quarta-feira, 25 de março de 2015

Prêmio APTR de Teatro
9ª Edição
Vencedores

CATEGORIA ESPECIAL

Frederico Reder - pela gestão do Teatro NetRio


CENOGRAFIA

Daniela Thomas ("Beije minha lápide")


FIGURINO

Carol Lobato ("O grande Circo Místico")


ILUMINAÇÃO

Daniela Sanchez ("Uma vida boa")


MÚSICA

Tim Rescala ("O pequeno Zacarias - Uma ópera irresponsável")


ATOR EM PAPEL COADJUVANTE

Isio Ghelman ("A estufa")


ATRIZ EM PAPEL COADJUVANTE

"Solange Badim ("As bodas de Fígaro")


AUTOR

Gustavo Gasparani ("Samba Futebol Clube") e Márcia Zanelatto ("Desalinho")


DIREÇÃO

Christiane Jatahy ("E se elas fossem para Moscou?")


ATOR EM PAPEL PROTAGONISTA

Marco Nanini ("Beije minha lápide")


ATRIZ EM PAPEL PROTAGONISTA

Debora Falabella e Yara de Novaes ("Contrações")


ESPETÁCULO

"Samba Futebol Clube"



sexta-feira, 20 de março de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Krum"

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Niilismo em versão deslumbrante



Lionel Fischer



"Dois enterros e dois casamentos. Não existem grandes feitos, tudo é ordinário. Entre as duas cerimônias, acontece uma sequência de cenas curtas, o quadro da vida dos habitantes de um bairro remoto. Uma peça sobre pessoas, que se inicia com o retorno ao lar do personagem-título - depois de perambular pela Europa em busca de experiências e quiçá de aprendizado, Krum volta para casa de mãos vazias. Ao chegar, confessa que não viu nada, que não viveu nada, que nem mesmo no estrangeiro foi capaz de encontrar o que buscava".

Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima resume o contexto em que se dá "Krum", do dramaturgo israelense Hanoch Levin (1943-1999), ora em cartaz no Oi Futuro (Flamengo). Mais recente produção da Cia. Brasileira de Teatro, de Curitiba, e segunda parceria do grupo com a atriz Renata Sorrah (a primeira foi em "Esta criança", em 2012), a montagem chega à cena com direção de Marcio Abreu e elenco formado por Danilo Grangheia, Edson Rocha, Grace Passô, Inez Viana, Ranieri Gonzales, Renata Sorrah, Rodrigo Bolzan e Rodrigo Ferrarini.

Em sua peça "Caligula", Albert Camus (1913-1960) explicita o desejo do protagonista de possuir a lua. Ele ambiciona o impossível. Não sendo o mesmo viável, passa a não ver mais nenhum sentido na existência humana. Aqui, ao contrário do que ocorre com o angustiado e enlouquecido imperador romano recriado por Camus, Krum aparentemente não ambiciona nada. Ou por outra: talvez até ambicione, mas como só consegue enxergar a realidade como uma sucessão de fatos banais, que se repetem indefinidamente, acaba dominado pelo mais absoluto niilismo.

No entanto, caberia uma questão: seriam os tais fatos realmente marcados por absoluta banalidade ou é assim que o protagonista os enxerga? A vida se resumiria a caminhar sempre com um pé à frente do outro ou comportaria eventuais saltos? Tudo se resumiria exclusivamente ao cumprimento de ritos coletivos sem qualquer espaço para se empreender mudanças? Ao que tudo indica, é assim que Krum encara sua existência, o que torna crível sua absoluta e eventualmente irônica desesperança.

Com relação aos demais personagens, alguns evidenciam ambições tão prosaicas que os tornam risíveis, como ocorre com o homem profundamente angustiado porque não consegue decidir se faz exercícios físicos pela manhã ou à noite. Mas outros ambicionam o amor, por exemplo, como a mulher feia, desesperada para arrumar marido ou com outra dividida entre sua paixão por Krum e pela conveniência de se ligar a outro homem, já que ele não a quer - no primeiro caso, estamos diante de uma situação patética; no segundo, profundamente angustiante. 

E por falar em angústia, gostaria de confessar que foi esta a sensação que me acompanhou ao longo de quase toda a montagem, ainda que eventualmente não tenha deixado de rir com algumas situações, mesmo que em sua essência contivessem doses equivalentes de insatisfação e carência, que nada têm em si de engraçadas. E confesso também minha ambiguidade com relação ao protagonista: ora me identificava com ele, ora o desprezava, o que me faz supor que o texto tenha me atingido de forma muito contundente, a ponto de (derradeira confissão) ter saído do teatro e levado alguns minutos para concluir se havia ido de carro ou não...

Com relação ao espetáculo, estamos diante de um evento teatral de grande magnitude. Marcio Abreu não é apenas um dos maiores encenadores nacionais, mas um artista na acepção máxima do termo. É realmente impressionante sua capacidade de criar imagens poderosas, impregnadas de infinita beleza e capazes de materializar conteúdos que transcendem a força das palavras. Sob todos os pontos de vista, esta montagem se insere entre as mais brilhantes já realizadas por Marcio Abreu e sem dúvida merece ser prestigiada de forma incondicional pelo público carioca.

No que diz respeito ao elenco, e sem temor de ser monótono, repito o que já disse em inúmeras críticas: este país pode carecer de tudo, menos de grandes intérpretes. E aqui os atores exibem interpretações deslumbrantes, fruto não apenas de enormes recursos técnicos, mas sobretudo de visceral capacidade de entrega e notável inteligência cênica, perceptível pelas escolhas feitas, que jamais priorizam o óbvio ou o caminho mais fácil. Assim, a todos parabenizo com o mesmo entusiasmo e a todos agradeço pela inesquecível noite que me proporcionaram. 

Na equipe técnica, gostaria de novamente enfatizar (devo ter, realmente, uma tendência à monotonia...) minha irrestrita admiração por Marcia Rubin, que aqui realiza uma das melhores direções de movimento de sua brilhante carreira. Também considero irrepreensíveis as contribuições de Nadja Naira (iluminação), Fernando Marés (cenário), Felipe Storino (trilha e feitos sonoros) e Ticiana Passos (figurino), cabendo igualmente destacar a fluente tradução de Giovana Soar.

KRUM - Texto de Hanoch Levin. Direção de Marcio Abreu. Com a Cia.Brasileira de Teatro, em parceria com Renata Sorrah. Oi Futuro (Flamengo). Quinta a domingo, 20h. 








quarta-feira, 18 de março de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Um estranho no ninho"

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Montagem correta minimiza conflitos



Lionel Fischer



"A peça narra a história de um detento que simula a loucura para fugir dos trabalhos braçais da cadeia através da internação em uma instituição psiquiátrica. Uma vez interno, o prisioneiro (R.P.McMurphy) questiona as regras severas impostas pela enfermeira chefe (Ratched). Mas não imagina o preço que pagará por desafiar o poder. A oposição fundamental da peça não é entre a sanidade e a loucura, mas sim entre o aprisionamento e a liberdade".

Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima resume o enredo de "Um estranho no ninho", de Dale Wasserman - a peça é baseada no romance homônimo de Kem Kessey e no cinema a adaptação do romance gerou o maravilhoso filme estrelado por Jack Nicholson e Louise Fletcher.

Em cartaz no Centro Cultural da Justiça Federal, a montagem chega à cena com direção de Bruce Gomlevski e elenco formado por Charles Asevedo (Chefe Bromden), Felipe Martins (Dale Harding), Helena Varvaki (Enfermeira Ratched), Henrique Gottardo (Auxiliar Turkle), Hylka Maria (Candy Starr), Isaac Bardavid (Dr. Spivey), Junior Prata (Ruckley), Lorena Sá Ribeiro (Enfermeira Flinn), Marcelo Morato (Cheswick), Rafael Oliveira (Auxiliar William), Ricardo Lopes (Auxiliar Warren), Ricardo Ventura (Scanlon), Tatiana Muniz (Sandra), Tatsu Carvalho (R.P.McMurphy), Vitor Thiré (Billy Bibbit) e Zé Guilherme Guimarães (Martini).

Como não li o romance e tampouco conhecia a peça, minha única referência e fortíssima lembrança é o filme dirigido por Milos Forman, em 1975. Mas, como todos sabemos, teatro e cinema possuem linguagens diferentes e o que importa aqui é a peça. Vamos, portanto, a ela, fazendo o máximo de esforço para não estabelecer qualquer paralelo entre o mencionado filme e o texto ora encenado pela primeira vez no Brasil.

Trata-se, sem dúvida, de um bom texto, cujo principal mérito reside em sua proposta de investir contra as instituições psiquiátricas, que, sob o pretexto de reabilitar indivíduos portadores de deficiências mentais (ou ao menos tornar suas vidas menos dolorosas, ainda que confinadas), na verdade nada fazem além de impor sua tirania, cerceando por completo qualquer possibilidade de livre arbítrio - pode-se, também, encarar a presente clínica como uma metáfora do poder dominante, mas isto me parece um tanto óbvio e não muito relevante. 

Com relação ao espetáculo, Bruce Gomlevski impõe à cena uma dinâmica correta no que concerne às marcações e tempos rítmicos. Mas acredito que os dolorosos e exacerbados conflitos poderiam ter sido trabalhados de forma mais exasperada e visceral, o que provavelmente conferiria à montagem uma atmosfera mais sombria, claustrofóbica e angustiante. E neste particular chegamos às performances do elenco, que, em minha opinião, em muitos casos ficam aquém do exigido pelos ótimos personagens.

Na pele de McMurphy, Tatsu Carvalho exibe boa voz e bom trabalho corporal. No entanto, falta ao seu desempenho algo que talvez possa ser definido como lúcida virulência, uma vontade desesperadora e urgente de não apenas enfrentar a enfermeira-chefe, mas também de conscientizar seus colegas de infortúnio sobre as muitas ciladas que a instituição lhes apronta. Em algumas cenas, o ator opta por um tom debochado e malandro, que certamente funciona. Mas este mesmo tom é mantido em muitas outras que demandariam atitudes muito mais incisivas e capazes de conferir uma tensão muito maior aos embates em que o personagem se envolve.

Outra questão diz respeito à linha adotada por Helena Varvaki na enfermeira-chefe. É possível que a excelente atriz, com a aprovação do diretor, tenha acreditado que a crueldade da personagem ganharia contornos ainda mais aterrorizantes desde que mantido um tom de voz suave e supostamente apaziguador - este contraste, ao menos em teoria, poderia efetivamente funcionar. No entanto, acredito que acaba fragilizando a personagem, privando-a de sua sinistra potência. Quanto aos demais atores, todos exibem atuações corretas, cabendo destacar as participações de Felipe Martins e Ricardo Ventura, que exploram todo o potencial de seus ótimos personagens.

Na equipe técnica, considero corretas as contribuições de todos os envolvidos nesta empreitada teatral - Pati Faedo (cenário), Elisa Tandeta (iluminação), Alessandra Padilha e Jerry Rodrigues (figurinos), Uirande Holanda (visagismo) e Mauro Berman (trilha sonora original). A destacar a ótima tradução de Ricardo Ventura.

UM ESTRANHO NO NINHO - Texto de Dale Wasserman. Direção de Bruce Gomlevski. Com Helana Varvaqui, Tatsu Carvalho e grande elenco. Centro Cultural da Justiça Federal. Sexta a domingo, 19h.     






Prêmio Shell de Teatro
27ª Edição
Vencedores

AUTOR 

Renata Mizrahi ("Galápagos")


DIREÇÃO 

Christiane Jatahy ("E se elas fossem para Moscou?")


ATOR

André Curti e Artur Ribeiro ("Irmãos de sangue")


ATRIZ

Stella Rabello ("E se elas fossem para Moscou?") 


CENÁRIO

André Curti e Artur Ribeiro ("Irmãos de sangue")


FIGURINO

Claudia Kopke ("Chacrinha - o musical")


ILUMINAÇÃO 

Maneco Quinderé ("A dama do mar")


MÚSICA

Nando Duarte (Samba Futebol Clube")


CATEGORIA INOVAÇÃO

Elenco de "Samba Futebol Clube" por tornar possível a renovação da estrutura do musical através de sua capacidade de atuar com excelência nas diversas funções do gênero.


HOMENAGEM

Jorginho de Carvalho, pela contribuição na formação e profissionalização de gerações de iluminadores do teatro carioca.

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terça-feira, 17 de março de 2015

Sesc Teresópolis realiza 4º Festival de Humor – Só Rindo
Espetáculos serão apresentados durante todo o mês de março
Se rir é o melhor remédio, agora é hora de parar de chororô e correr para o SESC Teresópolis. A unidade da região Serrana realiza a 4º edição do Festival de Humor – Só Rindo com espetáculos variados passando pela comédia de costumes, circense e a inteligente.
 Na próxima sexta o festival recebe uma das companhias circenses mais importantes e irreverentes da atualidade: o Circo VOX (SP), que apresentará o divertido espetáculo “Se Chove, não molha”. Nesta peça, uma família de palhaços chega para apresentar um espetáculo, mas eles se atrapalham ao fazer os números, que acabam sempre da forma errada. Os três integrantes dessa atrapalhada família ficam nesse “chove não molha” e então percebem no final que, sem querer, apresentaram um espetáculo divertidíssimo. Nessa montagem o Circo VOX traz esquetes tradicionais circenses adaptadas para a linguagem contemporânea da companhia.
 Confira toda a programação do 4º Festival de Humor – Só Rindo:
 OFICINAS
Oficinas de malabares - Circo Vox e o mundo mágico dos malabares
20/3 - 16h às 18h.
Esta oficina propõe trabalhar técnicas de malabares com bolinhas e claves, desenvolvendo o controle corporal, coordenação motora, equilíbrio e concentração dos participantes. Ao final, um número de desafiador será apresentado aos presentes.
Grátis. Classificação 12 anos.
 Fundamentos da comédia
24/3 - 18h às 21h.
Os encontros visam dar aos participantes noções básicas da cena teatral, com enfoque especifico na comédia.  O  o ator Daniel Arcchangelo  transmitirá algumas de suas vivencias, dará algumas informações teóricas relevantes  e proporá exercícios que visem desenvolver as potencialidades cômicas e cênicas de cada um dos participantes. 
Grátis. Classificação 14 anos.
 ESPETÁCULOS
Se Chove Não Molha
Nesta divertida peça uma família de palhaços chega para apresentar um espetáculo, mas eles se atrapalham ao fazer os números, que acabam sempre da forma errada.
20/3 – 20h às 21h30 - Sesc Teresópolis
Valores: R$ 2 (associado Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8.
Classificação Livre.
 E a Palhaça o Que é?
Com grupo de teatro Pirueta: O espetáculo se utiliza da linguagem da palhaçaria, apresentando três palhaças que brincam com profissões e ofícios.
21/3 - 14h - Praça da Barra
Grátis.
Classificação Livre.
 Millôr Impossível
Reunindo o melhor da obra de Millôr Fernandes, o diretor Eduardo Wotzik construiu uma peça-recital de alta qualidade.  
21/3 - 20h às 21h30 - Sesc Teresópolis
Valores: R$ 2 (associado Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8.
Classificação 12 anos.
 Em Busca de Um Parceiro Eletrizante
Gordo e decadente o ator Brandy Mostaza não tem alternativa, precisa encontrar um parceiro magro para reeditar uma dupla cômica de sucesso. Com o premiado ator Thelmo Fernandes.
25/3 - 20h às 21h - Sesc Teresópolis
Valores: R$ 2 (associado Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8.
Classificação 12 anos.
 Um Edifício Chamado 200
Alfredo Gamela é um carioca de 20 anos, que vive num pequeno apartamento num edifício treme-treme de Copacabana com sua amante Karla e, embora não tenha dinheiro, gosta de aparentar que é rico.
27/3 - 20h - Sesc Teresópolis
Valores: R$ 2 (associado Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8.
Classificação 12 anos.
 3 Entas
Uma comédia contemporânea adaptada do Livro de Jô Salgado, que narra à história de três mulheres e suas dúvidas e angústias que a chegada da idade traz consigo.
28/3 - 20h - Sesc Teresópolis
Valores: R$ 2 (associado Sesc), R$ 4 (meia-entrada), R$ 8.
Classificação 12 anos.


IMPRENSA // André Moretti

Contatos
11-98269 6704   11-4304 6704
moretti.moretti@gmail.com
http://www.facebook.com/MorettiCulturaEComunicacao

terça-feira, 10 de março de 2015

Cia Caixa do Elefante promove a
OFICINA ENTRE O ATOR, A MANIPULAÇAO E O OBJETO:
A cena em conjunto em um teatro relacional
O workshop, gratuito, será ministrado pela atriz Carolina Garcia no CEART (UDESC)


Cia Caixa do Elefante, patrocinada pela Petrobras, abre inscrições para a Oficina ENTRE O ATOR, A MANIPULAÇAO E O OBJETO: A cena em conjunto em um teatro relacional. A oficina será ministrada pela atriz Carolina Garcia, de 18 a 20 de março no Centro de Artes (CEART/UDESC) em Florianópolis (SC).

Carolina vai aplicar os conhecimentos adquiridos durante sua residência artística em Paris, em novembro de 2014. Neste período, a atriz realizou as atividades de formação e intercâmbio promovidas pelo Ministério da Cultura, através do EDITAL CONEXÃO CULTURA BRASIL – INTERCÂMBIOS, no qual participou do programa de capacitação e aperfeiçoamento artístico e profissional do ThéâtreduMouvement, dirigido por Claire Heggen e Yves Marc, e cursou os estágios profissionais "Dramaturgiegestuelle" e " Corpsobjets et manipulation”.

O conteúdo da oficina é pautado no treinamento físico do ator, com vistas a desenvolver técnicas de aquecimento, alongamento, coordenação motora e procedimentos dissociativos do corpo, partindo do conhecimento proprioceptivo do corpo do ator e do trabalho relacional para o jogo entre os elementos de cena e a presença do ator.

Durante os encontros serão exploradas as noções básicas que permeiam a interpretação do ator com bonecos e objetos animados através da descoberta de possibilidades dramatúrgicas do corpo em justaposição com o inanimado: contrastes de formas e ritmos, dissociação de movimentos e interpretação na composição da vida fictícia e autônoma do boneco.

Também serão estudadas técnicas de animação com a finalidade de provocar a ilusão de vida no objeto inanimado. Dentre essas técnicas, foco e condução de atenção, ponto fixo, eixo do corpo do ator, eixo do corpo do boneco, dissociação de movimentos, economia de meios, triangulação, nível/altura do boneco, peso e contrapeso, elaboração de partituras de ação, sincronicidade voz/movimento, qualidades energéticas, intencionalidade.

O curso é voltado a artistas e estudantes de teatro profissionais ou amadoresAs inscrições para a oficina são gratuitas através do e-mail: caixadoelefante@gmail.com.

Carolina Garcia:
Pós-graduada como Especialista em Economia da Cultura pelo PPGE-UFRGS e Licenciada em Artes Cênicas pelo DAD-UFRGS, trabalha como atriz, produtora cultural e arte-educadora. Ao logo de sua carreira artística, já participou de diversos festivais internacionais de teatro e ministrou oficinas em diferentes capitais brasileiras. 
Complementando sua formação, realizou cursos com importantes nomes da cena teatral contemporânea: YoshiOida, Thomas Leabhart, Augusto Boal, Hugo Suarez, Alain Recoing, Jean-Pierre Lescot, Stephen Mottram, Catherine Dubois e Ivaldo Bertazzo. Também realizou experiências com performance, orientadas por Élcio Rossini, e, em dança, realizou aulas na escola aberta do Centro de Dança de Porto Alegre, Micadanse (Paris) e ThéâtreduMouvement (Paris). 

Como atriz, atualmente apresenta o espetáculo "A Tecelã" e "Encantadores de Histórias", tendo recebido os prêmios Braskem Porto Alegre em Cena (2011), Tibicuera/RS (1999 e 2008) e o troféu Festivale/RS (2000). Também foi indicada ao Prêmio Nacional Isnard Azevedo, como melhor atriz de teatro de rua (1998) e indicada ao Prêmio Histórias Curtas RBS, como melhor atriz coadjuvante (2007). Entre os anos de 2004 e 2006, administrou o espaço cultural "Cia de Arte Café", em Porto Alegre/RS.

OFICINA ENTRE O ATOR, A MANIPULAÇAO E O OBJETO: A cena em conjunto em um teatro relacional

DATAS: 18 a 20 de Março de 2015 (quarta a sexta)
HORÁRIOS: das 18h30 às 22h
LOCAL: CEART/UDESC - Av. Madre Benvenuta, 1907 – Itacorubi, Florianópolis, SC
Dia 18 – Sala Dança 2
Dias 19 e 20 – Sala Dança 1

Ministrante:Carolina Garcia
Número de participantes:15
Público: artistas e estudantes de teatro profissionais ou amadores
Carga horária: 10 horas/aula (divididas em 3 dias)
Faixa etária: a partir de 15 anos
INSCRIÇÕES GRATUITAS pelo e-mail: caixadoelefante@gmail.com

REALIZAÇÃO: Caixa do Elefante Teatro de Bonecos
Apoio Cultural: CEART/UDESC


A CIA CAIXA DO ELEFANTE É PATROCINADA PELA PETROBRAS.        
   



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Equipe Caixa do Elefante Teatro de Bonecos
www.caixadoelefante.com.br



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Equipe Caixa do Elefante Teatro de Bonecos
www.caixadoelefante.com.br

segunda-feira, 9 de março de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Salina - a última vértebra"

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Belíssima montagem no Espaço Sesc



Lionel Fischer



"Salina conta a saga da personagem que dá nome ao espetáculo. Casada à força e violada por seu marido, ela dá à luz a Mumuyê Djimba, um filho que ela detesta tanto quanto ao pai. Acusada de deixar o esposo morrer agonizante no campo de batalha, Salina é banida de sua cidade. Exilada no deserto, ela alimenta seu desejo de vingança. Da sua ira, nasce Kwane, que trava uma guerra com seu irmão, Djimba, até que uma reviravolta surpreendente acontece no destino de Salina".

Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima resume o enredo de "Salina - a última vértebra", de autoria do romancista e dramaturgo francês Laurent Gaudé. Em cartaz no Espaço Sesc, esta mais nova produção do Amok Teatro chega à cena com direção de Ana Teixeira e Stéphane Brodt, estando o elenco formado por André Lemos (Saro Djimba e Mumuyé Djimba), Ariane Hime (Salina), Graciana Valladares (Sowumba), Luciana Lopes (Mama Lita), Reinaldo Junior (Kwane M'krumba), Robson Freire (Oráculo), Sergio Ricardo Loureiro (Sissoko Djimba), Sol Miranda (Alika), Tatiana Tibúrcio (Khaya Djimba) e Thiago Catarino (Kano Djimba).

Em belo texto que consta do programa distribuído ao público, o autor diz, entre outras coisas, que seria mais razoável escrever uma peça com menos personagens, menor duração, em formato mais comportado etc. Mas acredita que peças como esta não devem deixar de ser escritas. De minha parte, concordo plenamente, e pelas razões que se seguem.

Quanto ao número de personagens, sem dúvida é mais fácil produzir uma peça com dois ou três atores. Com relação ao tempo de duração, o que importa não é o tempo cronológico, mas o tempo do interesse. E no que se refere a um formato mais comportado, cumpre registrar que o teatro não pode ser bem comportado, pois então não seria teatro. Haveria, no máximo, de converter-se em couvert de inevitáveis pizzas.

No presente caso, estamos diante de um texto que, mesclando elementos da tragédia grega e da epopeia africana (tal avaliação consta do release), faculta ao público a rara oportunidade de empreender profunda reflexão sobre a condição humana, os desejos e aspirações mais sublimes do indivíduo, assim como aspectos mais obscuros de sua alma. E dado o seu caráter universal, pouco importa que a ação ocorra em uma África imaginária, pois o que está em causa é o homem. 

Com relação ao espetáculo, este reafirma as muitas e preciosas qualidades do Amok Teatro, tais como: capacidade de produzir belíssimas e poderosas imagens cênicas, cuja expressividade é capaz de exprimir significados que até mesmo dispensam o texto articulado; uma grande coragem no tocante aos tempos rítmicos, que sempre atendem às necessidades do espetáculo e jamais a exigências de espectadores que  priorizam a ridícula urgência da contemporaneidade;  e finalmente (paro por aqui, ainda que pudesse me estender bem mais) cumpre destacar a capacidade de Ana Teixeira e Stéphane Brodt de fazer com que seus atores entendam os personagens não apenas intelectualmente, mas também fisicamente, daí advindo composições de extraordinária riqueza gestual. Sob todos os pontos de vista, estamos diante da mais inquietante, bela e poderosa montagem da atual temporada.

E já que acabei de falar em atores, é claro que poderia particularizar algumas performances, em especial dos protagonistas. Mas a força e unidade do conjunto são de tal ordem que julgo mais justo e oportuno enaltecer o trabalho coletivo, assim como agradecer a todos a maravilhosa noite que me proporcionaram. E estou absolutamente certo de que todos que comparecerem ao Espaço Sesc haverão de nutrir os mesmos sentimentos, o que me leva a desejar uma longa carreira para esta montagem tão essencial.

Na equipe técnica, destaco com o mesmo entusiasmo as maravilhosas contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral - Fábio Simões Soares (música e confecção de instrumentos)), Renato Machado (iluminação), Tatiana Tibúrcio (coreografias), Teixeira e Brodt (cenografia e figurino), Maria Adélia (confecção dos bonecos) e Ana Teixeira (tradução). A destacar também as belíssimas fotos de Vanessa Dias, que constam do programa, assim como a programação visual de Paulo Barbosa Lima.

SALINA - A ÚLTIMA VÉRTEBRA - Com o Amok Teatro. Direção de Ana Teixeira e Stéphane Brodt. Espaço Sesc. Quinta a sábado, 19h30. Domingo, 18h30.  



sexta-feira, 6 de março de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Boa noite, mãe"

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Doloroso e terminal encontro



Lionel Fischer



"A peça mostra uma noite na vida de uma pequena família: mãe e filha. Jessie, a filha, depois de tantos anos difíceis lutando contra a epilepsia, além de um longo acúmulo de dificuldades familiares, anuncia que decidiu se retirar da vida. Com um tiro na cabeça, hoje - mais tarde. Uma solução simples, eficiente e, para ela, bastante tranquila. A mãe, Thelma, ao receber a notícia, passa por um mundo de emoções: incredulidade no início, raiva e desespero mais tarde, até momentos de aceitação, enquanto tenta lidar com o que para Jessie é o inevitável: seu destino está finalmente seguro nas mãos dela".

Extraído do release que me foi enviado, o trecho acima sintetiza o enredo de "Boa noite, mãe", da dramaturga norte-americana Marsha Norman. Em cartaz no Teatro Eva Herz, a montagem leva a assinatura de Hugo Moss, estando o elenco formado por Beth Zalcman (Thelma) e Thaís Loureiro (Jessie).

Incontáveis são as razões que levam alguém a decidir dar cabo da própria vida. E neste caso, Jessie possui inúmeras, como expresso no parágrafo inicial, ao menos do ponto de vista de alguém que, além de padecer de uma doença que considera humilhante, jamais conseguiu estabelecer fortes elos afetivos e muito menos profissionais. No entanto, e ao contrário do que imagino que acontece com a maioria das pessoas que resolve se matar, aqui nada se dá de forma súbita e intempestiva: Jessie não apenas planejou tudo em seus mínimos detalhes quanto expõe, à medida que dialoga com a mãe e não para de arrumar a casa, todas as prosaicas providências que ela deverá tomar uma vez consumado o ato.

Estaríamos, então, diante de uma personalidade marcada por extrema frieza? É possível. Mas o que importa destacar é que o recurso criado pela dramaturga - a enumeração de uma infinidade de tarefas que a mãe deverá cumprir após a morte da filha e a obsessão desta em deixar o lugar perfeitamente em ordem - gera uma tensão cênica que se acentua cada vez mais, sobretudo nos momentos em que a mãe tenta ser ouvida efetivamente pela filha, quase sempre sem sucesso. Mas é claro que às vezes há uma pausa na desvairada arrumação e então podemos ter acesso a uma história de vida marcada por contínuo sofrimento e por revelações feitas pela mãe que teoricamente poderiam contribuir para que Jessie ao menos adiasse seu plano funesto. Mas nem o desespero de Thelma, e tampouco suas argumentações produzem o efeito desejado.  

Bem escrito, contendo ótimos personagens e diálogos que prendem a atenção do espectador desde o início, "Boa noite, mãe" recebeu sóbria e segura versão cênica de Hugo Moss. Consciente de que um texto desta natureza dispensa inócuas mirabolâncias formais, o diretor investe sabiamente todas as suas fichas no trabalho das intérpretes. E o resultado desta opção revela-se plenamente gratificante.

Na pele de Jessie, Thaís Loureiro exibe desempenho irrepreensível, trabalhando com extrema sensibilidade o caráter algo fugidio da personagem - suas inflexões são quase sempre propositadamente monocórdias, como se qualquer ênfase já não tivesse mais sentido, assim como seu olhar dificilmente se fixa naquela com quem dialoga. Sem dúvida, uma atuação precisa e sofisticada, que evita o melodrama e consegue priorizar o que talvez possa ser definido como sereno desespero.

O mesmo brilho se faz presente na performance de Beth Zalcman, impecável do ponto de vista corporal e não menos sedutora em termos vocais - é impressionante o domínio que a atriz tem da voz, o que lhe permite conferir ao texto imprevistas e expressivas nuances. Cabe também registrar sua visceral capacidade de entrega às emoções em causa, assim como sua habilidade de extrair humor quando este se faz necessário. Sob todos os pontos de vista, uma das melhores performances da atual temporada.

Na equipe técnica, Aurélio de Simoni responde por uma iluminação sutil e delicada, só eventualmente pontuando momentos mais significativos da dolorosa relação entre as personagens. Hugo Moss e Thaís Loureiro assinam excelente tradução, sendo corretos os figurinos de Zalcman e Loureiro, assim como a cenografia de Moss e Luana Santos.

BOA NOITE, MÃE - Texto de Marsha Norman. Direção de Hugo Moss. Com Beth Zalcman e Thaís Loureiro. Teatro Eva Herzt. Quarta e quinta, 19h. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Teatro/CRÍTICA

"Música para cortar os pulsos"

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Sensível montagem de texto brilhante



Lionel Fischer



Mutos sustentam que uma boa ideia é meio caminho andado para um produto final de qualidade. No entanto, e mesmo reconhecendo que partir de uma boa ideia é melhor do que iniciar qualquer coisa tendo como premissa uma má ideia, a primeira hipótese não oferece garantia alguma. Senão, vejamos.

Qual a melhor peça já escrita? Digamos que seja "Hamlet". E o que vem a ser "Hamlet"? O texto nos mostra um príncipe que, logo no início da trama, encontra o fantasma de seu pai que, após confessar que foi morto por seu irmão - que ora ocupa o trono, casado com a mãe de Hamlet, esta cúmplice no assassinato - pede ao filho que o vingue. Passados cinco atos, o príncipe finalmente atende ao desejo de seu pai.

Pois bem: estaríamos diante de uma boa ideia? De uma ideia absolutamente brilhante? É óbvio que não. No entanto, um enredo que poderia gerar um insuperável dramalhão foi convertido, pelo fabuloso bardo, em insuperável obra-prima, por razões que todos estão cansados de conhecer.

Chegamos, por fim, a "Música para cortar os pulsos". E do que trata a peça, se restrita ao seu enredo? Estamos diante de três jovens, todos na casa dos 20 anos. Isabela sofre porque foi abandonada. Felipe quer se apaixonar. Ricardo, seu amigo, está apaixonado por ele. Uma boa ideia? Provavelmente nem melhor nem pior do que qualquer outra. E no entanto, trata-se de um texto absolutamente brilhante.

Em cartaz no Teatro Café Pequeno, "Música para cortar os pulsos" leva a assinatura de Rafael Gomes. Rafael Salmona responde pela direção (codireção de Jaime Leibovitch), estando o elenco formado por Felipe Salarolli, Julia Stockler e Hugo Carvalho.

O primeiro mérito do texto reside em sua natureza confessional, já que os personagens não dialogam entre si, ainda que interajam. Mas isso não constitui novidade, pois o recurso já foi muito utilizado. Aqui, no entanto, é trabalhado de forma tão sincera, tão visceral, priorizando muito mais as dúvidas do que improváveis certezas que o público se converte, desde o primeiro momento, em cúmplice do que assiste.

Sob todos os pontos de vista, "Música para cortar os pulsos" é um dos melhores textos já escritos sobre o universo jovem atual. Valendo-se de personagens muito bem estruturados e de uma linguagem altamente poética, Rafael Gomes evidencia um potencial dramatúrgico que, salvo monumental engano de minha parte, em breve o tornará um dos autores mais importantes deste país.

Quanto ao espetáculo, Rafael Salmona impõe à cena uma dinâmica em total sintonia com o material dramatúrgico. Valendo-se de marcas diversificadas e criativas, e também de ótimo aproveitamento do espaço cênico, o jovem diretor exibe o mérito suplementar de haver contribuído para atuações seguras e sensíveis do também muito jovem elenco.

Na pele do homossexual Ricardo, Felipe Salarolli exibe performance ao mesmo tempo delicada e apaixonada, sem jamais apelar para trejeitos supostamente capazes de gerar desnecessários risos ou sentimentos de piedade por alguém que está amando e, em uma primeira instância, não é correspondido. A mesma eficiência se faz presente na atuação de Hugo Carvalho, que trabalha muito bem a perplexidade, a indecisão e o circunstancial desamparo de Felipe, personagem sempre à procura do amor, mas ainda sem saber ao certo para onde dirigir seu afeto.

Quanto a Julia Stockler, acredito que a jovem atriz esteja entre as melhores de sua geração. Exibindo grande inteligência cênica, enorme carisma e visceral capacidade de entrega, Julia consegue materializar na cena toda a complexidade do caráter de Isabela, valorizando com o mesmo brilho tanto as passagens mais dramáticas quanto aquelas em que o humor predomina. Sem dúvida, uma das performances mais poderosas da atual temporada. 

Na equipe técnica, Diego Fonseca responde por uma cenografia simples e expressiva, que contribui para materializar na cena importantes aspectos psicológicos dos personagens. Fábio Gesteira assina composições musicais que enfatizam os muitos e diversificados climas emocionais em jogo, também tocando guitarra no espetáculo acompanhado de Vitor Barbosa (percussão). São corretos os figurinos de Nathalia Amorim, a mesma correção presente na iluminação de Francisco Hashiguchi.

MÚSICA PARA CORTAR OS PULSOS - Texto de Rafael Gomes. Direção de Rafael Salmona. Com Felipe Salarolli, Julia Stockler e Hugo Carvalho. Teatro Café Pequeno. Sexta, sábado e domingo, 20h.




terça-feira, 3 de março de 2015

Escreva sua Peça de Teatro 

oficina prática com início em março na Cal.  Chegou a hora de tirar aquela sua ideia da gaveta.  Inscrições abertas nohttp://www.cal.com.br/livres/cristina_fagundes1.html

Nesta oficina os alunos vão exercitar a dramaturgia na prática, ao desenvolverem suas próprias peças de teatro, sob a orientação da professora.   Vão passar por todas as etapas do processo de criação de um texto teatral: a pesquisa do assunto, a definição da idéia, a storyline, a sinopse, o perfil dos personagens, a escaleta e os diálogos.  As peças criadas serão de curta ou média duração – até 40 minutos. 
Ao final do processo haverá leitura aberta ao público com o texto que tiver atingido o melhor resultado. 

PERÍODO:
de 16 de março a 11 de maio de 2015
(Não haverá aula no dia 20/04 – feriadão)

HORÁRIO:
2as, das 19:30 às 22:00

VALOR:
R$ 130,00 (taxa de Inscrição) + 2 parcelas de R$ 395,00 (taxa do curso)
No ato de inscrição o aluno pagará a Taxa de Inscrição mais a 1ª Parcela   (totalizando R$ 525,00) e deixará um cheque pré-datado para o dia 13/04, referente à 2ª parcela.

CRISTINAFAGUNDES
é atriz, autora e diretora.  Trabalhou em mais de 20 peças de teatro e em 2 novelas. Cristina é a idealizadora e autora do Clube da Cena, coletivo de autores, atores e diretores que estreia uma nova peça por semana, composta por 06 esquetes. O projeto está em sua sexta edição, sendo responsável pela criação e encenação de cerca de 300 esquetes por autores premiados como Jo Bilac e Rodrigo Nogueira. Cristina escreveu 40 esquetes para o Clube, sendo a autora com o maior número de esquetes eleitos pelo público até hoje. Cristina é autora de 6 peças, sendo 4 já encenadas, recebendo excelentes críticas.  Jurada do Prêmio Luso-Brasileiro de Dramaturgia, do Ministério da Cultura e Menção Honrosa pelo conjunto da obra dramatúrgica concedido pelo Prêmio de Dramaturgia do Festival de Niteroi 2012. Sua última peça, No Táxi, foi encenada em novembro de 2013, num táxi real, em movimento pelas ruas do Rio.  
Informações no: (21) 2225-2384  - CAL – Casa das Artes de Laranjeiras


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