enormíssimos pés, encontrou uma noite no seu camarim do Teatro Variedades, no Rio de Janeiro, um cartão com esta divertida quadrinha, atribuída ao poeta Emílio de Meneses:

"Quanto ao teatro, diligente
Inês chega, eu penso assim:
Já os pés forçosamente
Estão dentro do camarim".


HORÁRIOS

Uma peça de Bernard Shaw estava para estrear em Nova Iorque. Foi então que o produtor verificou que ela era demasiadamente longa e não permitiria que os espectadores apanhassem os últimos transportes coletivos, depois de terminado o espetáculo. Telegrafou, então, ao autor:
"Favor autorizar cortes na peça. Horários transportes coletivos obriga-nos representar peças mais curtas".

Shaw respondeu sem demora:

"Nenhum corte será admitido. Faça mudar horários transportes".


RISCO

O mesmo Bernard Shaw teve um diálogo hilariante com a bailarina Isadora Duncan. Ela lhe propôs terem um filho, sob a argumentação de que o resultado haveria de ser fantástico: uma pessoa com o seu corpo e a inteligência de Shaw. Mas o dramaturgo declinou do convite por considerá-lo muito arriscado:

"Já pensou, minha senhora, se a tal criança nasce com o meu corpo e a sua inteligência?"


DORMIA

Na Comédie-Française, em Paris, representava-se uma das peças de maior sucesso de Musset: "Um capricho". Durante todo o espetáculo, em uma frisa, havia um senhor que dormia profundamente e, mais do que isso, roncava. Alguns espectadores irritaram-se com o fato e pediram providências contra o inoportuno. Mas foi impossível despertá-lo. O pobre dormia como um justo. Por fim, terminou o espetáculo e o público delirante pedia a presença do autor em cena. Com o ruído ensurdecedor dos aplausos, o dorminhoco despertou e, percebendo do que se tratava, levantou-se e foi agradecer ao público.
Era o próprio Musset...


PODE SER

Em Berlim, durante uma apresentação de "Ricardo III", de Shakespeare, o famoso ator Davison exlama na cena da batalha:

- Um cavalo! Todo o meu reino por um cavalo!

Um espectador, dado a fazer graça, grita para o palco:

- E um burro...não serve?

- Também pode ser. Faça o favor de vir...- replicou Davison.


ESTRÉIA

Tristan Bernard chegou a uma estréia teatral com alguns minutos de atraso. Tendo encontrado o autor da peça passeando, nervosamente, no hall do teatro, este pediu-lhe, com voz trêmula:

- Por favor, mestre, não faça barulho ao entrar na platéia. Entre bem devagarinho.

- Ah! -, disse o célebre humorista. - Então os espectadores já estão dormindo?


OBSCENAS

Excelente atriz de opereta e revista, Margarida Max pediu ao maestro Sílvio Piergille, diretor artístico do Teatro Municipal, que a deixasse cantar ali a "Tosca", de Puccini.

- Não, dona Margarida. Eu não posso permitir palavras obscenas neste teatro.

A artista olhou espantada para o maestro e comentou:

- Mas, maestro Piergille, eu não digo palavras obscenas!?

- Eu sei, minha cara senhora. Mas vai dizê-las o público quando a ouvir cantar...


PALAVRAS DIFÍCEIS

Marcel Achard havia dado a ler uma de suas peças a René Dupuy, diretor artístico do Teatro Gramont, em Paris.

- Realmente, meu caro Achard, sua peça não é nada má, embora haja muito o que corrigir. Seu texto é demasiado denso, carregado de palavras difíceis...É necessário que todos os espectadores, até os mais imbecis, possam compreender.

- Não há dúvida - respondeu Achard -, mas isto tem remédio, e para não perdermos tempo, diga-me quais são as palavras difíceis que você não compreendeu.

____________________

Nenhum comentário:

Postar um comentário