quinta-feira, 16 de julho de 2020

Nelson Motta

Lionel Fischer


Antes de mais nada, gostaria de esclarecer que a vida jamais me proporcionou a alegria de ter qualquer contato com o grande artista - não detalharei aqui seus múltiplos dotes porque acredito que todos eles já sejam por demais conhecidos. Ocorre que, esta noite, sonhei com ele. Ou por outra: sonhei com uma das mais belas canções da MPB, "Como uma onda", composta por ele e Lulu Santos. E tudo se deu no seguinte contexto.

Como creio que aconteça com todos nós, dia sim, dia não - e não raro todos os dias -, nos fazemos a mesma pergunta: "Como será o mundo uma vez passada esta terrível pandemia?". Estava na janela da sala de meu apartamento e contemplava a densa mata que o cerca, de onde pássaros ocultos começavam a celebrar o dia que se avizinhava. No céu ainda escuro, a lua e o sol pareciam disputar a posse do firmamento. E eu me perguntava: "O que será que vai nos acontecer, quando tudo isto passar?", não me atrevendo a formular, sequer em pensamento, "se é que vai passar".

Pois bem. Nesse exato momento me lembrei de "Como uma onda" e inesperadamente fui tomado por uma imprevista sensação de paz. E isto se deve aos versos da canção, não necessariamente apaziguadores, mas certamente sábios. Vamos a eles.

Nada do que foi será, de novo do jeito que já foi um dia. Tudo passa, tudo sempre passará.

Não seria esta uma precisa definição do que atualmente chamamos de "novo normal"?. Mas por que tudo passa, tudo sempre passará?
Os autores nos esclarecem:

A vida vem em ondas como um mar, num indo e vindo infinito.

Ou seja: como seria pueril condenar o oceano pela inconstância de suas marés, impõem-se a consciência de que poderemos ser acariciados por suaves ondulações, assim como açoitados por virulentas tempestades. 

Em seguida, os autores nos lembram ser inútil nos apegarmos a algo a ele conferindo um caráter estático e imutável:

Tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo.

E, finalmente, um sábio e terapêutico conselho:

Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo. Agora, há tanta vida lá fora e aqui dentro. Sempre. Como uma onda no mar.

Concluindo: se dependesse exclusivamente da minha vontade, e uma vez ultrapassado o abjeto obscurantismo do qual padecemos graças à estupidez do psicopata que ora nos governa, haveria de ser criado o Ministério da Felicidade, cujo principal objetivo seria o de incutir em todas as mentes que o outro não é inimigo apenas porque pensa diferente. Caso isso fosse conseguido, estaria dado o primeiro passo para que o ódio fosse suplantado pela fraternidade, daí resultando a compreensão coletiva de que é impossível ser feliz sozinho.

Quanto ao Ministro...bem, seu nome é óbvio: Nelson Motta, um homem cuja vida e trajetória artística refletem sua crença absoluta na felicidade e na alegria.




sábado, 4 de julho de 2020

Pandêmica Coletivo Temporário de Criação

"12 Pessoas Com Raiva" /
Um júri é convocado a se apresentar online, por conta da pandemia do coronavírus, e deve chegar a um veredito unânime sobre um assassinato envolvendo pai e filho. 12 atrizes e atores ao vivo numa experiência criada durante a quarentena.
Reestreia dia 07 de Julho
Temporada às Terças (7, 14, 21 e 28 de Julho) às 20h
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"Roda ou Live de 3 Amigos" /
Adaptação do poema "Fábula e Roda de Três Amigos", do romancista Frederico Garcia Lorca, a experiência é uma analogia a morte do próprio autor e explora a relação da pandemia do COVID-19 com o atual facismo nacional. Uma parceria Infoteatro e Pandêmica.
Únicas Apresentações: Dias 8 e 9 de Julho às 22h
Transmissão pelo instagram @pandemicacoletivo.
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"Discurso Sobre Nada" /
A experiência revela uma atriz que, confinada em sua casa, explora as múltiplas realidades possíveis daquele espaço e busca dar continuidade ao seu ofício, se desafiando dentro de novas configurações e estados de presença.
Reestreia dia 12 de Julho
Curta Temporada aos Domingos (Dias 12 e 19 de Julho) às 18h.
"Safe & Confort" /
Seis personagens tentam salvar seus relacionamentos, a sanidade, ou mesmo a própria vida, arriscando fugir para o único lugar que parece seguro e confortável: o futuro. Enquanto isso, a última live do canal “Papo de Pandemia” promete bombar. A parceria entre os coletivos Carranca e Pandêmica tem supervisão dramatúrgica de Henrique Fontes, do Grupo Carmin (RN), direção musical de Felipe Storino e é uma experiência totalmente criada na pandemia. O projeto foi contemplado pelo edital de emergência do Estado do Rio de Janeiro "Cultura Presente nas Redes".
Estreia dia 20 de Julho
Segundas (20 e 27 de Julho) às 20h
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EM AGOSTO:
"Museu dos Meninos - Arqueologias do Futuro" /
A experiência consiste em uma série de visitas guiadas online ao acervo do museu virtual homônimo (mediadas pelo idealizador Mauricio Lima com a presença de um convidado especial) e apresentações da performance Museu dos Meninos através da plataforma ZOOM em parceria com o Pandêmica Coletivo de Criação.
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Estamos com bastante procura de público e as exibições costumam lotar bastante rápido. Se te interessar estar conosco, fala comigo no whatsapp e a gente combina de já reservarmos seu lugar. 


Juracy de Oliveira
Ator, Diretor e Produtor
+55 21 9 8134-3333

quarta-feira, 1 de julho de 2020


14º Prêmio APTR de Teatro - 2019

AUTOR
LEONARDO NETTO (3 MANEIRAS DE TOCAR NO ASSUNTO)

DIREÇÃO
MIWA YANAGIZAWA (NASTÁCIA)
RODRIGO PORTELA (AS CRIANÇAS)

CENOGRAFIA
RONALDO FRAGA (NASTÁCIA)

FIGURINO
GABRIEL VILLELA (ESTADO DE SÍTIO)

ILUMINAÇÃO
ANNA TURRA, CAMILA SCHMIDT E ROGÉRIO VELLOSO (MERLIN E ARTUR: UM SONHO DE LIBERDADE)
RENATO MACHADO (3 MANEIRAS DE TOCAR NO ASSUNTO)

MÚSICA
CESAR LIRA E ANDRÉ MUATO (OBORÓ - MASCULINIDADES NEGRAS)


ESPETÁCULO
A COR PÚRPURA, O MUSICAL
ESTADO DE SÍTIO

DIREÇÃO DE MOVIMENTO/ CENOGRAFIA
SUELI GUERRA (A COR PÚRPURA, O MUSICAL)
VALÉRIA MONÃ (OBORÓ - MASCULINIDADES NEGRAS)

ATOR COADJUVANTE
ALAN ROCHA (A COR PÚRPURA, O MUSICAL)

ATRIZ COADJUVANTE
PATRÍCIA SELONK (ANGELS IN AMERICA)

ATOR PROTAGONISTA
GILBERTO GAWRONSKI (A IRA DE NARCISO)

ATRIZ PROTAGONISTA
ANALU PRESTES (AS CRIANÇAS)
LETÍCIA SOARES (A COR PÚRPURA, O MUSICAL)

ESPECIAL
MOVIMENTO TEATRO NEGRO DO RIO DE JANEIRO – APRETA


PRODUÇÃO
A COR PÚRPURA, O MUSICAL

JOVEM TALENTO – TROFÉU MANOELA PINTO GUIMARÃES
RAFAEL TELLES (O DESPERTAR DA PRIMAVERA)