quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PERSONALIDADES - P




PLAUTO (254-184 a. de C)


Autor dramático romano. De sua obra são conhecidas 21 comédias, a maioria adaptações livres de originais gregos da Nova Comédia. Tais peças têm, como principais características, sua engenhosidade, linguagem vigorosa, variedade de temas e preferência por cenas silenciosas. A maior parte dos personagens é composta por tipos  escravos, jovens namorados, parasitas, velhos etc. Uma de suas obras mais conhecidas, Menaechmi, serviu de inspiração a Shakespeare para escrever A comédia dos erros.


PUSHKIN, Alexander (1799-1837)


Considerado o maior poeta russo, Pushkin foi também autor de novelas, romances, contos e peças teatrais. De antiga e aristocrática família, o autor passou quatro anos no exílio em função de seus poemas políticos. Sua obra teatral mais famosa é a tragédia romântica Boris Godunov, de tema essencialmente político  a relação entre um tirano e seu povo. Escrita em 1825, a peça foi proibida pela censura até 1870, tendo sido encenada magistralmente, em 1907, pelo Teatro de Arte de Moscou. Pouco antes de morrer em um duelo, Puschkin escreveu quatro pequenas tragédias: O avarento, Mozart e Salieri, O convidado de pedra e O banquete durante a peste. Muitas de suas obras líricas foram convertidas em balé (Ruslan e Ludmila, A fonte de Bakchisarai) ou ópera (Eugenio Oneguin, musicada por Tchaikovsky, e a já citada peça Boris Godunov, musicada por Mussorgski).


PAGNOL, Marcel (1895-1974)


Dramaturgo francês, Pagnol começou escrevendo dramas em verso, mas logo enveredou para o gênero que o consagraria, a sátira social. Dentre suas peças podem ser citadas Monsieur Topaze, Les marchands de gloire e Jazz, sendo sua principal obra a trilogia composta por Marius, Fanny e César.


PEDROLO, Manuel de (1918-1997)


Novelista e dramaturgo espanhol de língua catalã, Pedrolo se insere no Teatro do Absurdo. Sua peça de estréia, Cruma, causou grande impacto  o texto abordava a impossibilidade de comunicação entre os homens. Sua obra mais famosa é Homens e Não, onde são trabalhados temas como a transcendência, a morte e a problemática da existência, sempre abordados de forma simbólica.


PINTER, Harold (1930)


Um dos maiores dramaturgos ingleses do século XX. Escrevendo dentro de uma convenção próxima à do Teatro do Absurdo e valendo-se sempre de magistrais diálogos, Pinter cria um clima de angústia latente, pois sempre temos a sensação de que um perigo ronda a cena. Seus principais temas são a solidão, o medo, a incerteza existencial e a brutalidade das relações humanas. É autor de uma obra vasta e diversificada, com destaque para O quarto, O monta-carga, Festa de aniversário, Uma ligeira dor e O inoportuno.


PIRANDELLO, Luigi (1867-1936)


Autor dramático e novelista italiano, uma das grandes figuras do teatro moderno, herdeiro do teatro analítico de Ibsen, precursor do teatro existencialista e do Teatro do Absurdo. Filho de um siciliano proprietário de minas, Pirandello foi professor de literatura antes de se dedicar ao teatro. Foi diretor do Teatro de Arte de Roma e também de teatros estatais em Turim e Milão. Suas principais obras giram em torno dos mesmos temas, dentre eles a impossibilidade de se escapar ao próprio eu, o problema da identidade e da aparência. Deixou uma obra extraordinária, com títulos como Seis personagens à procura de um autor, Assim é, se lhe parece, Henrique IV, Esta noite se improvisa, Vestir os nus e Os gigantes da montanha, sua última peça, incompleta.


PISCATOR, Erwin (1893-1966)


Diretor alemão, expoente máximo do teatro de agitação política dos anos 20. Em parceria com Brecht, criou o Teatro Épico. Filho de um pastor protestante, estudou arte e filosofia, iniciando sua carreira teatral com a encenação de Fahnen (1924). Dentre as montagens mais famosas de sua mocidade destacam-se Rasputin, O bravo soldado Scheik e Tai Yan acorda, esta última sobre a revolução chinesa. Trabalhou na Rússia, na França e nos Estados Unidos, onde dirigiu, de 1939 a 1951, a New School for Social Research, de Nova Iorque. Ao regressar para a Alemanha, levou à cena Os bandidos (Schiller), Guerra e paz (Tolstoi), Dança macabra (Strindberg), Os seqüestrados de Altona (Sartre) e O balcão (Genet), dentre outras montagens memoráveis.


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