PERSONALIDADES - R
RACINE, Jean (1639-1699).
Poeta e autor dramático francês. Ao lado de Corneille e Molière, um dos grandes dramaturgos do teatro clássico francês do século XVII. Educado em Port Royal, foi um admirador entusiasta dos autores gregos. Sua primeira tragédia, La thébaîde, chegou à cena no teatro do Palais Royal, dirigida por seu amigo Molière. Seguiram-se Alexandre, le Grand e Andromaque, cuja estréia, no teatro rival do Hotel de Bourgogne, marcou a ruptura com Molière e lançou o autor como sucessor e rival de Corneille no terreno da tragéia. Sua única comédia, Les plaideurs, baseada em As moscas, de Aristófanes, o coloca também como um mestre neste terreno. Mas sua grande criação se dá no campo da tragédia amorosa de ação simples, concentrada nas paixões que os protagonistas enfrentam: Britanicus, Bérénice, Bajazet, Mithridate, Iphigénie e Phèdre. A ambientação histórica romana, grega ou oriental era apenas um pretexto para levar à cena, em consonância com as normas clássicas, o choque das paixões, sempre expressas através de sonoros versos alexandrinos. Nomeado historiador real e desiludido com a acolhida que recebeu Phèdre, sua obra-prima, Racine se afastou do teatro por 12 anos, a ele só retornando a pedido de Madame de Maintenon, para quem escreveu as tragédias bíblicas Esther e Athalie. Sua crescente preocupação religiosa se reflete também em sua reconciliação com o poderoso monastério de Port Royal, cuja história escreveu.
REINHARDT, Max (1873-1943)
Nascido na Áustria, Reinhardt foi, juntamente com Adolphe Appia e Gordon Graig, um dos grandes criadores do teatro antinaturalista. Eminente diretor e descobridor de atores, foi precursor, como Stanislávski, da revolução teatral dos anos 20. Já vivendo na Alemanha, começou como ator no Deutsches Theater, de Berlim, sob a direção de Otto Brahm, mas logo se distanciou de seus pressupostos naturalistas. Seu primeiro grande triunfo como encenador foi a montagem de Sonho de uma noite de verão, de Shakespeare, em 1904. No ano seguinte, assumiu a direção do Deutsches Theater, ali reunindo os melhores atores alemães e austríacos da ocasião em um memorável “ciclo Shakespeare”, repleto de poesia e riqueza cenográfica. Ao mesmo tempo, dirigia obras de câmera, como Os espectros (Ibsen) e O despertar da primavera (Wedekind). Depois da Primeira Guerra Mundial, transformou o Circo Schumann, onde já havia dirigido algumas montagens, como Édipo Rei, de Sófocles, em um anfiteatro para 5 mil pessoas, dando início ao seu “teatro de massas” (o novo espaço abrigou, dentre outras, uma histórica versão de Hamle)t. Contagiado pelo espírito da época, fundou o teatro experimental Das junge Deutschland (1917), onde estreiou várias peças-chaves do Expressionismo: O mendigo (Sorge), Batalha naval (Goering) e Uma estirpe. A partir de 1920 morando em Viena, organizou com Hoffmannsthal e R. Straus os festivais de Salzburgo, nos quais materializou sua idéia de “teatro total”. Em 1938 emigrou para os Estados Unidos.
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
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