Teatro/CRÍTICA
"A sala de jantar"
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Laços que o tempo desfaz
Lionel Fischer
"A peça é ambientada em uma típica sala de jantar, de uma família tradicional, onde a mesa é o foco de todas as ações, desde um simples café da manhã, a um elaborado jantar, passando também pelo trabalho e celebrações especiais. Intercalando cenas engraçadas, outras comoventes e até cruéis, o espetáculo traz de volta uma tradição perdida ao longo do tempo, onde a mesa era o elo principal nas reuniões familiares".
Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima resume o enredo de "A sala de jantar", do dramaturgo norte-americano A. R. Gurney. Rogério Martins responde pela direção do espetáculo, em cartaz no Teatro dos Quatro. No elenco, Carla Ribas, Rogério Martins, Eduardo Salles, Janaina Gaia, Patrícia Ramalho e Theodoro Cochrane.
Como não sei exatamente qual terá sido a intenção do autor, suponho duas hipóteses: ou desejou simplesmente mostrar a passagem do tempo numa família ou ressaltar que nossa época, essencialmente tecnológica e cada vez mais solitária, aboliu um costume - a família sentar-se à mesa - que servia para estreitar laços. Ou pode ser que tenha pretendido ambas as coisas.
Seja como for, estamos diante de um texto que certamente exibe passagens engraçadas e outras mais dramáticas, mas que, em meu entendimento, carece de maior profundidade - como são 56 personagens no total, envolvidos numa grande quantidade de cenas, os eventuais conflitos são apenas esboçados e logo dão lugar a outros, pois é assim que a peça está estruturada.
Com relação ao espetáculo, Rogério Martins impõe à cena uma dinâmica simples e despojada, quase sempre apoiada em um ritmo acelerado, obtendo um resultado que pode ser considerado correto. E a mesma correção está presente na atuação do elenco, salvo em alguns momentos em que determinados personagens possibilitam uma performance um pouco mais elaborada, ainda que breve. Mas cabe registrar a capacidade de entrega do conjunto e sua evidente alegria com a possibilidade de dar vida a vários e diversificados papéis.
Na equipe técnica, Rogério Martins assina uma boa tradução, sendo divertidos e criativos os figurinos de Edmar Galvão. Leysa Vidal (iluminação) e Pedro Corrêa e Fernanda Corrêa (trilha sonora) dão modestas contribuições ao espetáculo.
A SALA DE JANTAR - Texto de A. R. Gurney. Direção de Rogério Martins. Com Carla Ribas, Rogério Martins, Eduardo Salles, Janaina Gaia, Patrícia Ramalho e Theodoro Cochrane. Teatro dos Quatro. Terça e quarta, 21.
quinta-feira, 31 de outubro de 2013
terça-feira, 29 de outubro de 2013
Teatro/CRÍTICA
"Quem tem medo de Virginia Woolf?"
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Excelente versão de obra-prima
Lionel Fischer
Casado com Marta há nais de 20 anos, Jorge é professor de História na universidade que tem o pai dela como reitor. Após retornarem de uma festa já um tanto embriagados, Marta continua desempenhando o papel que mais lhe agrada: o de insultar e humilhar Jorge, que limita-se a retrucar com frases condescendentes ou sutilmente irônicas. Mas logo o casal recebe a visita dos jovens Nick e Mel - ele leciona Biologia na mesma Universidade. Aos poucos, o encontro que deveria ocorrer de forma civilizada acaba enveredando para um universo em que realidade e fantasia se mesclam, povoado de jogos perversos e regado a muita bebida.
Eis, em resumo, o enredo de "Quem tem medo de Virginia Woolf?", a mais consagrada dentre todas as peças escritas pelo norte-americano Edward Albee. Victor Garcia Peralta assina a direção da montagem, em cartaz no Teatro dos Quatro. No elenco, Daniel Dantas, Zezé Polessa, Erom Cordeiro e Ana Kutner.
Tratados já foram escritos sobre esta obra-prima e certamente por pessoas muito mais capacitadas do que eu. Seja como for, o que me parece mais fascinante no texto é a capacidade do autor de duvidar das aparências, deixando clara sua crença de que todos, em maior ou menor grau, jamais exibem suas verdadeiras faces, fazendo o possível para ocultar o que não desejam que transpareça ou até mesmo ignoram. Mas os já mencionados jogos e o excesso de bebida contribuem para desmontar todas as defesas e os personagens são desnudados de forma absolutamente implacável.
Contendo ótimos personagens, diálogos brilhantes e uma ação que avança de forma avassaladora, o texto recebeu ótima versão de Victor Garcia Peralta. Consciente de que um texto desta natureza dispensa inócuas mirabolância formais, o encenador investiu sabiamente no trabalho dos intérpretes, mas sem jamais abdicar de uma dinâmica cênica eletrizante e agressiva, indispensável para a materialização de todos os conteúdos em jogo.
Na pele de Jorge, Daniel Dantas exibe um dos melhores trabalhos de sua carreira, valorizando com extrema sensibilidade e inteligência cênica as principais características do personagem - sua aparente submissão a Marta, a sagacidade de seus argumentos, o sarcasmo de que lança mão várias vezes e a perversão inerente aos jogos que propõe. A mesma excelência se faz presente no desempenho de Zezé Polessa, que confere a Marta uma dimensão à altura do dificílimo papel - a atriz convence plenamente nas passagens irônicas e agressivas, assim como naquelas em que exibe patética fragilidade.
Erom Cordeiro faz muito bem o jovem e ambicioso Nick, particularmente nos momentos em que acredita piamente em seu poder de sedução, quando na verdade está sendo apenas manipulado por Marta. Em papel de menores oportunidades, ainda assim Ana Kutner encontra um caminho que torna Mel uma figura marcante, graças à forma como trabalha a parvoíce da personagem e sua incapacidade de expressar um pensamento próprio ou minimamente interessante.
Com relação à equipe técnica, considero exemplar as contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral - João Polessa Dantas (tradução), Gringo Cardia (direção de arte e cenografia), Maneco Quinderé (iluminação), Marcelo Pies (figurinos), Fernando Torquato (visagismo) e Marcelo Alonso neves (trilha sonora).
QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF? - Texto de Edward Albee. Direção de Victor Garcia Peralta. Com Daniel Dantas, Zezé Polessa, Erom Cordeiro e Ana Kutner. Teatro dos Quatro. Sexta e sábado, 21h. Domingo, 20h.
"Quem tem medo de Virginia Woolf?"
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Excelente versão de obra-prima
Lionel Fischer
Casado com Marta há nais de 20 anos, Jorge é professor de História na universidade que tem o pai dela como reitor. Após retornarem de uma festa já um tanto embriagados, Marta continua desempenhando o papel que mais lhe agrada: o de insultar e humilhar Jorge, que limita-se a retrucar com frases condescendentes ou sutilmente irônicas. Mas logo o casal recebe a visita dos jovens Nick e Mel - ele leciona Biologia na mesma Universidade. Aos poucos, o encontro que deveria ocorrer de forma civilizada acaba enveredando para um universo em que realidade e fantasia se mesclam, povoado de jogos perversos e regado a muita bebida.
Eis, em resumo, o enredo de "Quem tem medo de Virginia Woolf?", a mais consagrada dentre todas as peças escritas pelo norte-americano Edward Albee. Victor Garcia Peralta assina a direção da montagem, em cartaz no Teatro dos Quatro. No elenco, Daniel Dantas, Zezé Polessa, Erom Cordeiro e Ana Kutner.
Tratados já foram escritos sobre esta obra-prima e certamente por pessoas muito mais capacitadas do que eu. Seja como for, o que me parece mais fascinante no texto é a capacidade do autor de duvidar das aparências, deixando clara sua crença de que todos, em maior ou menor grau, jamais exibem suas verdadeiras faces, fazendo o possível para ocultar o que não desejam que transpareça ou até mesmo ignoram. Mas os já mencionados jogos e o excesso de bebida contribuem para desmontar todas as defesas e os personagens são desnudados de forma absolutamente implacável.
Contendo ótimos personagens, diálogos brilhantes e uma ação que avança de forma avassaladora, o texto recebeu ótima versão de Victor Garcia Peralta. Consciente de que um texto desta natureza dispensa inócuas mirabolância formais, o encenador investiu sabiamente no trabalho dos intérpretes, mas sem jamais abdicar de uma dinâmica cênica eletrizante e agressiva, indispensável para a materialização de todos os conteúdos em jogo.
Na pele de Jorge, Daniel Dantas exibe um dos melhores trabalhos de sua carreira, valorizando com extrema sensibilidade e inteligência cênica as principais características do personagem - sua aparente submissão a Marta, a sagacidade de seus argumentos, o sarcasmo de que lança mão várias vezes e a perversão inerente aos jogos que propõe. A mesma excelência se faz presente no desempenho de Zezé Polessa, que confere a Marta uma dimensão à altura do dificílimo papel - a atriz convence plenamente nas passagens irônicas e agressivas, assim como naquelas em que exibe patética fragilidade.
Erom Cordeiro faz muito bem o jovem e ambicioso Nick, particularmente nos momentos em que acredita piamente em seu poder de sedução, quando na verdade está sendo apenas manipulado por Marta. Em papel de menores oportunidades, ainda assim Ana Kutner encontra um caminho que torna Mel uma figura marcante, graças à forma como trabalha a parvoíce da personagem e sua incapacidade de expressar um pensamento próprio ou minimamente interessante.
Com relação à equipe técnica, considero exemplar as contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral - João Polessa Dantas (tradução), Gringo Cardia (direção de arte e cenografia), Maneco Quinderé (iluminação), Marcelo Pies (figurinos), Fernando Torquato (visagismo) e Marcelo Alonso neves (trilha sonora).
QUEM TEM MEDO DE VIRGINIA WOOLF? - Texto de Edward Albee. Direção de Victor Garcia Peralta. Com Daniel Dantas, Zezé Polessa, Erom Cordeiro e Ana Kutner. Teatro dos Quatro. Sexta e sábado, 21h. Domingo, 20h.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Teatro/CRÍTICA
"Cazuza - pro dia nascer feliz, o musical"
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Comovente, divertido e inesquecível encontro
Lionel Fischer
"Como a vida do personagem foi curta e, ao mesmo tempo, muito intensa, o autor procurou contar a história de forma ágil, avançando sempre a partir dos momentos de virada na carreira e na vida dele: a descoberta do teatro, o gosto pelo rock, o momento em que resolve cantar, montar uma banda, se profissionalizar, o estouro, as brigas, a mudança no estilo de sua obra, o estrelato solo, a descoberta da doença, a urgência poética no fim das forças".
O trecho acima, extraído do release que me foi enviado, resume o enredo de "Cazuza - pro dia nascer feliz, o musical", de Aloísio de Abreu. Em cartaz no Teatro Net Rio, a montagem chega à cena com direção de João Fonseca e elenco formado por Emílio Dantas, Susana Ribeiro, Marcelo Várzea, André Dias, Fabiano Medeiros, Yasmin Gomlevsky, Tiago Machado, Bruno Fraga, Bruno Narch, Bruno Sigrist, Saulo Segreto, Dezo Mota, Juliane Bodini e Oscar Fabião.
Em certa ocasião, Peter Brook (o maior encenador vivo) definiu o teatro como "A arte do encontro". E como acredito piamente em tal definição, não hesito em aplicá-la ao presente espetáculo, que promove um encontro visceral entre quem faz e quem assiste, tendo por base o ótimo texto de Aloísio de Abreu. Ainda que a estrutura seja a de um musical, com as canções contribuindo efetivamente para o desenrolar da narrativa, nas partes faladas o autor conseguiu criar ótimos personagens e fluentes diálogos que alternam momentos hilariantes com outros de intensa dramaticidade.
Foi, portanto, extremamente bem sucedido em sua proposta de recriar a vida e trajetória artística de um dos maiores fenômenos de nossa música, que reunia uma série de predicados que o converteram em uma personalidade única - cantava, compunha, era poeta, dizia sempre o que pensava, teve a coragem de viver todas as experiências que desejou e que, em cena ou fora dela, exercia enorme fascínio. Realmente uma lástima que tenha partido tão cedo, com apenas 32 anos e oito de carreira. Em contrapartida, resta o consolo de que jamais será esquecido, como ocorre com os artistas de exceção.
Com relação ao espetáculo, João Fonseca imprime à cena uma dinâmica em total sintonia com o material dramatúrgico. Valendo-se de marcações precisas, originais e surpreendentes, explorando com grande expressividade tanto as passagens mais engraçadas quanto aquelas em que o trágico predomina, o encenador exibe ainda o mérito suplementar de haver extraído ótimas atuações de todo o elenco - os protagonistas, obviamente, têm maiores oportunidades, mas os coadjuvantes também são diretamente responsáveis pelo sucesso desta mais do que oportuna empreitada teatral.
Vivendo Cazuza, Emílio Dantas exibe performance maravilhosa, seja no canto como no texto articulado. Mas tal adjetivação não significa que o ator apenas imite Cazuza, mas certamente o recria com seu enorme talento e visceral capacidade de entrega. Na pele de Lucinha Araújo, Susana Ribeiro valoriza com grande sensibilidade cada palavra que profere ou gesto que executa, comovendo e divertindo a plateia em igual medida. Marcelo Várzea também está impecável como João Araújo, o mesmo aplicando-se a André Dias (Ezequiel Neves) e Fabiano Medeiros (Ney Matogrosso). Quanto aos demais intérpretes, como já foi dito, todos prestam inestimáveis contribuições, tanto no canto como na execução das coreografias.
Na equipe técnica, elogio com o mesmo entusiasmo os trabalhos de Daniel Rocha (direção musical), Carlos Bauzys (supervisão musical), Alex Neoral (coreografias), Nello Marrese (cenografia), Carol Lobato (figurinos), Juliana Mendes (visagismo), Daniela Sanches e Paulo Nenem (iluminação) e Gabriel D'Angelo (designer de som), cabendo também ressaltar a ótima participação dos músicos Marcelo Eduardo Farias e Evelyne Garcia (teclados), Bernardo Ramos e Daniel Rocha (guitarras), Raul D' Oliveira (baixo) e Rafael Maia (bateria).
CAZUZA - PRO DIA NASCER FELIZ, O MUSICAL - Texto de Aloísio de Abreu. Direção de João Fonseca. Com Emílio Dantas, Susana Ribeiro, Marcelo Várzea, André Dias, Fabiano Medeiros e grande elenco. Teatro Net Rio. Quinta e sexta, 21h. Sábado, 18h e 21h30. Domingo, 19h.
"Cazuza - pro dia nascer feliz, o musical"
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Comovente, divertido e inesquecível encontro
Lionel Fischer
"Como a vida do personagem foi curta e, ao mesmo tempo, muito intensa, o autor procurou contar a história de forma ágil, avançando sempre a partir dos momentos de virada na carreira e na vida dele: a descoberta do teatro, o gosto pelo rock, o momento em que resolve cantar, montar uma banda, se profissionalizar, o estouro, as brigas, a mudança no estilo de sua obra, o estrelato solo, a descoberta da doença, a urgência poética no fim das forças".
O trecho acima, extraído do release que me foi enviado, resume o enredo de "Cazuza - pro dia nascer feliz, o musical", de Aloísio de Abreu. Em cartaz no Teatro Net Rio, a montagem chega à cena com direção de João Fonseca e elenco formado por Emílio Dantas, Susana Ribeiro, Marcelo Várzea, André Dias, Fabiano Medeiros, Yasmin Gomlevsky, Tiago Machado, Bruno Fraga, Bruno Narch, Bruno Sigrist, Saulo Segreto, Dezo Mota, Juliane Bodini e Oscar Fabião.
Em certa ocasião, Peter Brook (o maior encenador vivo) definiu o teatro como "A arte do encontro". E como acredito piamente em tal definição, não hesito em aplicá-la ao presente espetáculo, que promove um encontro visceral entre quem faz e quem assiste, tendo por base o ótimo texto de Aloísio de Abreu. Ainda que a estrutura seja a de um musical, com as canções contribuindo efetivamente para o desenrolar da narrativa, nas partes faladas o autor conseguiu criar ótimos personagens e fluentes diálogos que alternam momentos hilariantes com outros de intensa dramaticidade.
Foi, portanto, extremamente bem sucedido em sua proposta de recriar a vida e trajetória artística de um dos maiores fenômenos de nossa música, que reunia uma série de predicados que o converteram em uma personalidade única - cantava, compunha, era poeta, dizia sempre o que pensava, teve a coragem de viver todas as experiências que desejou e que, em cena ou fora dela, exercia enorme fascínio. Realmente uma lástima que tenha partido tão cedo, com apenas 32 anos e oito de carreira. Em contrapartida, resta o consolo de que jamais será esquecido, como ocorre com os artistas de exceção.
Com relação ao espetáculo, João Fonseca imprime à cena uma dinâmica em total sintonia com o material dramatúrgico. Valendo-se de marcações precisas, originais e surpreendentes, explorando com grande expressividade tanto as passagens mais engraçadas quanto aquelas em que o trágico predomina, o encenador exibe ainda o mérito suplementar de haver extraído ótimas atuações de todo o elenco - os protagonistas, obviamente, têm maiores oportunidades, mas os coadjuvantes também são diretamente responsáveis pelo sucesso desta mais do que oportuna empreitada teatral.
Vivendo Cazuza, Emílio Dantas exibe performance maravilhosa, seja no canto como no texto articulado. Mas tal adjetivação não significa que o ator apenas imite Cazuza, mas certamente o recria com seu enorme talento e visceral capacidade de entrega. Na pele de Lucinha Araújo, Susana Ribeiro valoriza com grande sensibilidade cada palavra que profere ou gesto que executa, comovendo e divertindo a plateia em igual medida. Marcelo Várzea também está impecável como João Araújo, o mesmo aplicando-se a André Dias (Ezequiel Neves) e Fabiano Medeiros (Ney Matogrosso). Quanto aos demais intérpretes, como já foi dito, todos prestam inestimáveis contribuições, tanto no canto como na execução das coreografias.
Na equipe técnica, elogio com o mesmo entusiasmo os trabalhos de Daniel Rocha (direção musical), Carlos Bauzys (supervisão musical), Alex Neoral (coreografias), Nello Marrese (cenografia), Carol Lobato (figurinos), Juliana Mendes (visagismo), Daniela Sanches e Paulo Nenem (iluminação) e Gabriel D'Angelo (designer de som), cabendo também ressaltar a ótima participação dos músicos Marcelo Eduardo Farias e Evelyne Garcia (teclados), Bernardo Ramos e Daniel Rocha (guitarras), Raul D' Oliveira (baixo) e Rafael Maia (bateria).
CAZUZA - PRO DIA NASCER FELIZ, O MUSICAL - Texto de Aloísio de Abreu. Direção de João Fonseca. Com Emílio Dantas, Susana Ribeiro, Marcelo Várzea, André Dias, Fabiano Medeiros e grande elenco. Teatro Net Rio. Quinta e sexta, 21h. Sábado, 18h e 21h30. Domingo, 19h.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Teatro/CRÍTICA
"Sonhos de um sedutor"
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Deliciosa comédia no Ipanema
Lionel Fischer
Abandonado por sua esposa Nancy, o neurótico e hipocondríaco Allan é amparado por um casal de amigos, Dick e Linda, que tentam não apenas consolá-lo como lhe apresentam possíveis candidatas a ocupar o lugar da mulher que se foi. Mas os encontros jamais dão certo, ainda que Allan receba constantes conselhos de Humphrey Bogart na pele do sedutor personagem do filme "Casablanca". E a situação se complica ainda mais a partir do momento em que Allan se apaixona por Linda.
Eis, em resumo, o enredo de "Sonhos de um sedutor", de Woody Allen, sucesso na Broadway em 1969 e também no cinema, três anos depois. Com direção assinada por Ernesto Piccolo, a peça chega à cena (Teatro Ipanema) com elenco formado por George Sauma (Allan), Heitor Martinez (Dick e Bogart), Luana Piovani (Linda) e Georgiana Góes (Nancy e as sete candidatas a namorada de Allan).
Embora estejamos diante de uma obra ficcional, é óbvio que o protagonista é totalmente baseado na personalidade de Woody Allen, com todas as suas manias, inseguranças e mordazes observações sobre si mesmo e sobre a vida - no presente caso, o foco recai sobre as relações amorosas. E sendo Allen um gênio, nada mais natural que o comportamento do protagonista e todas as relações que estabelece sejam engraçadíssimas e deliciosamente críticas, cabendo também ressaltar sua capacidade de conferir sólidas características aos outros personagens.
Estamos, portanto, diante de uma excelente comédia, que o encenador Ernesto Piccolo consegue materializar na cena de forma irretocável. Por um lado, deve-se destacar a originalidade das marcações, assim como a precisão dos tempos rítmicos. E por outro seu trabalho junto ao elenco, que extrai praticamente tudo que os maravilhosos personagens oferecem.
Na pele de Nancy e das sete candidatas a namorada de Allan, Georgiana Góes exibe presença, humor e grande versatilidade. Luana Piovani (Linda) me pareceu um tanto insegura no início do espetáculo, mas ao longo do mesmo tal insegurança - se é que existiu - desaparece por completo, e a atriz consegue valorizar as principais características da personagem, estando inclusive muito engraçada. Heitor Martinez convence plenamente na pele de Dick, um estressado executivo, e está impagável como Bogart.
Finalmente, chegamos a George Sauma. Como o considero o mais talentoso ator de sua geração e especialmente um comediante brilhante, em nada me surpreende sua atuação irrepreensível, tanto no que diz respeito à voz (não particularmente privilegiada, mas que o ator usa muito bem) como ao universo gestual - este último é riquíssimo, imprevisto e absolutamente original. Assim, só me resta torcer para que os sempre caprichosos deuses do teatro continuem abençoando a trajetória deste jovem e maravilhoso intérprete.
Na equipe técnica, destaco com o mesmo entusiasmo as preciosas contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta deliciosa empreitada teatral - Caulos (tradução), Rodrigo Penna (direção musical), Deborah Colker (direção de movimento), Jorginho de Carvalho (iluminação), Clivia Cohen (cenografia) e Helena Araújo (figurinos).
SONHOS DE UM SEDUTOR - Texto de Woody Allen. Direção de Ernesto Piccolo. Com George Sauma, Georgiana Góes, Heitor Martinez e Luana Piovani. Teatro Ipanema. Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h.
"Sonhos de um sedutor"
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Deliciosa comédia no Ipanema
Lionel Fischer
Abandonado por sua esposa Nancy, o neurótico e hipocondríaco Allan é amparado por um casal de amigos, Dick e Linda, que tentam não apenas consolá-lo como lhe apresentam possíveis candidatas a ocupar o lugar da mulher que se foi. Mas os encontros jamais dão certo, ainda que Allan receba constantes conselhos de Humphrey Bogart na pele do sedutor personagem do filme "Casablanca". E a situação se complica ainda mais a partir do momento em que Allan se apaixona por Linda.
Eis, em resumo, o enredo de "Sonhos de um sedutor", de Woody Allen, sucesso na Broadway em 1969 e também no cinema, três anos depois. Com direção assinada por Ernesto Piccolo, a peça chega à cena (Teatro Ipanema) com elenco formado por George Sauma (Allan), Heitor Martinez (Dick e Bogart), Luana Piovani (Linda) e Georgiana Góes (Nancy e as sete candidatas a namorada de Allan).
Embora estejamos diante de uma obra ficcional, é óbvio que o protagonista é totalmente baseado na personalidade de Woody Allen, com todas as suas manias, inseguranças e mordazes observações sobre si mesmo e sobre a vida - no presente caso, o foco recai sobre as relações amorosas. E sendo Allen um gênio, nada mais natural que o comportamento do protagonista e todas as relações que estabelece sejam engraçadíssimas e deliciosamente críticas, cabendo também ressaltar sua capacidade de conferir sólidas características aos outros personagens.
Estamos, portanto, diante de uma excelente comédia, que o encenador Ernesto Piccolo consegue materializar na cena de forma irretocável. Por um lado, deve-se destacar a originalidade das marcações, assim como a precisão dos tempos rítmicos. E por outro seu trabalho junto ao elenco, que extrai praticamente tudo que os maravilhosos personagens oferecem.
Na pele de Nancy e das sete candidatas a namorada de Allan, Georgiana Góes exibe presença, humor e grande versatilidade. Luana Piovani (Linda) me pareceu um tanto insegura no início do espetáculo, mas ao longo do mesmo tal insegurança - se é que existiu - desaparece por completo, e a atriz consegue valorizar as principais características da personagem, estando inclusive muito engraçada. Heitor Martinez convence plenamente na pele de Dick, um estressado executivo, e está impagável como Bogart.
Finalmente, chegamos a George Sauma. Como o considero o mais talentoso ator de sua geração e especialmente um comediante brilhante, em nada me surpreende sua atuação irrepreensível, tanto no que diz respeito à voz (não particularmente privilegiada, mas que o ator usa muito bem) como ao universo gestual - este último é riquíssimo, imprevisto e absolutamente original. Assim, só me resta torcer para que os sempre caprichosos deuses do teatro continuem abençoando a trajetória deste jovem e maravilhoso intérprete.
Na equipe técnica, destaco com o mesmo entusiasmo as preciosas contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta deliciosa empreitada teatral - Caulos (tradução), Rodrigo Penna (direção musical), Deborah Colker (direção de movimento), Jorginho de Carvalho (iluminação), Clivia Cohen (cenografia) e Helena Araújo (figurinos).
SONHOS DE UM SEDUTOR - Texto de Woody Allen. Direção de Ernesto Piccolo. Com George Sauma, Georgiana Góes, Heitor Martinez e Luana Piovani. Teatro Ipanema. Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Teatro/CRÍTICA
"Feliz por nada"
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Um belo encontro com Martha Medeiros
Lionel Fischer
"Um espetáculo que fala da amizade. Não da amizade que começa na infância, mas da amizade que surge no meio da vida, por acaso, e que passa a ser fundamental. Assim é a amizade de Juliana e Laura. Elas se conhecem aos 40 anos e passam a ser inseparáveis após um episódio no aeroporto de Tóquio, quando Laura se perde das filhas. Juliana é quem ajuda. Nasce, então, uma belíssima amizade que será posta à prova por causa de um homem, Joca, marido de Laura e ex-namorado de Juliana".
Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima resume o enredo de "Feliz por nada", livro de crônicas de Martha Medeiros adaptado para o palco por Regiana Antonini. Ernesto Piccolo assina a direção do espetáculo, em cartaz no Teatro das Artes. No elenco, Christiana Oliveira (Laura), Luisa Thiré (Juliana) e Gil Hernandez (Joca).
Dizem os sábios que o amor é o maior sentimento que existe. Talvez seja. Mas acredito que a amizade o supera, posto que dispensa ciúmes, necessidade de posse e exclusividade, dentre outros quesitos. Seja como for, o que importa ressaltar é que aqui a autora aborda tanto o amor como amizade, assim como temas que dizem respeito a todos nós, alguns angustiantes - insegurança, anseios, frustrações, medo da solidão - e outros diametralmente opostos - desejo de realizações, a crença de que a vida pode e deve ser usufruída com alegria e leveza, a capacidade de enxergar o outro não como um adversário, mas como um cúmplice, a imperiosa necessidade de estabelecer relações viscerais e sobretudo perceber a transcendência que pode estar contida em coisas aparentemente insignificantes.
Mas o que mais me encanta na obra de Martha Medeiros é que ela jamais escreve como se detivesse o monopólio da verdade. Pelo contrário. Emite suas opiniões, naturalmente, mas nunca as considera superior à dos outros e muito menos definitivas. E tais predicados a aproximam de tal forma do leitor/espectador que este tende a considerar a autora uma amiga de longa data, muito mais propensa a entender do que julgar. Por tudo isto, não hesito em afirmar que Martha Medeiros pertence ao seleto rol de escritoras imprescindíveis deste país.
Com relação à adaptação, Regiana Antonini realizou um trabalho impecável, já que conseguiu criar um enredo com começo, meio e fim a partir de um volume com mais de 80 crônicas. E a mesma eficiência se faz presente na direção de Ernesto Piccolo, tanto nas passagens em que os personagens contracenam como naquelas em que se dirigem diretamente ao público, com ele partilhando reflexões
da maior pertinência. Um espetáculo simples, despojado, que sabiamente aposta na força do texto e dos intérpretes.
Na pele de Laura, Christiana Oliveira consegue materializar todas as inseguranças e frustrações da personagem, assim como seu comovente desejo de dar uma virada em sua vida, estimulada pela amiga. Luisa Thiré está impecável vivendo uma mulher solar, mas nem por isso isenta de eventuais dúvidas. E ambas estão brilhantes na linda cena que envolve um dilacerado pedido de perdão - não a detalho aqui pois isso privaria o espectador do momento mais impactante da montagem. Interpretando Joca, Gil Hernandez extrai o máximo do personagem, um homem ao mesmo tempo sedutor e frágil, predicados um tanto raros no universo masculino.
Na equipe técnica, Clivia Cohen optou acertadamente por um espaço praticamente vazio, sendo ótimos os adereços que criou. Helena Araújo responde por figurinos em total sintonia com o caráter e condição social dos personagens, sendo igualmente apropriadas a luz de Aurélio de Simoni e a trilha sonora de Rodrigo Penna.
FELIZ POR NADA - Texto de Martha Medeiros. Adaptação de Regiana Antonini. Direção de Ernesto Piccolo. Com Christiana Oliveira, Luisa Thiré e Gil Hernandez. Teatro das Artes. Quinta a sábado, 19h. Domingo, 18h30.
"Feliz por nada"
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Um belo encontro com Martha Medeiros
Lionel Fischer
"Um espetáculo que fala da amizade. Não da amizade que começa na infância, mas da amizade que surge no meio da vida, por acaso, e que passa a ser fundamental. Assim é a amizade de Juliana e Laura. Elas se conhecem aos 40 anos e passam a ser inseparáveis após um episódio no aeroporto de Tóquio, quando Laura se perde das filhas. Juliana é quem ajuda. Nasce, então, uma belíssima amizade que será posta à prova por causa de um homem, Joca, marido de Laura e ex-namorado de Juliana".
Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima resume o enredo de "Feliz por nada", livro de crônicas de Martha Medeiros adaptado para o palco por Regiana Antonini. Ernesto Piccolo assina a direção do espetáculo, em cartaz no Teatro das Artes. No elenco, Christiana Oliveira (Laura), Luisa Thiré (Juliana) e Gil Hernandez (Joca).
Dizem os sábios que o amor é o maior sentimento que existe. Talvez seja. Mas acredito que a amizade o supera, posto que dispensa ciúmes, necessidade de posse e exclusividade, dentre outros quesitos. Seja como for, o que importa ressaltar é que aqui a autora aborda tanto o amor como amizade, assim como temas que dizem respeito a todos nós, alguns angustiantes - insegurança, anseios, frustrações, medo da solidão - e outros diametralmente opostos - desejo de realizações, a crença de que a vida pode e deve ser usufruída com alegria e leveza, a capacidade de enxergar o outro não como um adversário, mas como um cúmplice, a imperiosa necessidade de estabelecer relações viscerais e sobretudo perceber a transcendência que pode estar contida em coisas aparentemente insignificantes.
Mas o que mais me encanta na obra de Martha Medeiros é que ela jamais escreve como se detivesse o monopólio da verdade. Pelo contrário. Emite suas opiniões, naturalmente, mas nunca as considera superior à dos outros e muito menos definitivas. E tais predicados a aproximam de tal forma do leitor/espectador que este tende a considerar a autora uma amiga de longa data, muito mais propensa a entender do que julgar. Por tudo isto, não hesito em afirmar que Martha Medeiros pertence ao seleto rol de escritoras imprescindíveis deste país.
Com relação à adaptação, Regiana Antonini realizou um trabalho impecável, já que conseguiu criar um enredo com começo, meio e fim a partir de um volume com mais de 80 crônicas. E a mesma eficiência se faz presente na direção de Ernesto Piccolo, tanto nas passagens em que os personagens contracenam como naquelas em que se dirigem diretamente ao público, com ele partilhando reflexões
da maior pertinência. Um espetáculo simples, despojado, que sabiamente aposta na força do texto e dos intérpretes.
Na pele de Laura, Christiana Oliveira consegue materializar todas as inseguranças e frustrações da personagem, assim como seu comovente desejo de dar uma virada em sua vida, estimulada pela amiga. Luisa Thiré está impecável vivendo uma mulher solar, mas nem por isso isenta de eventuais dúvidas. E ambas estão brilhantes na linda cena que envolve um dilacerado pedido de perdão - não a detalho aqui pois isso privaria o espectador do momento mais impactante da montagem. Interpretando Joca, Gil Hernandez extrai o máximo do personagem, um homem ao mesmo tempo sedutor e frágil, predicados um tanto raros no universo masculino.
Na equipe técnica, Clivia Cohen optou acertadamente por um espaço praticamente vazio, sendo ótimos os adereços que criou. Helena Araújo responde por figurinos em total sintonia com o caráter e condição social dos personagens, sendo igualmente apropriadas a luz de Aurélio de Simoni e a trilha sonora de Rodrigo Penna.
FELIZ POR NADA - Texto de Martha Medeiros. Adaptação de Regiana Antonini. Direção de Ernesto Piccolo. Com Christiana Oliveira, Luisa Thiré e Gil Hernandez. Teatro das Artes. Quinta a sábado, 19h. Domingo, 18h30.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
FITA
Festa Internacional de Teatro de Angra
10ª Edição
O júri constituído por Sergio Fonta (Presidente), Ana Rosa, Lionel Fischer, Fátima Valença e Julio Adrião fez as seguintes indicações:
CATEGORIA ESPECIAL
Cia. de Teatro Balagan - pela pesquisa de linguagem em "Recusa"
Cia. Caixa do Elefante - pela construção de boneco, silhuetas de sombra e cenotécnica de "A tecelã"
Sura Berditchevsky - pela dramaturgia de "Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade"
Aurélio de Simoni - pela iluminação de "Deixa Clarear"
REVELAÇÃO
Bruno Suzano - ator em "Olheiros do tráfico"
Priscila Vidca e Renata Mizrahi - direção de "Os sapos"
Adrén Alves - ator em "Gonzagão - A lenda"
FIGURINO
Kika Lopes - "Gonzagão - A lenda"
Margarida Rache e Rita Spier - "A tecelã"
Samuel Abrantes - "O canto do cisne"
CENÁRIO
Marcio Medina - "Recusa"
Teca Fichinski - "A falecida"
Dina Salem Levy - "Sexo, drogas e rock ' roll"
Nello Marrese - "Edukators"
MÚSICA
Alexandre Elias e os músicos Beto Lemos, Daniel Silva, Rick De La Torre, Rafael Meninão e Marcelo Guerini em "Gonzagão..."
Marlui Miranda - direção musical de "Recusa"
Nico Nicolaievsky - direção musical e composição de trilha original de "A tecelã"
Rodrigo Penna - trilha sonora de "Edukators"
ATOR COADJUVANTE
Miguel Thiré - "O homem travesseiro"
Pietro Mário - "O canto do cisne"
Alexandre Mofatti - "A arte da comédia"
Fábio Enriquez - "Gonzagão..."
ATRIZ COADJUVANTE
Paula Sandroni - "Os sapos"
Larissa Luz - "Gonzagão..."
Maria Esmeralda Forte - "A porta da frente"
DIRETOR
João Falcão - "Gonzagão..."
Bruce Gomlevsky - "O homem travesseiro"
Sura Berditchevsky - "Cartas de Maria Julieta..."
Paulo Balardim - "A tecelã"
AUTOR
João Falcão - "Gonzagão..."
Julia Spadaccini - "A porta da frente"
Renata Mizrahi - "Os sapos"
Claudia Barral - "Cordel do amor sem fim"
ATOR
Hélio Ribeiro - "Freud - a última sessão"
Thelmo Fernandes - "A arte da comédia"
Bruno Mazzeo - "Sexo, drogas..."
Ricardo Blat - "O homem travesseiro"
ATRIZ
Verônica Reis - "Os sapos"
Jandira Martini - "Profi-Profa"
Malu Valle - "A porta da frente"
Sura Berditchevsky - "Cartas de Maria Julieta..."
MELHOR ESPETÁCULO
"Gonzagão - A lenda"
"A tecelã"
"Cartas de Maria Julieta..."
"Sexo, drogas e rock ' roll"
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Festa Internacional de Teatro de Angra
10ª Edição
O júri constituído por Sergio Fonta (Presidente), Ana Rosa, Lionel Fischer, Fátima Valença e Julio Adrião fez as seguintes indicações:
CATEGORIA ESPECIAL
Cia. de Teatro Balagan - pela pesquisa de linguagem em "Recusa"
Cia. Caixa do Elefante - pela construção de boneco, silhuetas de sombra e cenotécnica de "A tecelã"
Sura Berditchevsky - pela dramaturgia de "Cartas de Maria Julieta e Carlos Drummond de Andrade"
Aurélio de Simoni - pela iluminação de "Deixa Clarear"
REVELAÇÃO
Bruno Suzano - ator em "Olheiros do tráfico"
Priscila Vidca e Renata Mizrahi - direção de "Os sapos"
Adrén Alves - ator em "Gonzagão - A lenda"
FIGURINO
Kika Lopes - "Gonzagão - A lenda"
Margarida Rache e Rita Spier - "A tecelã"
Samuel Abrantes - "O canto do cisne"
CENÁRIO
Marcio Medina - "Recusa"
Teca Fichinski - "A falecida"
Dina Salem Levy - "Sexo, drogas e rock ' roll"
Nello Marrese - "Edukators"
MÚSICA
Alexandre Elias e os músicos Beto Lemos, Daniel Silva, Rick De La Torre, Rafael Meninão e Marcelo Guerini em "Gonzagão..."
Marlui Miranda - direção musical de "Recusa"
Nico Nicolaievsky - direção musical e composição de trilha original de "A tecelã"
Rodrigo Penna - trilha sonora de "Edukators"
ATOR COADJUVANTE
Miguel Thiré - "O homem travesseiro"
Pietro Mário - "O canto do cisne"
Alexandre Mofatti - "A arte da comédia"
Fábio Enriquez - "Gonzagão..."
ATRIZ COADJUVANTE
Paula Sandroni - "Os sapos"
Larissa Luz - "Gonzagão..."
Maria Esmeralda Forte - "A porta da frente"
DIRETOR
João Falcão - "Gonzagão..."
Bruce Gomlevsky - "O homem travesseiro"
Sura Berditchevsky - "Cartas de Maria Julieta..."
Paulo Balardim - "A tecelã"
AUTOR
João Falcão - "Gonzagão..."
Julia Spadaccini - "A porta da frente"
Renata Mizrahi - "Os sapos"
Claudia Barral - "Cordel do amor sem fim"
ATOR
Hélio Ribeiro - "Freud - a última sessão"
Thelmo Fernandes - "A arte da comédia"
Bruno Mazzeo - "Sexo, drogas..."
Ricardo Blat - "O homem travesseiro"
ATRIZ
Verônica Reis - "Os sapos"
Jandira Martini - "Profi-Profa"
Malu Valle - "A porta da frente"
Sura Berditchevsky - "Cartas de Maria Julieta..."
MELHOR ESPETÁCULO
"Gonzagão - A lenda"
"A tecelã"
"Cartas de Maria Julieta..."
"Sexo, drogas e rock ' roll"
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