quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PERSONALIDADES - W




WEBSTER, John (1580-1625)


Autor dramático inglês do teatro elisabetano, um dos dramaturgos pós-shakespearianos mais interessantes. Escreveu obras em colaboração com Dekker, Marston e Middleton. Suas peças próprias são típicos dramas de horror, repletas de sangue e crueldades. “The white devil”, The duchess of malfi” e “The devil’s law case” são tragédias sombrias, com um gosto mórbido pelo macabro e pelo decadente. Webster continua sendo um autor muito representado na cena inglesa.


WEDEKIND, Frank (1964-1918)


Autor dramático alemão. Foi colaborador da revista satírica Simplizissimus, membro do famoso Kabarett, de Munique e ator de grande destaque. Comoçou sua carreira com dramas naturalistas sobre os problemas da juventude e seu choque com a moral burguesa. Deste período constam O mundo jovem e O despertar da primavera, esta última uma de suas obras mais importantes, na qual a temática antiburguesa e o simbolismo expressionista se acentuaram em suas obras seguintes – O espírito da terra e a segunda parte de A caixa de Pandora – em que criou o protótipo da mulher fatal. Sua postura cínica de boêmio e moralista antiburguês, sua exaltação do erotismo e sua predileção por personagens marginais (aventureiros, criminosos, prostitutas) impuseram ao dramaturgo constantes problemas com a censura.


WEILL, Kurt (1900-1950)


Compositor alemão, pianista nos cafés de Berlim nos anos 20, Weill foi assíduo colaborador de Brecht em Mahagonny (mais tarde convertida em ópera), Grandeza e decadência da cidade de Mahagonny e principalmente em Ópera dos três vinténs, que se tornou um êxito em todo o mundo. Weill também fez a música para várias peças didáticas de Brecht, como O vôo de Lindbergh, Aque que diz sim, aquele que diz não e Os sete pecados capitais. Em 1933 emigrou para os Estados Unidos, onde trabalho como compositor de musicais e também para o cinema.


WEISS, Peter (1916-1982)


Autor dramático e novelista alemão, um dos maiores representantes do chamado Teatro Documento. Emigrou em 1934 para Praga, depois para Estocolmo. Naturalizado sueco, surge no mundo teatral de forma arrebatadora com a obra histórico-política Marat/Sade, exemplo de teatro total com reminiscências de Büchner e Brecht. Nesta peça, Weiss põe em cena as contradições sociais e políticas de uma época, como indicadores de contradições existentes na época atual. A progressiva politização de seu teatro se manifesta em A indagação, oratório em prosa rítmica, sobre os campos de extermínio nazistas. Após um período afastado do teatro, retorna com O novo processo, baseado na novela de Kafka.


WESKER, Arnold (1932)


Autor dramático inglês. Junto a Arden, Pinter e Bond, dentre outros, é considerado um dos autores-chave do novo teatro inglês. A forma realista e a temática político-social determinam seu teatro. Escreveu, dentre outras, as peças Chicken soup with Barley, Roots, I’m talking about Jerusalém e The kitchen, sendo esta última uma de suas obras mais representadas em todo o mundo.


WILDE, Oscar (1856-1900)


Poeta, novelista e autor dramático irlandês. Filho de um médico, estudou em Dublin e em Oxford, onde, sob a influência do Simbolismo francês, desenvolveu suas idéias estéticas “decadentistas”. Defensor da arte pela arte, amoral e antiburguês, encabeçou o movimento “fim de século” inglês. Dentre suas peças mais famosas destacam-se “Salomé”, “Uma mulher sem importância”, “O marido ideal” e “A importância de ser honesto”. Acusado de perversão, Wilde passou dois anos na cadeia e não escreveu mais para o teatro.


WILDER, Thornton (1897- 1975)


Dramaturgo e novelista norte-americano. Estudou em Yale, Princeton e Roma. Foi professor nas universidades de Chicago e Harvard. Em suas primeiras peças, escritas para o teatro universitário, dá grande importância à improvisação e ao antinaturalismo. Mais adiante, já inserido no teatro profissional, produz algumas obras de grande sucesso, como Nossa cidade e A casamenteira – convertida no musical Hello Dolly.


WILLIAMS, Tennessee (1911-1983)


Dramaturgo norte-americano. Um dos maiores representantes do drama psicológico-realista dos Estados Unidos dos anos 40 e 50, claramente influenciado por O’Neill, Ibsen e Strindberg. Filho de um caixeiro-viajante, exerceu muitas profissões, enquanto cursava a universidade. Após escrever algumas peças que não obtiveram maior repercussão, estreou o grande sucesso O zoológico de cristal, considerada uma de suas melhores obras, na qual aparecem seus temas prediletos: o choque entre a realidade e a ilusão, a frustração, a solidão e a fragilidade psíquica. Mais adiante, produziu outras peças notáveis, como Um bonde chamado desejo, A rosa tatuada, Gata em teto de zinco quente, O doce pássaro da juventude e a Noite do iguana.


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