PERSONALIDADES - V
VALLE-INCLÁN, RAMON MARÍA DEL (1866-1936)
Poeta, escritor e dramaturgo espanhol. Começou a escrever sob forte influência do Simbolismo francês. Em 1907 produz uma coletânea chamada Comédias bárbaras, na qual se incluem Áquila de blasón, Romance de lobos e Cara de plata. Tais obras têm como pano de fundo paixões primitivas e violentas, ambientadas em uma Galícia mítica, impregnada de uma visão de mundo dominada pela morte e pelo mal. Valle-Inclán também produziu um conjunto de farsas grotescas em verso – Farsa infantil de la cabeza del dragón, La Marquesa Rosalinda, Cuento de Abril e Farsa y licencia de la reina castiza. O autor acreditava que o sentido trágico da vida espanhola só poderia se materializar através de uma estética sistematicamente deformada, que ficou conhecida como “esperpento”. Além das obras já citadas, também podem ser destacadas Luces de Bohemia, Los cuervos de don Friolera, Las galas del difunto, La hija del capitán e La cabeza del Bautista.
VEGA, FÉLIX LOPE DE (1562-1635)
Poeta e autor dramático espanhol. Estudou na Universidade de Salamanca e participou da expedição da Armada Invencível (1588). Em 1614, se ordenou sacerdote. É considerado o criador do teatro nacional espanhol e estabeleceu definitivamente as fórmulas da Comédia Nova, que perduraram por mais de um século: redução do número de atos a três, liberdade métrica com predomínio do octasílabo, mescla de elementos cômicos e trágicos, recusa das três unidades, especialmente as de tempo e lugar. Suas comédias, que se caracterizam por seu lirismo, improvisação, predileção por elementos populares e pluraridade temática, dão mais importância à dinâmica da ação e à intriga do que à profundidade psicológica dos personagens. De sua extensa obra podem ser destacadas as peças El caballero de Olmedo, Peribáñez, El mejor alcalde el rey, Fuenteovejuna, El acero de Madrid, La dama boba e Los melindres de Belisa.
VICENTE, GIL (1465-1536)
Autor dramático português. Foi também músico, poeta e ator. Em suas obras dramáticas, algumas escritas em castelhano, fundiu harmonicamente o medieval e o renascentista. Em sua primeira fase produziu obras marcadas pela simplicidade e lirismo (Auto da visitação, Auto pastoril castelhano, Auto dos Reis Magos). Mais adiante, mesclou temas da tradição cristã com elementos bíblicos, pagãos e populares (Auto de Mofina Mendes, Auto dos quatro tempos, Auto de Sibila Cassandra). A complexidade dramática e temática caracteriza esta segunda fase, à qual pertence a magistral Trilogia das Barcas, inspirada nas antigas Danças da Morte. A barca do inferno é certamente sua obra mais interessante, especialmente por seus personagens – tipos populares estruturados com sentido realista. O teatro de Gil Vicente tem, como principal característica, um profundo lirismo de raiz popular.
VOLTAIRE (François-Marie Arouet), (1694-1778)
Escritor francês, foi o precursor da tragédia burguesa e do melodrama romântico do final do século XVIII e começo do XIX. Sua primeira obra, a tragédia Édipo, obteve grande êxito. Em 1726 vai para a Inglaterra e impressionado com as representações da obra de Shakespeare, escreve Brutus e Zaire. Ao regressar a Paris, produz mais algumas peças, dentre elas Adelaide du Guesclin, La mort de César e L’enfant prodige.
VIAN, BORIS (1920-1959)
Escritor, poeta e dramaturgo francês. Expoente e ídolo da juventude de Saint Germain no pós-guerra, renovou a tradição surrealista, da qual aproveitou o humor negro, o gosto pelo jogo e o espírito literário. Seus dramas se encaixam no chamado teatro do Absurdo, cabendo destacar L’équarrrisage pour tous, Le goûter des générales e sobretudo Les bâtisseurs d’Empire.
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
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