quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PERSONALIDADES - S



SÓFOCLES (496-406 a. de C)


Autor dramático grego. Representante máximo da tragédia durante o governo de Péricles. Em sua Poética, Aristóteles afirmava que os dramas de Sófocles eram modelos irretocáveis da tragédia. Suas peças tinham, como principal característica, colocar o homem no centro da trama. Interessando pela relação dramática entre diferentes personalidades, ou entre diferentes aspectos de um mesmo caráter, Sófocles, criou um tipo de drama de extrema tensão, priorizando sempre o enredo, a caracterização dos personagens e detalhes naturalistas. Suas principais obras são: Antígona, Édipo Rei, Electra e Édipo em Colono.


SHAKESPEARE, William (1564-1616).


Poeta e dramaturgo inglês, figura máxima do teatro elisabetano, Shakespeare é considerado o maior autor teatral de todos os tempos. Sua primeira fase (1590-1599), na qual ainda se atém às convenções do drama da época, se caracteriza por uma grande diversidade temática e formal – Henrique VI, Ricardo III, A comédia dos erros, Os dois cavaleiros de Verona, Trabalhos de amor perdidos, Titus Andronicus, Romeu e Julieta, Sonho de uma noite de verão, O mercador de Veneza e Muito barulho por nada. Os dramas históricos Ricardo II, Rei João e Henrique IV servem como uma espécie de trampolim para a fase mais genial do autor. Entre 1599 e 1604, Shakespeare escreve as comédias Como gostais, Medida por medida, Noite de reis e Troilus e Cressida, e as tragédias Julio César, Hamlet e Othelo. Entre 1605 e 1608, produz Rei Lear, Macbeth, Antonio e Cleópatra, Coriolanus, Timon em Atenas e Péricles. Em sua fase final, escreve Cymbeline, Conto de inverno e A tempestade, que traduzem uma nova concepção simbólica do drama, na qual a música desempenha um papel importante.


SCHILLER, Friedrich (1759-1805)


Poeta e dramaturgo alemão. Ao lado de Goethe, foi o criador do teatro clássico germânico. Já em sua primeira peça, Os bandidos, o autor exibiu uma de suas principais características: o espírito revolucionário. Mais adiante escreveu Don Carlos e em seguida sua obra mais ambiciosa: a trilogia Wallenstein. A partir daí, produziu tragédias históricas: Maria Stuart, A donzela de Orleans, A noiva de Messina e Guilherme Tell.

STRINDBERG, August (1849-1912)


Autor dramático e escritor sueco, Strindberg foi o iniciador do naturalismo em seu país e precursor do expressionismo europeu. Inicialmente mais conhecido por sua novelas curtas, despertou polêmica com seus ensaios histórico-culturais, que provocaram seu primeiro exílio voluntário (1883-1889). Em contato com os naturalistas franceses e impregnado das idéias de Nietzche e Schopenhauer, escreveu os dramas naturalistas O pai, Senhorita Júlia e Os credores. Seus temas preferidos são a luta dos sexos, a mulher como ente maligno e a polivalência psicológica, abordados com grande senso dramático e técnica irrepreensível. Após grave crise psicológica, que se seguiu a seu segundo exílio voluntário (1892-1896), escreve seus grandes dramas simbólicos: A caminho de Damasco, O sonho, Dança macabra e Sonata dos espectros.


SCHNITZLER, Arthur (1862-1931)


Dramaturgo austríaco, típico representante do impressionismo vienense, que descreve a burguesia decadente do final do século com ironia e uma certa resignação melancólica. O erotismo, tratado com humor e cinismo, constitui a essência da maioria de suas obras. Suas principais peças são: Anatol, Amores e A ronda.


SHAW, George Bernard (1856-1950)


Autor dramático irlandês. Seguidor de Ibsen e de seu teatro, que visava fundamentalmente desmascarar a hipocrisia, os tabus e as injustiças da sociedade burguesa, Shaw propôs um teatro moralista e polêmico. Morando em Londres desde os 20 anos, iniciou sua vida profissional como crítico de música e de teatro. Suas principais obras são: A profissão da senhora Warren, Cândida, Homem e super-homem, Major Bárbara, Androcles e o leão, Pigmaleão, Retorno a Matsulém e Santa Joana.


STANISLAVSKI, Konstantin (1863-1938)


Ator, diretor e professor de atores, Stanislavski foi uma das personalidades mais importantes do teatro no século XX. Em 1897, juntamente com Nemirovich-Danchenko, fundou o Teatro de Arte de Moscou. Encarregado das montagens e da formação de atores, Stanislavski encenou diversas obras, destacando-se as realizadas a partir de textos de Tchecov (A gaivota, As três irmãs e O jardim das cerejeiras). Com elas criou um novo estilo, cujas principais características eram a naturalidade, a fidelidade histórica e a busca da verdade e da vida. A partir de 1905, consciente das limitações do naturalismo, começou a se deixar influenciar pelas correntes simbolistas. Escreveu livros determinantes para o desenvolvimento dos intérpretes – A preparação do ator e A construção do personagem.


SARTRE, Jean-Paul (1905-1980)


Filósofo, romancista e dramaturgo francês. Fundador da escola existencialista. Participou ativamente da Resistência e, ao término da Segunda Guerra Mundial, criou a revista Os tempos modernos. Suas peças, onde predominam as idéias, exibem uma construção perfeita, grande eficácia dramática e densidade ideológica. Suas principais obras são: As moscas, Entre quatro paredes, Mortos sem sepultura, A prostituta respeitosa, As mãos sujas, O Diabo e o bom Deus e Os seqüestrados de Altona.


STRASBERG, Lee (1901-1982)


Diretor norte-americano e professor de interpretação. Difundiu nos Estados Unidos o método de Stanislavski. Entre 1931 e 1937, foi a principal figura do Group Theatre, o mais renomado da época. Em 1947, Elia Kazan funda o Actor’s Studio, e logo Strasberg assume sua direção artística. Dentre seus alunos mais famosos podem ser citados Marlon Brando, Geraldine Page, Julie Harris e James Dean.


STREHLER, Giorgio (1921)


Diretor italiano, uma das personalidades mais influentes do teatro na segunda metade do século XX. Começou sua carreira artística como ator, encenador e crítico teatral. Em 1947 funda, com Paolo Grassi, o Piccolo Teatro de Milão, o primeiro teatro italiano “estável” e subvencionado pelo governo. Ao longo de toda a sua carreira, Strehler encarou o teatro como poderoso meio de comunicação e investigação de linguagens, tendo encenado mais de 200 peças. Dentre suas montagens mais célebres podem ser citadas: O mágico prodigioso, Os gigantes da montanha, Ricardo II, A morte de Danton, Macbeth, O jardim das cerejeiras, A ópera dos três vinténs e A alma boa de Setsuan. Strehler também dirigiu várias óperas, com especial destaque para Simon Boccanegra.


SHAFFER, Peter (1926)


Autor dramático inglês. Embora tenha começado sua carreira escrevendo comédias, suas principais obras são os dramas Equus e Amadeus, ambos escritos nos anos 70, e transformados em filmes de estrondoso sucesso.


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