Teatro/CRÍTICA
"K - uma leitura d'O Castelo"
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Original versão de obra-prima
Lionel Fischer
Como explicitado em seu título, a presente montagem não objetiva fazer uma mera adaptação do romance de Franz Kafka (1883-1924), mas uma leitura do mesmo, priorizando os aspectos políticos. Do release que me foi enviado, consta o seguinte: "A encenação de Moacyr Góes elege uma leitura política sobre O Castelo. O diretor foi motivado pelo desejo de refletir sobre a batalha desigual entre o Estado e o indivíduo, entre a opressão de um Estado com características totalitárias e a supressão da liberdade individual".
Sendo o teatro, como todos sabemos, a mais libertária das artes, pode abrigar adaptações de contos, romances, novelas, filmes ou o que seja. Assim, nada mais legítimo do que a Cia Escola 2 Bufões ter optado por apresentar sua adaptação desta obra de Kafka, a ela imprimindo uma leitura política. Quanto ao maior ou menor êxito desta inciciativa, em seguida teço algumas considerações sobre ela.
Em cartaz no Teatro do Leblon (Sala Marília Pera), "K - uma leitura d'O Castelo" tem adaptação assinada por Weydson Leal e elenco formado por Leon Góes (topógrafo K.), Carla Rosa Guidacci (dona do albergue/ Frieda/ Pepi/ Mizzi/ Olga), Sérgio Kauffman (Momus/ Barnabás/ Arthur), Ricardo Damasceno (dono da estalagem/ gerente da estalagem dos senhores/ prefeito), Daniel Carneiro (Shwarzer/ Jeremias) e Daniel Villas (professor).
"A peça, assim como o livro, conta a história de um topógrafo chamado K., que é contratado por um conde de uma aldeia (não especificada) para prestar seus serviços. Porém, a recepção dos aldeões revela-se um tanto sinistra. Depois de chegar e se instalar num albergue barato, K. decide ir ao Castelo comunicar sua chegada. Essa simples tarefa torna-se um tormento. Por mais que tente, não consegue se aproximar do Castelo. Os personagens que cruzam o caminho de K. desmentem-se, fornecem informações contraditórias, apresentam variadas interpretações de um mesmo fato, provocando um clima de confusão e névoa que acaba por lançar o topógrafo num labirinto instranponível".
Extraído do release, o trecho acima sintetiza o essencial do enredo desta obra não terminada por Kafka. Mas, como em praticamente todos os textos do genial autor tcheco, estão presentes temas como solidão, incomunicabilidade, a impotência do indivíduo frente à burocracia e o absurdo da existência humana. Aqui, como já dito, o encenador dirige seu foco para as relações entre o Estado e o indivíduo - o Estado estaria representado pelo onipotente e misterioso Conde West-West, proprietário do Castelo, que jamais é visto, e o indivíduo, naturalmente, pelo cada vez mais perplexo e angustiado topógrafo.
Trata-se de uma premissa interessante e válida, ao menos em princípio? Sem dúvida. No entanto, fiquei com a sensação de que, ao valer-se de símbolos que remetem à Alemanha nazista (uma foto de Eichmann, a estrela amarela que apontava os judeus etc.), o encenador minimizou, ao menos em alguma medida, o caráter filosófico e atemporal da obra. Não resta dúvida de que o nazismo de Hitler foi uma das mais atrozes formas de opressão de que se tem notícia, mas não a única, tampouco a primeira e, degraçadamente, também não me parece ter sido a última... Seja como for, trata-se apenas de uma opinião, que pode ou não ser compartilhada pelos espectadores. Mas certamente estes haverão de usufruir os méritos de um espetáculo absolutamente sério e digno.
Valendo-se de marcas diversificadas e expressivas, excelente manipulação dos tempos rítmicos e inventiva exploração da ótima cenografia de José Dias - uma estrutura de metal vazada onde ficam pendurados não apenas objetos de cena, mas também bonecos que tanto podem simbolizar a apatia dos moradores da aldeia quanto vítimas de algum tipo de violência -, Moacyr Góes materializa os principais conteúdos propostos pelo autor. Mas acredito que a angústia do personagem, envolto em uma atmosfera cada vez mais incompreensível e sufocante, poderia ser ainda mais exasperante - tanto para o personagem quanto para a plateia.
Com relação ao elenco, Leon Góes exibe atuação impecável na pele do topógrafo K., valorizando com vigor e sensibilidade as principais características do personagem. Carla Rosa Guidacci está simplesmente notável em todas as personagens que interpreta, com os demais atores exibindo performances seguras e convincentes.
No complemento da equipe técnica, Carol Lobato responde por figurinos irrepreensíveis, a mesma eficiência presente no visagismo de Beto Carramanhos, na direção musical de Ary Sperling, na preparação corporal de Felipe Koury, na ilumninação de Cézar Moraes e na belíssima programação visual de Dely Bentes, cabendo ainda destacar a ótima adaptação de Weydson Leal.
K - UMA LEITURA D'o CASTELO - Texto de Franz Kafka. Direção de Moacyr Góes. Com a Cia 2 Bufões. Teatro do Leblon. Terça e quarta, 21h.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Teatro/CRÍTICA
"O beijo no asfalto"
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Excelente versão de um clássico
Lionel Fischer
Arandir beija um homem que agoniza depois de ser atropelado. Mancomunadas, a imprensa e a polícia resolvem tirar proveito do incidente. Os jornais dobram sua tiragem e o escrúpulo é deixado de lado. Arandir é acusado de trair sua mulher com o atropelado, os policiais forjam um caso entre eles. Atormentada, Selminha volta-se contra o marido. Mulher, sogro e sociedade o acusam. Aprígio aconselha sua filha a abandonar Arandir. No fim da peça, no entanto, vemos que a razão de tal conselho é o amor que o sogro nutre pelo genro...
Eis, em resumo, a trama de "O beijo no asfalto", um dos melhores textos de Nelson Rodrigues, escrito a pedido da atriz Fernanda Montenegro e levado à cena pela primeira vez em 1961. Agora a peça agora pode ser assistida no Mezanino do Espaço Sesc, sob a direção de César Rodrigues e com elenco formado por Augusto Garcia, Caetano O'maihlan, Fernanda Boechat, Giordano Becheleni, Letícia Cannavale, Mariah Rocha, Cristiano Garcia, Roberto Bomtempo, Thiago Mendonça, Van Loppes e Xando Graça.
Verdadeiro libelo contra a hipocrisia e a intolerância, o texto também aborda muitos outros temas. Mas talvez o principal seja o poder avassalador da imprensa de manipular fatos de acordo com seus interesses - no caso, totalmente sórdidos. É evidente que Arandir, ao beijar o atropelado, nada mais fez do que exibir sua piedade e compaixão. No entanto, o repórter Amado Ribeiro - que existiu e era um crápula - aproveitou-se do incidente para adiar a falência do jornal em que escrevia.
Contendo ótimos personagens, diálogos extraordinários e uma ação que prende a atenção do espectador desde o início, "O beijo no asfalto" recebeu ótima versão de César Rodrigues. Impondo à cena uma dinâmica áspera e eletrizante, estruturada apenas em torno de uma grande mesa, o diretor evidencia ter compreendido o essencial da obra através de um recurso de grande teatralidade: à medida que o texto avança, o espaço vai sendo tomado por pilhas de jornais, ótima metáfora do poder invasivo e sufocante da imprensa.
Com relação ao elenco, Augusto Garcia faz um Arandir sincero, perplexo e cada vez mais atormentado. Mas me parece que em suas cenas finais - a primeira com Dália, irmã de Selminha, e a segunda com Aprígio, seu sogro - o ator deveria estar em um estado bem mais enlouquecido, tamanha é a sua angústia. Na pele de Aprígio, Roberto Bomtempo exibe mais uma vez suas exepcionais qualidades de intérprete, extraindo do personagem tanto a sua virulência e intolerância quanto o desespero de sua paixão por tanto tempo recalcada.
Letícia Cannavale materializa uma Selminha irrepreensível, conferindo credibilidade tanto à sua paixão pelo marido quanto sua posterior aversão por ele. Mariah Rocha faz uma Dália convincente, mas acredito que a atriz deva prestar mais atenção no tocante à sua voz, quase sempre trabalhada num registro muito agudo. Vivendo o Delegado Cunha, Caetano O'maihlan convence plenamente na pele de um personagem truculento e abjeto, sendo eficientes as participações de Cristiano Garcia (Werneck), Giordano Becheleni (Investigador Aruba/ Barros),Thiago Mendonça (Pimentel),Van Loppes (D. Matilde) e Fernanda Boechat (D. Judith / Viúva) - esta última demonstra, de forma irrefutável, que pequenos papéis podem ser extremamente valorizados.
Quanto a Xando Graça, estamos diante de um ator que, em minha opinião, demonstra que não se faz necessário ter nascido com um talento exepcional para se construir uma carreira sólida e interessante. É óbvio que Xando Graça tem talento, mas certamente em medida inferior ao de nossos maiores intérpretes. No entanto, graças à sua inteligência, estudo e tenacidade, vem colhendo êxitos incontestáveis. No presente caso, sua performance como Amado Ribeiro é simplesmente extraordinária, com o ator conseguindo materializar as principais características do personagem: sua total falta de escrúpulos, violência, cinismo e, acredito eu, uma asquerosa psicopatia. Sob todos os aspectos, uma das atuações mais brilhantes da atual temporada.
Na equipe técnica, Aurélio de Simoni criou uma iluminação da mais alta expressividade, contribuindo de forma decisiva para a valorização dos múltiplos climas emocionais em jogo. Dani Geammal assina uma cenografia despojada e ao mesmo tempo belíssima, com Thiago Mendonça respondendo por figurinos impecáveis no tocante à época e condição social dos personagens.
O BEIJO NO ASFALTO - Texto de Nelson Rodrigues. Direção de César Rodrigues. Com Roberto Bomtempo, Letícia Cannavale, Xando Graça e grande elenco. Espaço Sesc. Quinta a sábado, 21h30. Domingo, 20h.
"O beijo no asfalto"
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Excelente versão de um clássico
Lionel Fischer
Arandir beija um homem que agoniza depois de ser atropelado. Mancomunadas, a imprensa e a polícia resolvem tirar proveito do incidente. Os jornais dobram sua tiragem e o escrúpulo é deixado de lado. Arandir é acusado de trair sua mulher com o atropelado, os policiais forjam um caso entre eles. Atormentada, Selminha volta-se contra o marido. Mulher, sogro e sociedade o acusam. Aprígio aconselha sua filha a abandonar Arandir. No fim da peça, no entanto, vemos que a razão de tal conselho é o amor que o sogro nutre pelo genro...
Eis, em resumo, a trama de "O beijo no asfalto", um dos melhores textos de Nelson Rodrigues, escrito a pedido da atriz Fernanda Montenegro e levado à cena pela primeira vez em 1961. Agora a peça agora pode ser assistida no Mezanino do Espaço Sesc, sob a direção de César Rodrigues e com elenco formado por Augusto Garcia, Caetano O'maihlan, Fernanda Boechat, Giordano Becheleni, Letícia Cannavale, Mariah Rocha, Cristiano Garcia, Roberto Bomtempo, Thiago Mendonça, Van Loppes e Xando Graça.
Verdadeiro libelo contra a hipocrisia e a intolerância, o texto também aborda muitos outros temas. Mas talvez o principal seja o poder avassalador da imprensa de manipular fatos de acordo com seus interesses - no caso, totalmente sórdidos. É evidente que Arandir, ao beijar o atropelado, nada mais fez do que exibir sua piedade e compaixão. No entanto, o repórter Amado Ribeiro - que existiu e era um crápula - aproveitou-se do incidente para adiar a falência do jornal em que escrevia.
Contendo ótimos personagens, diálogos extraordinários e uma ação que prende a atenção do espectador desde o início, "O beijo no asfalto" recebeu ótima versão de César Rodrigues. Impondo à cena uma dinâmica áspera e eletrizante, estruturada apenas em torno de uma grande mesa, o diretor evidencia ter compreendido o essencial da obra através de um recurso de grande teatralidade: à medida que o texto avança, o espaço vai sendo tomado por pilhas de jornais, ótima metáfora do poder invasivo e sufocante da imprensa.
Com relação ao elenco, Augusto Garcia faz um Arandir sincero, perplexo e cada vez mais atormentado. Mas me parece que em suas cenas finais - a primeira com Dália, irmã de Selminha, e a segunda com Aprígio, seu sogro - o ator deveria estar em um estado bem mais enlouquecido, tamanha é a sua angústia. Na pele de Aprígio, Roberto Bomtempo exibe mais uma vez suas exepcionais qualidades de intérprete, extraindo do personagem tanto a sua virulência e intolerância quanto o desespero de sua paixão por tanto tempo recalcada.
Letícia Cannavale materializa uma Selminha irrepreensível, conferindo credibilidade tanto à sua paixão pelo marido quanto sua posterior aversão por ele. Mariah Rocha faz uma Dália convincente, mas acredito que a atriz deva prestar mais atenção no tocante à sua voz, quase sempre trabalhada num registro muito agudo. Vivendo o Delegado Cunha, Caetano O'maihlan convence plenamente na pele de um personagem truculento e abjeto, sendo eficientes as participações de Cristiano Garcia (Werneck), Giordano Becheleni (Investigador Aruba/ Barros),Thiago Mendonça (Pimentel),Van Loppes (D. Matilde) e Fernanda Boechat (D. Judith / Viúva) - esta última demonstra, de forma irrefutável, que pequenos papéis podem ser extremamente valorizados.
Quanto a Xando Graça, estamos diante de um ator que, em minha opinião, demonstra que não se faz necessário ter nascido com um talento exepcional para se construir uma carreira sólida e interessante. É óbvio que Xando Graça tem talento, mas certamente em medida inferior ao de nossos maiores intérpretes. No entanto, graças à sua inteligência, estudo e tenacidade, vem colhendo êxitos incontestáveis. No presente caso, sua performance como Amado Ribeiro é simplesmente extraordinária, com o ator conseguindo materializar as principais características do personagem: sua total falta de escrúpulos, violência, cinismo e, acredito eu, uma asquerosa psicopatia. Sob todos os aspectos, uma das atuações mais brilhantes da atual temporada.
Na equipe técnica, Aurélio de Simoni criou uma iluminação da mais alta expressividade, contribuindo de forma decisiva para a valorização dos múltiplos climas emocionais em jogo. Dani Geammal assina uma cenografia despojada e ao mesmo tempo belíssima, com Thiago Mendonça respondendo por figurinos impecáveis no tocante à época e condição social dos personagens.
O BEIJO NO ASFALTO - Texto de Nelson Rodrigues. Direção de César Rodrigues. Com Roberto Bomtempo, Letícia Cannavale, Xando Graça e grande elenco. Espaço Sesc. Quinta a sábado, 21h30. Domingo, 20h.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
LANÇAMENTO
A FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) acaba de lançar O esplendor da comédia e o esboço das ideias: dramaturgia brasileira dos anos 1910 a 1930.
Do volume, organizado por Sérgio Fonta, constam os seguintes textos:
A bela Madame Vargas (João do Rio)
Quem não perdoa (Júlia Lopes de Almeida)
Flores de sombra (Cláudio de Souza)
O simpático Jeremias (Gastão Tojeiro)
Cala a boca, Etelvina (Armando Gonzaga)
Adão, Eva e outros membros da família (Alvaro Moreyra
Bombonzinho (Viriato Corrêa)
Amor (Oduvaldo Vianna)
Carlota Joaquina (R. Magalhães Júnior)
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A FUNARTE (Fundação Nacional de Artes) acaba de lançar O esplendor da comédia e o esboço das ideias: dramaturgia brasileira dos anos 1910 a 1930.
Do volume, organizado por Sérgio Fonta, constam os seguintes textos:
A bela Madame Vargas (João do Rio)
Quem não perdoa (Júlia Lopes de Almeida)
Flores de sombra (Cláudio de Souza)
O simpático Jeremias (Gastão Tojeiro)
Cala a boca, Etelvina (Armando Gonzaga)
Adão, Eva e outros membros da família (Alvaro Moreyra
Bombonzinho (Viriato Corrêa)
Amor (Oduvaldo Vianna)
Carlota Joaquina (R. Magalhães Júnior)
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O FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA
os convida para analisar e discutir um dos títulos menos conhecidos de Woody Allen, mas, ainda assim, um filme no qual o diretor explora com sutileza as tramas familiares e as dificuldades afetivas contemporâneas. Livremente inspirado no famoso episódio da vida da atriz Lana Turner, o diretor constrói uma quadrilha amorosa e familiar que dará ensejo a um bom debate de ideias.
Aguardamos vocês no dia 29 de junho, às 18h, na Sala Vera Janacopulos, na UNIRIO. E, como sempre, contando com a divulgação aos amigos interessados no viés psicanalítico.
Um grande abraço, Ana Lúcia, Zusman e Neilton.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(UNIRIO/PROEXC - PROJETO CULTURAL) E
SOCIEDADE PSICANALÍTICA DO RIO DE JANEIRO (SPRJ)
Apresentam:
FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA / 2012-1
Últimas sextas-feiras do mês / filme às 18h; debate às 20h.
SALA VERA JANACOPOLUS / REITORIA DA UNIRIO
AVENIDA PASTEUR, 296 – URCA.
ENTRADA FRANCA E ESTACIONAMENTO.
INFORMAÇÕES: forumpsicinema@gmail.com
Filmes analisados pelos psicanalistas:
Neilton Silva (ndsilva@ism.com.br) e Waldemar Zusman (zusman@terra.com.br) e pela museóloga e professora da UNIRIO:
Ana Lúcia de Castro (anadecastro@terra.com.br).
PROGRAMAÇÃO:
29/06 - SETEMBRO (September), 1985.
Direção: Woody Allen. 82 min.
Elenco: Mia Farrow, Dianne Weist, Sam Waterston
Sinopse: em sua casa em Vermont, Lane se recupera de problemas físicos e emocionais e se prepara para voltar para Nova Iorque. Sua grande paixão é Peter, um aspirante a romancista que, por sua vez, está apaixonado pela melhor amiga de Lane, a casada Stephanie. A todos esses problemas de relacionamento, vai se somar um mistério do passado entre Lane e sua mãe, a fogosa Diane.
DEBATEDOR: DR. WALDEMAR ZUSMAN
PEQUENO HISTÓRICO DO FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA
O Fórum de Psicanálise e Cinema foi criado em 1997, como um projeto de extensão científica da Associação Psicanalítica Rio 3, pelo então presidente, Dr. Waldemar Zusman, e pelo diretor do Instituto, Dr. Neilton Dias da Silva. Desde 2004 passou a contar com a participação da museóloga Ana Lúcia de Castro, Prof.ª Dra. da UNIRIO, responsável pelas informações técnicas e culturais dos filmes.
A partir de 2006, a APRIO 3 celebrou parceria com a UNIRIO para, mensalmente, sediar o Fórum de Psicanálise e Cinema. Desde agosto de 2011, a APRIO 3 fundiu-se com a Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ), sendo mantida a parceria com a UNIRIO para sediar o evento, sempre muito concorrido.
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os convida para analisar e discutir um dos títulos menos conhecidos de Woody Allen, mas, ainda assim, um filme no qual o diretor explora com sutileza as tramas familiares e as dificuldades afetivas contemporâneas. Livremente inspirado no famoso episódio da vida da atriz Lana Turner, o diretor constrói uma quadrilha amorosa e familiar que dará ensejo a um bom debate de ideias.
Aguardamos vocês no dia 29 de junho, às 18h, na Sala Vera Janacopulos, na UNIRIO. E, como sempre, contando com a divulgação aos amigos interessados no viés psicanalítico.
Um grande abraço, Ana Lúcia, Zusman e Neilton.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
(UNIRIO/PROEXC - PROJETO CULTURAL) E
SOCIEDADE PSICANALÍTICA DO RIO DE JANEIRO (SPRJ)
Apresentam:
FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA / 2012-1
Últimas sextas-feiras do mês / filme às 18h; debate às 20h.
SALA VERA JANACOPOLUS / REITORIA DA UNIRIO
AVENIDA PASTEUR, 296 – URCA.
ENTRADA FRANCA E ESTACIONAMENTO.
INFORMAÇÕES: forumpsicinema@gmail.com
Filmes analisados pelos psicanalistas:
Neilton Silva (ndsilva@ism.com.br) e Waldemar Zusman (zusman@terra.com.br) e pela museóloga e professora da UNIRIO:
Ana Lúcia de Castro (anadecastro@terra.com.br).
PROGRAMAÇÃO:
29/06 - SETEMBRO (September), 1985.
Direção: Woody Allen. 82 min.
Elenco: Mia Farrow, Dianne Weist, Sam Waterston
Sinopse: em sua casa em Vermont, Lane se recupera de problemas físicos e emocionais e se prepara para voltar para Nova Iorque. Sua grande paixão é Peter, um aspirante a romancista que, por sua vez, está apaixonado pela melhor amiga de Lane, a casada Stephanie. A todos esses problemas de relacionamento, vai se somar um mistério do passado entre Lane e sua mãe, a fogosa Diane.
DEBATEDOR: DR. WALDEMAR ZUSMAN
PEQUENO HISTÓRICO DO FÓRUM DE PSICANÁLISE E CINEMA
O Fórum de Psicanálise e Cinema foi criado em 1997, como um projeto de extensão científica da Associação Psicanalítica Rio 3, pelo então presidente, Dr. Waldemar Zusman, e pelo diretor do Instituto, Dr. Neilton Dias da Silva. Desde 2004 passou a contar com a participação da museóloga Ana Lúcia de Castro, Prof.ª Dra. da UNIRIO, responsável pelas informações técnicas e culturais dos filmes.
A partir de 2006, a APRIO 3 celebrou parceria com a UNIRIO para, mensalmente, sediar o Fórum de Psicanálise e Cinema. Desde agosto de 2011, a APRIO 3 fundiu-se com a Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro (SPRJ), sendo mantida a parceria com a UNIRIO para sediar o evento, sempre muito concorrido.
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Teatro/CRÍTICA
"Arte"
...............................................................
Muitos risos e pertinentes reflexões
Lionel fischer
"Não acredito que o ser humano seja pacífico. Penso que ele não evoluiu desde a Idade da Pedra e que o verniz social que nos protege da selvageria é inquietantemente suave e sempre pronto a estourar. Eu escrevo um teatro de tensão, porque as tensões nos governam. Meus personagens são pesssoas educadas que pretendem manter a compostura. Mas como são também impulsivos, não conseguem manter as regras que impuseram a si mesmos. E é precisamente essa luta contra si mesmos que me interessa. Minhas obras sempre foram consideradas comédias, mas penso que são tragédias divertidas. Mas, tragédias, ao fim...".
O trecho acima, extraído do ótimo relase que me foi enviado pela assessora de imprensa Daniella Cavalcanti, leva a assinatura da francesa Yasmina Reza, autora de "Arte". E, pelo que pude apreender, não se refere apenas a este texto, mas a sua dramaturgia, de uma maneira geral.
Estamos diante de três amigos de longa data. Um deles, Sérgio, compra um quadro totalmente branco, pelo qual paga
R$ 200 mil. Inconformado com a aquisição, Marcos a contesta, a princípio com suavidade. Chamado a opinar, Ivan fica indeciso, temeroso de tomar partido. Aos poucos, porém, a suavidade vai dando lugar a questionamentos mais ácidos, não apenas sobre conceitos estéticos ou gostos pessoais, mas também - e sobretudo - sobre a relação dos três personagens e a aparentemente inabalável amizade que os unia.
Em cartaz no Teatro do Leblon (Sala Marília Pêra), "Arte" chega à cena com tradução e direção de Emilio de Mello e elenco formado por Claudio Gabriel (Sérgio), Marcelo Flores (Marcos) e Vladimir Brichta (Ivan).
Em total sintonia com as premissas expostas no parágrafo inicial, Yasmina Reza construiu um texto de exepcional qualidade, pois a partir de um fato absolutamente prosaico faz emergir muitos e graves conflitos, mágoas, ressentimentos e sobretudo a intolerância, que todos possuímos, em maior ou menor grau. E o mais extraordinário é que, valendo-se de refinadíssimo humor, nos leva a empreender pertinentes reflexões sobre as relações humanas - caso seu humor não fosse agudo e refinado, o resultado poderia até ser muito engraçado, mas jamais atingiria sua profunda dimensão.
Explorando com inteligência e sensibilidade diálogos brilhantes e personagens solidamente construídos, o diretor Emilio de Mello impôs à cena uma dinâmica precisa e despojada, irretocável no tocante aos tempos rítmicos e cuja expressividade advém do fato de o diretor priorizar o que realmente interessa: os conflitos entre os personagens e as múltiplas variações de tom que marcam os embates entre eles. E certamente pelo fato de ser um ator magnífico, Emilio de Mello conseguiu extrair atuações brilhantes do elenco.
Na pele de Sérgio, Claudio Gabriel consegue valorizar ao máximo um personagem que parece ser simples, já que amante das artes, do livre arbítrio, muito afetuoso etc. Mas aos poucos vamos percebendo que ele não é exatamente assim, ou, pelos menos, não somente assim: à medida que vai sendo contrariado, revela uma virulência e um sarcasmo que não poderíamos imaginar que possuísse. E esta gradual passagem de um estado a outro é materializada com brilhantismo pelo ator.
Marcelo Flores dá vida a um personagem também muito difícil de construir. Nas passagens iniciais, tenta desesperadamente não confessar ao amigo que acha uma nulidade o quadro que ele adquirira, ainda mais por uma soma tão alta - e aqui o ator está engraçadíssimo. Mais adiante, porém, Marcos revela sua intolerância, uma série de mágoas e ressentimentos, assim como um autoritarismo que também não imaginávamos que fizesse parte de sua personalidade. E então o ator expõe, de maneira irrepreensível, aspectos mais soturnos do caráter do personagem.
Quanto a Vladimir Brichta, seu Ivan se insere naquela galeria especial de desempenhos inesquecíveis. Tímido, simplório, extremamente amoroso e conciliador, dominado e manipulado pelos amigos, o personagem cativa totalmente o espectador, pois sua doçura e ingenuidade são aos mesmo tempo patéticas e muito engraçadas. Assim como absolutamente verdadeira e visceral é a sua explosão na parte final do texto, quando assume sua mediania mas, ao mesmo tempo, sua comovente capacidade de amar. É possível que, com este personagem, Vladimir Brichta tenha realizado o melhor desempenho de sua carreira no teatro.
Com relação à equipe técnica, são igualmente irrepreensíveis as contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral - Emilio de Mello (tradução), Aurora de Campos (cenário), Marcelo Olinto (figurinos), Tomás Ribas (iluminação), Marcelo Alonso Neves (trilha musical). Cabe também destacar a ótima preparação dos atores feita por Valéria Campos - mas, neste quesito, cumpre ressaltar que não sei exatamente a dimensão desta preparação, pois a mesma, ao menos em princípio, caberia ao diretor. Será que fizeram uma parceria?
ARTE - Texto de Yasmina Reza. Tradução e direção de Emilio de Mello. Com Claudio Gabriel, Marcelo Flores e Vladimir Brichta. Teatro do Leblon. Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h.
"Arte"
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Muitos risos e pertinentes reflexões
Lionel fischer
"Não acredito que o ser humano seja pacífico. Penso que ele não evoluiu desde a Idade da Pedra e que o verniz social que nos protege da selvageria é inquietantemente suave e sempre pronto a estourar. Eu escrevo um teatro de tensão, porque as tensões nos governam. Meus personagens são pesssoas educadas que pretendem manter a compostura. Mas como são também impulsivos, não conseguem manter as regras que impuseram a si mesmos. E é precisamente essa luta contra si mesmos que me interessa. Minhas obras sempre foram consideradas comédias, mas penso que são tragédias divertidas. Mas, tragédias, ao fim...".
O trecho acima, extraído do ótimo relase que me foi enviado pela assessora de imprensa Daniella Cavalcanti, leva a assinatura da francesa Yasmina Reza, autora de "Arte". E, pelo que pude apreender, não se refere apenas a este texto, mas a sua dramaturgia, de uma maneira geral.
Estamos diante de três amigos de longa data. Um deles, Sérgio, compra um quadro totalmente branco, pelo qual paga
R$ 200 mil. Inconformado com a aquisição, Marcos a contesta, a princípio com suavidade. Chamado a opinar, Ivan fica indeciso, temeroso de tomar partido. Aos poucos, porém, a suavidade vai dando lugar a questionamentos mais ácidos, não apenas sobre conceitos estéticos ou gostos pessoais, mas também - e sobretudo - sobre a relação dos três personagens e a aparentemente inabalável amizade que os unia.
Em cartaz no Teatro do Leblon (Sala Marília Pêra), "Arte" chega à cena com tradução e direção de Emilio de Mello e elenco formado por Claudio Gabriel (Sérgio), Marcelo Flores (Marcos) e Vladimir Brichta (Ivan).
Em total sintonia com as premissas expostas no parágrafo inicial, Yasmina Reza construiu um texto de exepcional qualidade, pois a partir de um fato absolutamente prosaico faz emergir muitos e graves conflitos, mágoas, ressentimentos e sobretudo a intolerância, que todos possuímos, em maior ou menor grau. E o mais extraordinário é que, valendo-se de refinadíssimo humor, nos leva a empreender pertinentes reflexões sobre as relações humanas - caso seu humor não fosse agudo e refinado, o resultado poderia até ser muito engraçado, mas jamais atingiria sua profunda dimensão.
Explorando com inteligência e sensibilidade diálogos brilhantes e personagens solidamente construídos, o diretor Emilio de Mello impôs à cena uma dinâmica precisa e despojada, irretocável no tocante aos tempos rítmicos e cuja expressividade advém do fato de o diretor priorizar o que realmente interessa: os conflitos entre os personagens e as múltiplas variações de tom que marcam os embates entre eles. E certamente pelo fato de ser um ator magnífico, Emilio de Mello conseguiu extrair atuações brilhantes do elenco.
Na pele de Sérgio, Claudio Gabriel consegue valorizar ao máximo um personagem que parece ser simples, já que amante das artes, do livre arbítrio, muito afetuoso etc. Mas aos poucos vamos percebendo que ele não é exatamente assim, ou, pelos menos, não somente assim: à medida que vai sendo contrariado, revela uma virulência e um sarcasmo que não poderíamos imaginar que possuísse. E esta gradual passagem de um estado a outro é materializada com brilhantismo pelo ator.
Marcelo Flores dá vida a um personagem também muito difícil de construir. Nas passagens iniciais, tenta desesperadamente não confessar ao amigo que acha uma nulidade o quadro que ele adquirira, ainda mais por uma soma tão alta - e aqui o ator está engraçadíssimo. Mais adiante, porém, Marcos revela sua intolerância, uma série de mágoas e ressentimentos, assim como um autoritarismo que também não imaginávamos que fizesse parte de sua personalidade. E então o ator expõe, de maneira irrepreensível, aspectos mais soturnos do caráter do personagem.
Quanto a Vladimir Brichta, seu Ivan se insere naquela galeria especial de desempenhos inesquecíveis. Tímido, simplório, extremamente amoroso e conciliador, dominado e manipulado pelos amigos, o personagem cativa totalmente o espectador, pois sua doçura e ingenuidade são aos mesmo tempo patéticas e muito engraçadas. Assim como absolutamente verdadeira e visceral é a sua explosão na parte final do texto, quando assume sua mediania mas, ao mesmo tempo, sua comovente capacidade de amar. É possível que, com este personagem, Vladimir Brichta tenha realizado o melhor desempenho de sua carreira no teatro.
Com relação à equipe técnica, são igualmente irrepreensíveis as contribuições de todos os profissionais envolvidos nesta mais do que oportuna empreitada teatral - Emilio de Mello (tradução), Aurora de Campos (cenário), Marcelo Olinto (figurinos), Tomás Ribas (iluminação), Marcelo Alonso Neves (trilha musical). Cabe também destacar a ótima preparação dos atores feita por Valéria Campos - mas, neste quesito, cumpre ressaltar que não sei exatamente a dimensão desta preparação, pois a mesma, ao menos em princípio, caberia ao diretor. Será que fizeram uma parceria?
ARTE - Texto de Yasmina Reza. Tradução e direção de Emilio de Mello. Com Claudio Gabriel, Marcelo Flores e Vladimir Brichta. Teatro do Leblon. Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h.
terça-feira, 12 de junho de 2012
“GG NUIT – EM PROCESSO”, ESTUDO TEATRAL PARA CRIAÇÃO DE SERIADO DE TV, ESTREIA DIA 15 DE JUNHO NO TEATRO GLAUCIO GILL
Com direção de Felipe Vidal, serão quatro apresentações, sextas, às 21h.
Copacabana, com sua mitologia e tipos, compõe o ambiente do cabaré/boate GG NUIT. O evento que mistura conceitos de artes visuais e de teatro, e ocupará o café, o foyer e o palco do Teatro Gláucio Gill, a partir de 15 de junho. GG NUIT – Em processo é uma ação do Grupo de Estudos de Dramaturgia Contemporânea da Ocupação Complexo Duplo, sob a direção de Felipe Vidal.
No elenco estão Bianca Joy Porte, Camilo Lélis, Carla de Torrez, Christian Landi, Higor Campagnaro, Lucas Braguiroli, Mariana Dias, Marcia Brasil, Paula Tolentino, Sabrina Fortes e Tayana Dantas.
Este estudo – criado em processo colaborativo – tem por objetivo apresentar os personagens que frequentam e trabalham nesta fictícia casa de shows de Copacabana, chamada GG NUIT. Serão apresentados fragmentos de cenas, composições e shows; como peças de um quebra-cabeça das histórias que passam por este lugar.
FUTURO SERIADO
"GG NUIT – Em processo” começou com o intuito de ser um espetáculo teatral, mas foi se encaminhando para o estudo cênico de uma obra audiovisual. O objetivo é se tornar um seriado, de produção independente, a ser transmitido na TV e na web.
Acompanhe o blog: www.ggnuit.wordpress.com
FICHA TÉCNICA
Direção e coordenação dramatúrgica: Felipe Vidal
Elenco:
Bianca Joy Porte – SHIRLEY
Camilo Lélis – PHÂMELA
Carla de Torrez – LARA CRUZ
Christian Landi – RAPHAEL
Higor Campagnaro – SR. X
Lucas Braguirolli – JR
Mariana Dias – JOANA
Marcia Brasil – LARISSA
Paula Tolentino – YARA JANSEN
Sabrina Fortes – LILY MAIA
Tayana Dantas – MARIA
Figurino: Luiza Fardin
Iluminação e Vídeos: Felipe Vidal
Assistência de direção: Mariana Dias
Produção: Sabrina Fortes
Idealização do projeto: Felipe Vidal – Complexo Duplo
Realização: Complexo Duplo
“GG NUIT – EM PROCESSO”
Estreia 15 de junho
Temporada: 15 de junho a 06 de julho.
Sextas, às 21h
Teatro Glaucio Gill
Praça Cardeal Arcoverde s/n - Copacabana
Informações: (21) 2332-7904
Funcionamento da bilheteria: de quarta a segunda, a partir das 16h.
Capacidade: 60 lugares
Classificação etária: 18 anos.
Duração: 60 minutos
Outras informações:
Astrolábio Comunicação www.astrolabiocom.com.br
Bianca Senna - bianca@astrolabiocom.com.br
(21) 3065- 1698 / 7928-0055
Com direção de Felipe Vidal, serão quatro apresentações, sextas, às 21h.
Copacabana, com sua mitologia e tipos, compõe o ambiente do cabaré/boate GG NUIT. O evento que mistura conceitos de artes visuais e de teatro, e ocupará o café, o foyer e o palco do Teatro Gláucio Gill, a partir de 15 de junho. GG NUIT – Em processo é uma ação do Grupo de Estudos de Dramaturgia Contemporânea da Ocupação Complexo Duplo, sob a direção de Felipe Vidal.
No elenco estão Bianca Joy Porte, Camilo Lélis, Carla de Torrez, Christian Landi, Higor Campagnaro, Lucas Braguiroli, Mariana Dias, Marcia Brasil, Paula Tolentino, Sabrina Fortes e Tayana Dantas.
Este estudo – criado em processo colaborativo – tem por objetivo apresentar os personagens que frequentam e trabalham nesta fictícia casa de shows de Copacabana, chamada GG NUIT. Serão apresentados fragmentos de cenas, composições e shows; como peças de um quebra-cabeça das histórias que passam por este lugar.
FUTURO SERIADO
"GG NUIT – Em processo” começou com o intuito de ser um espetáculo teatral, mas foi se encaminhando para o estudo cênico de uma obra audiovisual. O objetivo é se tornar um seriado, de produção independente, a ser transmitido na TV e na web.
Acompanhe o blog: www.ggnuit.wordpress.com
FICHA TÉCNICA
Direção e coordenação dramatúrgica: Felipe Vidal
Elenco:
Bianca Joy Porte – SHIRLEY
Camilo Lélis – PHÂMELA
Carla de Torrez – LARA CRUZ
Christian Landi – RAPHAEL
Higor Campagnaro – SR. X
Lucas Braguirolli – JR
Mariana Dias – JOANA
Marcia Brasil – LARISSA
Paula Tolentino – YARA JANSEN
Sabrina Fortes – LILY MAIA
Tayana Dantas – MARIA
Figurino: Luiza Fardin
Iluminação e Vídeos: Felipe Vidal
Assistência de direção: Mariana Dias
Produção: Sabrina Fortes
Idealização do projeto: Felipe Vidal – Complexo Duplo
Realização: Complexo Duplo
“GG NUIT – EM PROCESSO”
Estreia 15 de junho
Temporada: 15 de junho a 06 de julho.
Sextas, às 21h
Teatro Glaucio Gill
Praça Cardeal Arcoverde s/n - Copacabana
Informações: (21) 2332-7904
Funcionamento da bilheteria: de quarta a segunda, a partir das 16h.
Capacidade: 60 lugares
Classificação etária: 18 anos.
Duração: 60 minutos
Outras informações:
Astrolábio Comunicação www.astrolabiocom.com.br
Bianca Senna - bianca@astrolabiocom.com.br
(21) 3065- 1698 / 7928-0055
Introdução à Produção Cultural
Dia 16/06 das 9h às 18h - SÁBADO
Aulão com todas as etapas de produção!
Edifício Flex Center – Sala Granada
Largo do Machado, 54
Valor: R$250,00
Todo produto cultural começa com uma ideia. Para a ideia se tornar realidade precisa antes estar descrita em detalhes em um documento que chamamos de projeto cultural.
A partir daí, o projeto segue um caminho de aprovação em leis de incentivo à cultura, captação de recursos para, após isso, enfim, ter sua produção iniciada e se tornar realidade. Geralmente, este ciclo ainda continua após a geração do produto ou do evento cultural, só terminando, com uma prestação de contas detalhada da sua realização e de seus custos.
Assuntos abordados:
Introdução ao mercado cultural e aos projetos culturais;
O que são e como funcionam as leis de incentivo à cultura;
Como os projetos culturais se viabilizam: a captação de recursos;
Produção e realização de projetos culturais: o nascimento da arte.
O PALESTRANTE
Julio tem 40 anos, é formado em Engenharia pela UFRJ e MBA em Marketing e Gestão de Serviços pela ESPM-RJ. Entre 2008 e 2009 cursou o mestrado de Bens Culturais do CPDOC-FGV/RJ. Atuou em áreas de marketing e vendas de grandes empresas brasileiras e multinacionais.
Em 2003 fundou a Zucca Produções, que rapidamente obteve uma importante atuação mercado cultural carioca. É o gestor da empresa e o responsável pelas equipes que desenvolvem, gerenciam e realizam os projetos nos quais a produtora está envolvida. Sob seu comando, a Zucca já realizou com sucesso mais de 40 projetos de diversas áreas culturais: cinema, teatro, dança, exposições, festivais, shows, CDs, restauro de patrimônio histórico, livros, pesquisa, sócio-culturais e outros.
A produtora atua em todas as etapas: formatação do projeto, aprovação na leis de incentivo, captação de recursos, produção, gestão do projeto e prestação de contas. Julio ministra os cursos de produção cultural da Zucca no Rio de Janeiro desde 2005, por onde já passaram mais de 1.500 pessoas. Os cursos já aconteceram também em São Paulo, Brasília, Sobral no CE, Rio Branco no AC, Juiz de Fora, Tiradentes e Belo Horizonte em MG.
Além das turmas regulares, Julio organiza cursos fechados para grupos e empresas e participa de debates, palestras e workshops relacionados ao mercado cultural. Muitos projetos culturais nasceram durante os cursos e se transformaram em realidade seguindo as informações passadas durante as aulas.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
21 2556-5265 / 8527-0271 - Jéssica
cursos@zucca.com.br
Dia 16/06 das 9h às 18h - SÁBADO
Aulão com todas as etapas de produção!
Edifício Flex Center – Sala Granada
Largo do Machado, 54
Valor: R$250,00
Todo produto cultural começa com uma ideia. Para a ideia se tornar realidade precisa antes estar descrita em detalhes em um documento que chamamos de projeto cultural.
A partir daí, o projeto segue um caminho de aprovação em leis de incentivo à cultura, captação de recursos para, após isso, enfim, ter sua produção iniciada e se tornar realidade. Geralmente, este ciclo ainda continua após a geração do produto ou do evento cultural, só terminando, com uma prestação de contas detalhada da sua realização e de seus custos.
Assuntos abordados:
Introdução ao mercado cultural e aos projetos culturais;
O que são e como funcionam as leis de incentivo à cultura;
Como os projetos culturais se viabilizam: a captação de recursos;
Produção e realização de projetos culturais: o nascimento da arte.
O PALESTRANTE
Julio tem 40 anos, é formado em Engenharia pela UFRJ e MBA em Marketing e Gestão de Serviços pela ESPM-RJ. Entre 2008 e 2009 cursou o mestrado de Bens Culturais do CPDOC-FGV/RJ. Atuou em áreas de marketing e vendas de grandes empresas brasileiras e multinacionais.
Em 2003 fundou a Zucca Produções, que rapidamente obteve uma importante atuação mercado cultural carioca. É o gestor da empresa e o responsável pelas equipes que desenvolvem, gerenciam e realizam os projetos nos quais a produtora está envolvida. Sob seu comando, a Zucca já realizou com sucesso mais de 40 projetos de diversas áreas culturais: cinema, teatro, dança, exposições, festivais, shows, CDs, restauro de patrimônio histórico, livros, pesquisa, sócio-culturais e outros.
A produtora atua em todas as etapas: formatação do projeto, aprovação na leis de incentivo, captação de recursos, produção, gestão do projeto e prestação de contas. Julio ministra os cursos de produção cultural da Zucca no Rio de Janeiro desde 2005, por onde já passaram mais de 1.500 pessoas. Os cursos já aconteceram também em São Paulo, Brasília, Sobral no CE, Rio Branco no AC, Juiz de Fora, Tiradentes e Belo Horizonte em MG.
Além das turmas regulares, Julio organiza cursos fechados para grupos e empresas e participa de debates, palestras e workshops relacionados ao mercado cultural. Muitos projetos culturais nasceram durante os cursos e se transformaram em realidade seguindo as informações passadas durante as aulas.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
21 2556-5265 / 8527-0271 - Jéssica
cursos@zucca.com.br
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